Quistos da medula espinhal e do cérebro
Um quisto (siringe) é um saco cheio de líquido no interior do cérebro (siringobulbia) ou da medula espinhal (siringomielia).
Os quistos da medula espinhal e do cérebro são raros. Aproximadamente 50 % das lesões são congénitas, mas por razões desconhecidas não crescem até à adolescência ou aos primeiros anos da idade adulta. As crianças com quistos de nascença também manifestam, muitas vezes, outras anomalias. Nas fases mais tardias da vida, os quistos costumam ser secundários a tumores ou a traumatismos.
Sintomas
Os quistos que crescem dentro da medula espinhal dão origem a um efeito de pressão sobre a mesma. Iniciam-se, frequentemente, na área cervical, mas podem ocorrer praticamente em qualquer ponto da medula espinhal e, muitas vezes, crescem até abranger um longo segmento desta. Os nervos mais afectados, habitualmente, são os que detectam a dor e a temperatura. As queimaduras e os cortes nos dedos são frequentes nas pessoas com este tipo de afecção nervosa porque podem não sentir dor nem calor. à medida que os quistos se tornam maiores, podem provocar espasmos e debilidade, que costuma começar nas pernas. Finalmente, os músculos que dependem dos nervos afectados podem começar a diminuir até se atrofiarem.
Diagnóstico e tratamento
O médico pode suspeitar de um quisto medular quando uma criança ou um adolescente manifestam os sintomas descritos anteriormente. A imagem observada na ressonncia magnética (RM) pode revelar o quisto (ou a existência de um tumor). Se não se dispõe da RM, o médico poderá estabelecer o diagnóstico a partir de uma mielografia, seguida de uma tomografia axial computadorizada (TAC).
Para evitar uma deterioração maior, um neurocirurgião pode, a partir de uma mielografia, fazer uma drenagem cirúrgica dos quistos, embora a cirurgia nem sempre solucione o problema. Se a deterioração neurológica for grave, pode não se resolver, apesar do êxito da cirurgia.