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Respuesta  Mensaje 1 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY  (Mensaje original) Enviado: 02/11/2009 17:17

Cantinho especial para crianças

Histórias infantil



Primer  Anterior  18 a 32 de 32  Siguiente   Último  
Respuesta  Mensaje 18 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:34

O Coelhinho Joca

"Era uma vez quatro coelhinhos chamados: Bolinha, Mimoso, Algodãozinho e Joca. Eles moravam com sua mãezinha, embaixo de um grande pinheiro. Dona Coelha, precisando um dia sair para fazer compras, chamou-os e disse:

- Escutem, queridos, mamãe vai sair. Se vocês quiserem, podem dar uma voltinha, mas, por favor, não entrem na horta do Sr. Tinoco. Seu pai teve um acidente lá e nunca mais voltou para casa. Tenham juízo, filhotes, eu não me demoro.

Dona Coelha apanhou a sombrinha, a cesta de compra e foi à padaria. Comprou cinco bolinhos com passas e um pão de forma. Bolinha, Mimoso e
Algodãozinho, que eram muito ajuizados, foram colher amoras. Joca, porém, que era muito desobediente, passou por debaixo da cerca e foi à horta do Sr. Tinoco.  Lá chegando, comeu alfaces, cenouras e rabanetes, até não poder mais. Sentou-se para descansar um pouco. Exatamente ali, perto do canteiro dos repolhos, estava o Sr. Tinoco. Assim que avistou o coelhinho, correu ao seu encalço, de ancinho na mão.

Joca ficou muito assustado; corria para todos os
lados e não conseguia acertar a saída. Perdeu um dos sapatos no meio dos repolhos, e o outro, perto das batatas. Cada vez ele corria mais. De repente, ficou preso, pelo botão do casaco, numa rede que protegia as uvas. Começou a chorar alto. Uns pardais muito bonzinhos, que voavam por ali, vieram consolá-lo. 

Entretanto, o Sr. Tinoco não tinha desistido de pegá-lo. Ali veio ter, com uma enorme peneira na mão, pretendendo com ela prender o pobre bichinho. Nesse instante, porém, Joca deu um arranco e conseguiu desprender-se. No entanto, ficou sem o casaco e caiu em cima da caixa de ferramentas. Levantou-se depressa, e escondeu-se dentro de uma lata grande que viu à sua frente. A lata estava cheia de água e Joca estava muito suado; por isso, começou a sentir arrepios de frio e pôs-se a espirrar. O Sr. Tinoco, que o havia perdido de vista, descobriu o seu esconderijo e correu para a lata. O coelhinho, porém, foi mais ligeiro; pulou fora da lata e ocultou-se atrás de uns vasos de plantas.

O Sr. Tinoco já estava cansado de tanto correr à procura do coelhinho, de maneira que resolveu voltar para casa. Joca, quando percebeu que o seu perseguidor o deixara em paz, sentou-se para descansar. Estava quase sem respiração e tremia da cabeça aos pés. Além disso, não tinha a menor idéia de como sair dali.

Enquanto pensava na situação, apareceu um rato que carregava, na boca, alimento para os seus filhinhos. Joca perguntou-lhe onde ficava a saída, mas ele não lhe respondeu, apenas sacudiu a cabeça. Então o coitadinho resolveu ir andando para ver se descobria alguma coisa. 

Atravessou o jardim e chegou a um tanque onde o Sr. Tinoco costumava encher as latas de água. Ali estava sentado um gatinho, apreciando os peixinhos dourados que havia no tanque. Joca, a princípio, teve vontade de dirigir-lhe a palavra, mas pensou melhor e foi andando. Seu primo, o coelhinho Benjamim, sempre lhe contava histórias perigosas sobre gatos...

Um pouco adiante encontrou uma carrocinha. Subiu nela e olhou à volta. Lá adiante estava o seu inimigo, o Sr. Tinoco, cuidando de um canteiro. Do lado oposto, ficava o portão. Que alívio! Muito de mansinho, sem fazer barulho, foi ele se arrastando, até que se viu, são e salvo, perto do pinheiro onde ficava sua casa. Estava tão cansado que se deitou ali mesmo e fechou os olhos. 

