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SAUDE: LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
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De: NATY-NATY (Mensaje original) |
Enviado: 28/10/2009 21:28 |
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
Definição
É uma zoonose (doença de animais) não contagiosa característica de roedores silvestres e desdentados que pode ser transmitida ao homem pela picada dos mosquitos. É uma doença de evolução crônica caracterizada por uma duração muito longa com lesões ulcerativas de pele, cartilagem e mucosa do trato respiratório superior, causando também problemas psicológicos e sociais ao doente, principalmente pelos problemas estéticos, deformações graves e mutilantes visíveis no corpo. Todo esse processo é doloroso, sangra facilmente e tem um odor fétido que causa um mal-estar, dificultando a convivência social do paciente. É uma doença que atinge principalmente homens que entram em contato com áreas devastadas de matas e florestas para a construção de estradas, hidrelétricas, desmatamentos para plantações em fazendas, caçadores em áreas florestais, garimpeiros, seringueiros etc.
Sinonímia
É uma doença também conhecida pelos seguintes nomes:
- Leishmaniose cutneo-mucosa.
- Espúndia.
- Ferida Brava.
- Úlcera de Bauru.
- Leish.
- Nariz de Tapir.
Agente etiológico
Protozoário do gênero leishmania, que no Brasil encontram-se as seguintes espécies:
- Leishmania braziliensis: é a forma mais grave da moléstia que acomete com maior frequncia as mucosas.
- Leishmania guyanensis: causa lesões cutneas múltiplas em pessoas que têm contato com as florestas.
Incidência
- É mais freqüente em indivíduos adultos do sexo masculino.
- A incidência da doença esta relacionada a quantidade de vetores.
- Ocorre mais durante as estações quentes e após as chuvas de verão.
- Ocorre mais nas zonas florestais devido ao desmatamento.
- As populações rurais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as que tem mais casos da doença.
- O estado brasileiro que tem mais casos da doença é o estado de Minas Gerais.
Fonte de infecção
Animais domésticos infectados pelas leishmanias são considerados fonte de infecção.
Reservatório
- Reservatórios primários: animais silvestres que têm as leishmanias no corpo e convivem com os mosquitos transmissores. Ex: roedores selvagens, raposa, gambá, tamanduá, etc.
- Reservatórios secundários: são os animais domésticos. Ex: cão, ratos domésticos, eqüinos, muares.
Obs: Alguns animais são reservatórios da Leishmaniose Tegumentar, outros da Leishmaniose Visceral ou Calazar, e alguns animais servem como reservatórios de ambas doenças.
Hospedeiro
- Hospedeiros definitivos: os mamíferos silvestres, o parasita se multiplica nas vísceras e na pele dos mamíferos sob a forma de amastigotas.
- Hospedeiros intermediários: os insetos hematófagos da subfamília Phlebotominae (o parasita se multiplica dentro de tubo digestivo do inseto se transformando de amastigotas em promastigotas).
- Hospedeiro acidental: é considerado o homem.
Período de incubação
Em média de 10 dias a 3 meses.
Evolução
O mosquito ao picar um animal infectado com o protozoário que transmite a doença, fornece em seu intestino um ambiente para o desenvolvimento da leishmania. Quando pica o homem ou outro animal, o mosquito inocula o parasita, e esses se multiplicam no local da picada originando uma lesão cutnea com um aspecto pápulo-eritematoso, ulcerado, consistente, elevada e aumentando gradualmente chegando a atingir 10 cm de dimetro com as bordas bem elevadas, com uma base granulosa que sangra facilmente, esse processo é considerado infecção primária. Em alguns casos ocorre uma regressão espontnea, mas na maioria dos casos ocorre um período de latência de vários meses de duração até surgir as lesões cutneas e mucosas características da doença.
