Pra começar, vírgula não é confete, granulado ou queijo parmesão. Não dá pra ficar salpicando a pobre coitada sem critério. Vai que um dia ela acaba? E aí, como é que fica? Parcimônia e consciência, tudo que precisamos para manter um texto inteligível, pelo menos no que diz respeito ao uso da vírgula.
Vocês estão prontos? Podemos começar? Shhhhhh... sem conversa paralela, por favor!
Levando em conta que vocês tenham conhecimento do que seja sujeito, predicado, períodos da oração, aposto, vocativo, adjuntos adverbiais e outras coisinhas do gênero, vamos dar início a aula de hoje!
- Caraca, tia Ju, aula de português no sábado é foda!
- Fica quieto e presta atenção, cacete!!!
1) O USO DA VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES:
Usamos a vírgula, por exemplo, para separar alguns termos de uma oração. Os casos são estes:
a) Para separar termos da mesma função (o que também chamamos de termos coordenados)
As músicas, os filmes e os livros me fazem ótima companhia.
Nesse exemplo, a vírgula está separando os vários núcleos do sujeito composto.
Eu já morei em Volta Redonda, Juiz de Fora, Guarapari e Novo Hamburgo.
Aqui, por exemplo, a vírgula separa os vários núcleos do adjunto adnominal.
Uma observação importante: dois termos da mesma função ligados por e, ou e nem não admitem separação por vírgula.
ex.: As músicas, os filmes e os livros me fazem ótima companhia.
Eu já morei em Volta Redonda, Juiz de Fora, Guarapari e Novo Hamburgo.
b) Para isolar o aposto
Juliana, aquela chata de galochas, tem mania de corrigir todo mundo.
Kallango, aquele ingrato, ainda não gravou o CD do Guinga que eu pedi. (sim, isso foi um esporro)
c) Para isolar o vocativo
- Mas o que é vocativo, tia Ju?
- Ai, cacete! Mas eu também tenho que explicar tudo??? "Não sabe, não sabe, vai ter que aprender..."
- Credo, que má vontade!
- Afff... Vocativo é a quem você se dirige, com quem você fala, quem você chama! Deu pra entender ou quer que eu desenhe?
- Ah, tá! Valeu aê!
Bem, vamos aos exemplos:
Mas o que é vocativo, tia Ju?
Companheiros e companheiras, nunca na história desse país...
d) Para isolar adjuntos adverbiais deslocados
- Ai, tia Ju, agora lascou tudo!
- Grrrrr... Adjunto adverbial é o termo da oração que se relaciona ao verbo para acrescentar a ele uma circusntncia qualquer.
- Não entendi não!
- Quer parar de me interromper, por favor?
- Professora estressada...
- Já pro S.O.E.! Anda logo!!!
Continuemos... Observem que na frase abaixo, o adjunto adverbial está em sua posição normal (depois do verbo, antes que alguém mais me interrompa):
Ele tomava seu café com muita pressa.
Nesse caso, o uso da vírgula é indevido. Todavia, se o adjunto adverbial for deslocado, o uso da vírgula torna-se necessário.
ex.: Ele, com muita pressa, tomava seu café.
Com muita pressa, ele tomava seu café.
Poréeeeeeeem, se o adjunto adverbial for representado por uma só palavra, o uso da vírgula torna-se desnecessário.
ex.: A loja vai me entregar hoje os móveis que encomendei.
Hoje a loja vai me entregar os móveis que encomendei.
A loja vai me entregar os móveis que encomendei hoje.
e) Para indicar a elipse do verbo
Um verbo está em elipse quando ele, por ser facilmente indentificável no texto, deixa de ser escrito.
Eles comerão carne; nóscomeremos, peixe.
Lendo este post,há poucas pessoas.
f) Para isolar expressões explicativas, quer dizer, isso que eu acabei de fazer aqui!!!
PERIGO, PERIGO!!!
Nunca, jamais e em tempo algum use vírgula entre sujeito e predicado, entre verbo e objeto entre nomes e seus adjuntos adnominais e complemento nominal.
2) O USO DA VÍRGULA NO PERÍODO COMPOSTO:
a) No período composto por coordenação
- Não se usa vírgula para separar duas orações coordenadas ligadas pela conjunção aditiva e:
A vaca pastou e comeu todo o capim.
Maaaaaas... há dois casos que a vírgula tem que ser usada entre duas coordenadas ligadas por e: quando os sujeitos forem diferentes e quando houver repetição do e.
