Na vastidão de teu corpo,
perco a lucidez.
Insana,
desenho contornos abstratos
que mostrem as veredas por onde andei
quando perdida na tessitura que te perfaz.
Desmesurada
[na busca de teu querer]
resvalo em direção ao caos de sensações
que brotam quando adentro tuas entranhas.
Rabisco
teu coração com meu nome,
tatuo meu rosto em tua memória
para que não esqueças dessa que
inventa traços só para estar em ti.
Sigo explícita,
[engolindo a fome de todas as eras]
e alimento a vontade de te comer,
perdição.