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PSICOLOGIA: Hiperactividade: Crianças ligadas à corrente
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De: ZÉMANEL  (Mensaje original) Enviado: 02/11/2009 17:09

Hiperactividade: Crianças ligadas à corrente

 

   É como se estivessem ligadas à corrente: as crianças com hiperactividade parecem estar sempre a mexer-se e a mexer em tudo, mostrando uma extrema dificuldade de concentração. O baixo rendimento escolar é uma das consequências.

 

   Imaginemos uma criança que não pára quieta. Que não consegue estar dois minutos seguidos sentada à mesa ou que, quando está, mexe em tudo e abana as pernas sem cessar.

 

   Que liga a televisão mas perde o interesse num ápice, trocando-a pela consola e logo depois por outro qualquer jogo, sem se empenhar em qualquer uma das actividades. Que corre pela casa, dá pulos no sofá e na cama, sem parecer cansar-se. E que na escola é incapaz de se concentrar cinco minutos que seja, deixa as tarefas a meio, interrompe os outros a todo o instante, é constantemente repreendida pelo professor e alvo da troça dos colegas.

 

    Esta é, provavelmente, uma criança hiperactiva, que sofre de Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção. Um comportamento que afecta sobretudo os rapazes - três vezes mais do que as raparigas.

 

      Em Portugal estima-se que abranja três a sete por cento das crianças em idade escolar. São crianças para quem todos os estímulos são percebidos e seguidos de acção. Mas para que o diagnóstico seja de hiperactividade não bastam algumas semanas de uma agitação excessiva. Apesar de invulgar, esse comportamento pode ser meramente circunstancial e dever-se, por exemplo, a uma mudança de casa ou ao nascimento de um irmão.

 

      A situação só é preocupante quando as perturbações comportamentais se prolongam para além de seis meses e se manifestam antes dos sete anos: a diferença mede-se pela cronicidade e intensidade da falta de atenção, da impulsividade e da agitação.

 

    Não está bem identificada a causa desta perturbação. Os investigadores dividem-se: uns apontam para origens biológicas, outros encontram explicações em factores familiares e sociais. Não está provada nenhuma das teses, embora seja aceite um meio-termo - estas crianças terão uma vulnerabilidade genética a que podem juntar-se circunstncias psicossociais desfavoráveis, como condições de vida difíceis ou acontecimentos desestabilizadores.



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