O Papel no Mundo
O papel tem sua história ligada a legítimos e nobres ascendentes. Além das placas de argila, ossos, metais, pedras, peles, o homem escreveu, desenhou, e pintou em papiro, sobre o líber e logo a seguir em pergaminho.
O mais antigo papiro já encontrado data por volta de 2200 a.C., e pertence ao Museu Britnico; o papiro foi o suporte de escrita de uso corrente até os primeiros séculos da era Cristã, em toda Europa, regiões asiáticas, e naturalmente, África, de onde se originou.
O pergaminho tornou-se o principal suporte de escrita durante quase toda a idade Média. Havia ainda o palimpseto, cuja palavra designa o pergaminho já usado e reaproveitado.
O fenómeno do reaproveitamento do papiro repetia-se assim, com relação aos pergaminhos.
Com a introdução do papel na Europa, os outros suportes de escrita e desenho desapareceram, restando a lembrança do papiro, na palavra papel, paper, papier.
Foi longa e lenta a rota do papel a partir da sua invenção em 105 d.C. por T'sai Lun.
O papel só conseguiu atingir a Europa 10 séculos mais tarde, por caminhos tortuosos e difíceis.
Os árabes o produziam, comercializavam-no, e o transportavam da Ásia pelo norte da África, e de Alexandria, Trípoli e Tunísia, faziam-no chegar à Espanha, e em seguida à França.
Outros países que produzem papel artesanal de maneira rudimentar e ancestral são: Índia, Paquistão, Nepal, Tibet, etc.
Com a descoberta da América, encontrou-se um papel semelhante ao papiro produzido pelos Maias e pelos Aztecas chamado Amatl. O processo de feitura difere do papiro, e é fabricado ainda hoje na cidade de San Pablito, México, e constitui fonte de renda para seu povo.
O Liber, palavra latina, é a entre-casca de árvore usada para fazer papel dando origem a palavra Livro.
Era usual escrever-se em folhas de plantas na China, daí a origem da expressão 'folha de papel'. A palavra grega Biblos era a designação feita a várias folhas escritas sobre papiro, originando assim a palavra Bíblia.

Fig.7 – Roteiro do papel artesanal no mundo