Cronologia do papel
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105 a.C. – A invenção do papel é atribuída a T’sai Lun na China, fabricado a partir de fibras de cnhamo trituradas e revestidas de uma fina camada de cálcio, alumínio e sílica.
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611 d.C. - Instalam-se manufacturas do papel na Coreia.
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794 - Instala-se a fabricação de papel para o comércio, primeiro em Damasco, depois em Bagdá.
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807 - Produção de papel em Kioto, no Japão.
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877 - Nota-se a existência do papel sanitário.
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900 - O papel é fabricado no Egipto pelos árabes.
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950 - O papel chega pela primeira vez na Espanha através de livros.
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998 - O papel-moeda é o meio circulante da China.
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1000 - Dois árabes fazem uma escrita a respeito dos métodos de fabricação do papel.
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1150/1151 - Os árabes chegam à Espanha fixando-se numa região de Valencia (Xavita) sendo instalado o primeiro ponto de fabricação da Europa.
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1282 - Introdução da marca d'água por Fabriano: cruzes e círculos.
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1285 - Marca d'água na França: flor de Liz.
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1309 - Início da utilização do papel na Inglaterra.
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1320 - Chegada do papel na Alemanha.
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1390 - Instalação da primeira indústria na Alemanha.
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1405 - Chegada do papel na região de Flandres, levado por um espanhol.
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1450 - Invenção da imprensa -Johannes Guttemberg e consequente procura por papel.
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1550 - Comercialização do papel de parede proveniente da China pelos espanhóis e holandeses em toda a Europa.
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1719 – O naturalista francês Reaumur sugere o uso da madeira como matéria prima para o fabrico de papel, ao observar que as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta resultante para produzir uma substncia semelhante ao papel na confecção dos seus ninhos.
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Meados do Séc. XIX – surge a demanda de papel para a impressão de livros, jornais e fabricação de outros produtos de consumo, levando á busca de fontes alternativas de fibras a serem transformadas em papel.
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1809 - Começa a fabricação de papel no Brasil, no "Andaraí Pequeno", Rio de Janeiro.
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1838 – Produção de pasta de palha branqueada
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1840 – Na Alemanha, desenvolve-se um processo para a trituração de madeira. As fibras são separadas e transformadas no que passou a ser conhecido como “pasta mecnica” de celulose.
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1854 – É patenteado na Inglaterra um processo de produção de pasta celulósica através de tratamento com soda cáustica. A lignina, cimento orgnico que une as fibras, é dissolvida e removida, surgindo a primeira “pasta química”.
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1860 – Invenção do papel couché. Lançamento do papel higiénico em forma de rolo. Surgem na Finlndia as primeiras leis sobre práticas de silvicultura.
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1920/1930 - Importante década para o desenvolvimento do papel no Brasil.
Conclusão
O papel é considerado o principal suporte para a difusão da escrita, da informação e de todo o conhecimento humano. Antes do descobrimento do papel, o homem utilizou os mais diferentes materiais para o registro de sua existência, tais como folhas, cascas de árvores, couro, tecidos, pedras, barro e metais.
O papel surgiu na China no início do século II, inventado por T'Sai Lum, um oficial da Corte que teria fabricado o papel a partir de córtex de plantas, tecidos velhos e fragmentos de redes de pesca. Depois dessa invenção, o mundo não seria mais o mesmo.
Curiosamente, o papel levou muito tempo até chegar ao Ocidente: antes foi largamente difundido entre os árabes, que instalaram a primeira fábrica de papéis na Europa, após a invasão da península Ibérica, mais precisamente na cidade de Játiva, na Espanha, em 1150.
Os papéis são fabricados com a polpa de fibras vegetais, procedentes de várias espécies como o eucalipto, algodão e outros. Os papéis mais comuns são feitos de fibras de madeira, enquanto os mais nobres são produzidos com fibras de algodão ou linho.
A madeira é transformada em pasta de celulose por meio de processo mecnico ou químico, sendo esta última de melhor qualidade, também chamada de celulose alfa. Para transformá-la em papel, esta pasta é misturada à água, formando uma mistura líquida e homogénea.
Em alguns tipos de papéis, outros componentes são adicionados à pasta, como cola, pigmentos e agentes conservantes. A qualidade das fibras utilizadas, juntamente com estes componentes, determina a qualidade do papel. Para passar do estado de pasta, formando a folha de papel, a maior parte da água é retirada através da aplicação de muitos tipos de rolos de pressão e inicia-se a formação da folha ainda húmida.
O processo de secagem da folha se dá a quente, ou ao ar livre, como ocorre com alguns papéis artísticos.