Ela partirá amanhã, e nós ficaremos aqui. Ela falava, e gesticulava, e se mexia, e pensava que entenderíamos tudo.
- Usa-se a vírgula para separar todas as demais orações coordenadas que não sejam iniciadas com e:
Tudo deu certo, portanto podemos ficar tranquilos.
b) No período composto por subordinação
- Não se usa a vírgula, sob pena de ganhar orelhinhas de burro e ficar de castigo no canto da sala:
-> entre uma oração subordinada substantiva e a oração principal
Todo mundo já sabe que eu estou copiando isso da gramática.
Todo mundo já sabe = oração principal
que eu estou copiando isso da gramática = oração subordinada objetiva direta
-> entre uma oração subordinada adjetiva restritiva e a oração principal
Eu conheço todos os livros que você citou.
Eu conheço todos os livros = oração principal
que você citou = oração subordinada adjetiva restritiva
- Usa-se a vírgula:
-> para separar a oração subordinada adverbial da oração principal
Mas, olha só, prestem atenção que eu vou explicar uma vez só: a vírgula é obrigatória somente, se e somente se, a oração adverbial vier ANTES da oração principal. Se ela vier depois, o uso é facultativo. Olha só o exemplo:
- Tia Ju, eu não entendi uma coisa...
- Cala a boca e espera pra ver o exemplo!
ex.: Se ele estivesse aqui, tudo seria mais fácil. (em negrito a oração subordinada adverbial)
Tudo seria mais fácil se ele estivesse aqui.
- Entendeu?
-Aham...
- Tia Ju?
- Uáaaaaala!!!
- Essa aula tá grande pra caralho...
- Tá acabando, praga! Falta o último ponto.
- Ufa! Quero beber!!!
- Pudim de cachaça!
- Anda, tia Ju, prossiga...
-> para separar oração subordinada adjetiva explicativa da oração principal
A cidade, que ficava perto do rio, foi inundada. (em negrito, a oração subordinada subjetiva explicativa. Notem que ela funciona como aposto, mas é uma oração)
- Tia Ju?
- Ai, meus sais! Que foi?
- Minha rua também inunda quando chove!
- Ráaaa!!! Quem mandou morar mal??? Huahauhauahau!!!
UÓOOOOOOOOOON...
Acabou a aula, cambada! Some todo mundo da minha frente... anda!!!
Vocês estão prontos? Podemos começar? Shhhhhh... sem conversa paralela, por favor!
Levando em conta que vocês tenham conhecimento do que seja sujeito, predicado, períodos da oração, aposto, vocativo, adjuntos adverbiais e outras coisinhas do gênero, vamos dar início a aula de hoje!
- Caraca, tia Ju, aula de português no sábado é foda!
- Fica quieto e presta atenção, cacete!!!
1) O USO DA VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES:
Usamos a vírgula, por exemplo, para separar alguns termos de uma oração. Os casos são estes:
a) Para separar termos da mesma função (o que também chamamos de termos coordenados)
As músicas, os filmes e os livros me fazem ótima companhia.
Nesse exemplo, a vírgula está separando os vários núcleos do sujeito composto.
Eu já morei em Volta Redonda, Juiz de Fora, Guarapari e Novo Hamburgo.
Aqui, por exemplo, a vírgula separa os vários núcleos do adjunto adnominal.
Uma observação importante: dois termos da mesma função ligados por e, ou e nem não admitem separação por vírgula.
ex.: As músicas, os filmes e os livros me fazem ótima companhia.
Eu já morei em Volta Redonda, Juiz de Fora, Guarapari e Novo Hamburgo.
b) Para isolar o aposto
Juliana, aquela chata de galochas, tem mania de corrigir todo mundo.
Kallango, aquele ingrato, ainda não gravou o CD do Guinga que eu pedi. (sim, isso foi um esporro)
c) Para isolar o vocativo
- Mas o que é vocativo, tia Ju?
- Ai, cacete! Mas eu também tenho que explicar tudo??? "Não sabe, não sabe, vai ter que aprender..."
- Credo, que má vontade!
- Afff... Vocativo é a quem você se dirige, com quem você fala, quem você chama! Deu pra entender ou quer que eu desenhe?
- Ah, tá! Valeu aê!
Bem, vamos aos exemplos:
Mas o que é vocativo, tia Ju?
