Silêncio triste,
Das horas introversas e caladas,
Marcadas no relógio de emoções.
Tua voz...
São memórias magoadas,
Plenas de melancolia
E frívolas recordações!...
Silêncio errante,
Simbiose de sofrimento e de tortura,
Das noites infinitas e infelizes.
Tua estranha voz.
É a imagem cruel e escura,
De estigmas incuráveis
E eternas cicatrizes.
Silêncio constrangente!...
Que mistério
Há no teu vazio desmedido!...
Abstrato de sentido
E copioso de fragilidade.
Tua ousada voz,
É o iludir fingido,
De essências,
Sequiosas de realidade,
Silêncio taciturno!...
Perdido no tempo
Dos dias em vão vividos,
Que magôas...
Sem remorso ou compaixão.
Silêncio penoso,
De tantos momentos idos.
Tua voz,
É apenas...
Um amargo soluçar de solidão!...
Euclides Cavaco