Após um ano da infecção primária ocorre o comprometimento da mucosa oro-nasal e faringo-laríngea, através de disseminação sanguínea ou linfática. A mucosa nasal se torna edematosa e ulcerada com hemorragias e coriza, infiltrando para o septo nasal perfurando-o, evolui para o vestíbulo, as asas do nariz, fossas nasais, expondo estruturas subjacente, com total destruição das fossas nasais, mucosas e cartilagem, ocorrendo em alguns casos um comprometimento ósseo. Os lábios, faringe, amídalas, língua e assoalho da boca podem ser afetados, podendo chegar a laringe, traquéia e os brônquios. Todo esse processo é doloroso, sangra facilmente e tem um odor fétido.
Transmissão
É transmitida pela picada de um inseto flebotomineo (mosquito) infectado.
Formas clínicas
- forma cutnea.
- forma mucosa.
- forma cutnea-mucosa.
- forma difusa ou hansenóide (rara).
Tipos de lesões cutneas
- forma impetigóide.
- forma liquenóide.
- forma tuberosa ou lupóide.
- forma vegetante.
- forma ectimatóide.
- forma nodular.
- forma ulcerosa.
Tipos de lesões mucosas
- forma úlcero-infiltrante.
- forma poliposa.
- forma terebrante.
Sinais e sintomas
- febre irregular por um longo período;
- palidez;
- emagrecimento;
- aparecimento de lesão cutnea com aspecto pápulo-eritematoso.
Diagnóstico
- Exame físico.
- Exame clínico.
- Exames laboratoriais.
- Biópsia da lesão.
- Teste de Montenegro.
- Teste de ELISA.
- Testes sorológicos (pesquisa de anticorpos específicos contra as leishmanias).
Diagnóstico diferencial (para não ser confundida com as seguintes doenças com sintomas semelhantes)
- Hanseníase.
- Tuberculose.
- Carcinoma espinocelular.
- Impetigo.
- Neoplasias ulceradas de pele.
- Paracoccidioidomicose.
- Esporotricose.
- Cromomicose.
- Lúpus vulgar.
- Sífilis terciária.
- Úlcera tropical ou fuso-espiroquética.
- Úlcera crônica de membros inferiores.
- Pioderma vegetante.
- Granuloma inguinal.
Tratamento
- Específico: a base sulfas e fungicidas e drogas derivadas de antimonias pentavalentes.
- Pacientes com alteração da função renal, não podem utilizar o tratamento à base de antimonia.
- Nas lesões extensas da orofaringe e faringe é indicado sob prescrição médica os corticósteroides injetáveis.
- Internamento hospitalar é rindicado.
- Nas lesões destrutivas faciais, em alguns casos é necessário cirurgia plástica reparadora.
- Os medicamentos tem efeitos colaterais e contra- indicações, por isso a administração deve ser feita sob prescrição médica e acompanhamento rigoroso para eventuais reações nos pacientes.
É um doença que ainda não tem documentado casos com cura completa clinicamente e biologicamente, na maioria ocorrendo recidivas alguns meses ou anos depois do tratamento. Pode ser enquadrado como controle de cura os seguintes critérios: regressão total da lesão cutnea e lesão da mucosa até 1 mês após o término do tratamento; controle da negativação dos títulos de anticorpos circulantes após o tratamento; não ocorrendo recidiva das lesões por 5 anos após o tratamento;
Obs: Os títulos positivos persistentes são encontrados em recidivas freqüentes, principalmente quando permanecem em áreas endêmicas, fazendo com que não ocorra o controle da cura. Resultados satisfatórios nas recidivas são obtidas com o uso prolongado de antimonia pentavalente associada ao medicamento Interferon.
Profilaxia
Medidas Sanitárias
- A profilaxia está no rompimento da cadeia epidemiológica;
- controle dos vetores;
- eliminação de animais infectados;
- vacina de promastigotas inativado está sendo testada, com resultados promissores, mas a imunidade ainda parece ser transitória.
Medidas Gerais
- proteção individual contra a picada dos mosquitos (flebótomos);
- usar inseticidas;
- telar portas e janelas em regiões endêmicas;
- usar mosquiteiros e repelentes em regiões endêmicas;
- observar cães domésticos.
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