Ó morte iníqua...nada há que te resista
Quanto mistério há no teu vazio profundo
Perante ti se rende o rei e o cientista
E os poderosos deixam seu poder no mundo!
Funérea morte...nunca avisas a chegada
E furtas sem perdão vidas à vida...
Véu de negrume...desfazes sonhos em nada
Com insolência e perfídia desmedida!...
Lesta arrebatas sem idades escolher,
Tua amargura nada há que a conforte
Nas curtas vidas que tu mal deixas viver.
Todo o que nasce...já traz consigo tal sorte...
E nunca mesmo...a alegria de nascer
É compensada...com a tristeza da morte!...;
Euclides Cavaco