Companheiros e companheiras, nunca na história desse país...
d) Para isolar adjuntos adverbiais deslocados
- Ai, tia Ju, agora lascou tudo!
- Grrrrr... Adjunto adverbial é o termo da oração que se relaciona ao verbo para acrescentar a ele uma circusntncia qualquer.
- Não entendi não!
- Quer parar de me interromper, por favor?
- Professora estressada...
- Já pro S.O.E.! Anda logo!!!
Continuemos... Observem que na frase abaixo, o adjunto adverbial está em sua posição normal (depois do verbo, antes que alguém mais me interrompa):
Ele tomava seu café com muita pressa.
Nesse caso, o uso da vírgula é indevido. Todavia, se o adjunto adverbial for deslocado, o uso da vírgula torna-se necessário.
ex.: Ele, com muita pressa, tomava seu café.
Com muita pressa, ele tomava seu café.
Poréeeeeeeem, se o adjunto adverbial for representado por uma só palavra, o uso da vírgula torna-se desnecessário.
ex.: A loja vai me entregar hoje os móveis que encomendei.
Hoje a loja vai me entregar os móveis que encomendei.
A loja vai me entregar os móveis que encomendei hoje.
e) Para indicar a elipse do verbo
Um verbo está em elipse quando ele, por ser facilmente indentificável no texto, deixa de ser escrito.
Eles comerão carne; nós
Lendo este post,
f) Para isolar expressões explicativas, quer dizer, isso que eu acabei de fazer aqui!!!
PERIGO, PERIGO!!!
Nunca, jamais e em tempo algum use vírgula entre sujeito e predicado, entre verbo e objeto entre nomes e seus adjuntos adnominais e complemento nominal.
2) O USO DA VÍRGULA NO PERÍODO COMPOSTO:
a) No período composto por coordenação
- Não se usa vírgula para separar duas orações coordenadas ligadas pela conjunção aditiva e:
A vaca pastou e comeu todo o capim.
Maaaaaas... há dois casos que a vírgula tem que ser usada entre duas coordenadas ligadas por e: quando os sujeitos forem diferentes e quando houver repetição do e.
Ela partirá amanhã, e nós ficaremos aqui. Ela falava, e gesticulava, e se mexia, e pensava que entenderíamos tudo.
- Usa-se a vírgula para separar todas as demais orações coordenadas que não sejam iniciadas com e:
Tudo deu certo, portanto podemos ficar tranquilos.
b) No período composto por subordinação
- Não se usa a vírgula, sob pena de ganhar orelhinhas de burro e ficar de castigo no canto da sala:
-> entre uma oração subordinada substantiva e a oração principal
Todo mundo já sabe que eu estou copiando isso da gramática.
Todo mundo já sabe = oração principal
que eu estou copiando isso da gramática = oração subordinada objetiva direta
-> entre uma oração subordinada adjetiva restritiva e a oração principal
Eu conheço todos os livros que você citou.
Eu conheço todos os livros = oração principal
que você citou = oração subordinada adjetiva restritiva
- Usa-se a vírgula:
-> para separar a oração subordinada adverbial da oração principal
Mas, olha só, prestem atenção que eu vou explicar uma vez só: a vírgula é obrigatória somente, se e somente se, a oração adverbial vier ANTES da oração principal. Se ela vier depois, o uso é facultativo. Olha só o exemplo:
- Tia Ju, eu não entendi uma coisa...
- Cala a boca e espera pra ver o exemplo!
ex.: Se ele estivesse aqui, tudo seria mais fácil. (em negrito a oração subordinada adverbial)
Tudo seria mais fácil se ele estivesse aqui.
- Entendeu?
-Aham...
- Tia Ju?
- Uáaaaaala!!!
- Essa aula tá grande pra caralho...
- Tá acabando, praga! Falta o último ponto.
- Ufa! Quero beber!!!
- Pudim de cachaça!
- Anda, tia Ju, prossiga...
-> para separar oração subordinada adjetiva explicativa da oração principal
A cidade, que ficava perto do rio, foi inundada. (em negrito, a oração subordinada subjetiva explicativa. Notem que ela funciona como aposto, mas é uma oração)
- Tia Ju?
- Ai, meus sais! Que foi?
- Minha rua também inunda quando chove!
- Ráaaa!!! Quem mandou morar mal??? Huahauhauahau!!!
UÓOOOOOOOOOON...
Acabou a aula, cambada! Some todo mundo da minha frente... anda!!!