Dona Coelha estava preparando o jantar. Quando o viu ali fora, assim, abatido, ficou imaginando o que lhe teria acontecido. Ficou, porém, muito zangada quando viu que ele havia perdido os sapatos e o casaco. Levou-o, no colo, para a cama e notou que ele estava febril.

à hora do jantar, Bolinha, Mimoso e Algodãozinho foram para a mesa, comeram bolinhos com morangos e tomaram leite quentinho. Joca ficou na cama e tomou chá de limão.

No dia seguinte, ainda se sentia mal. Estava tão arrependido, que prometeu à mamãe nunca mais desobedecer-lhe e ser tão comportado quanto seus outros irmãos."


Respuesta  Mensaje 19 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:45

O Patinho Feio

"Era verão e os dias estavam lindos. O feno formava pilhas nos prados e campinas. As cegonhas caminhavam com suas longas pernas vermelhas, tagarelando umas com as outras. No meio de um grande bosque, havia um lindo lago. No ponto mais ensolarado, à beira do lago, via-se uma velha mansão. A grama, muito bem aparada, ia da casa até a beira da água. A paisagem era realmente encantadora. 

No meio da folhagem do bosque, uma pata, no seu ninho, aguardava os patinhos que iam nascer. Já estava bem cansada de estar ali tanto tempo. Além disso, quase não recebia visitas, pois os outros patos gostavam mais de nadar do que sentar-se em baixo das folhas para tagarelar com ela. 

Afinal, os ovos começaram a estalar, um após outro. Os patinhos puseram as cabecinhas para fora e saltaram da casca. Dona Pata grasnou de contentamento e eles responderam baixinho: "Quá, quá, quá!!!"
Muito admirados, olhavam para todos os lados. A mamãe deixou-os olhar tanto quanto quiseram, pois a cor verde das folhas faz muito bem aos olhos.
- Como é grande e claro o mundo cá fora! exclamaram os patinhos.
- Vocês pensam que o mundo é só isso? perguntou Dona Pata. Ele se estende para o outro lado do bosque e vai seguindo até perder-se de vista. Bem, penso que vocês já estão todos aqui, não é?

Ela se levandou e olhou à volta.
- Não, ainda falta um. O ovo maior está intacto. Quanto tempo levará?
Dizendo isto, Dona Pata sentou-se novamente no ninho.
- Olá, como vai passando? perguntou uma pata velha que veio fazer-lhe uma visita. 
- Vou bem, obrigada, apenas um pouco aborrecida porque a casca deste ovo ainda não se partiu. Entretanto, você já pode olhar os outros patinhos. São os mais lindos que já vi, exatamente iguais ao pai. Aquele maroto há muito não me aparece...
- Deixe-me olhar o ovo que ainda não se abriu, disse a velha pata. Huuummm! você pode ter certeza que é ovo de perua. Eu já fui enganada assim, uma vez, e só tive aborrecimentos, pois perus tem medo de água. Grasnei e mordi-os, mas não consegui atirá-los na água. Deixe-me ver o ovo. Não resta dúvida, é de perua! Não perca seu tempo, deixe-o sozinho e ensine os outros a nadarem.
- Chocá-lo-ei mais um pouco, disse a pata.
- Desejo-lhe boa sorte. Passe bem.

A velha pata foi-se embora. Daí a algum tempo, o ovo começou a estalar e, de lá de dentro, foi saindo um patinho  muito grande e simplesmente feio. Dona Pata olhou-o muito desapontada e exclamou:
- Que patinho monstruoso! Não se parece com nenhum dos outros. Será que é filho de perua? Bem, logo descobrirei isto. Irá para a água, nem que eu tenha que empurrá-lo.
O dia seguinte amanheceu lindo. O sol brilhava sobre a folhagem. A mamãe pata foi com sua ninhada até o lago. Atirou-se na água e chamou os filhinhos:
- Quá! Quá! Quá! disse ela e eles, uns atrás dos outros, foram-se atirando. A água cobriu suas cabecinhas mas eles levantaram-se e flutuaram lindamente. Suas patinhas moveram-se e lá foram eles nadando. Até o feioso nadou.
- Não, este não é peru, disso Dona Pata. Sabe usar muito bem as patas e mantém-se ereto sobre a água. Afinal de contas, é meu filho e, talvez, quando crescer não seja tão feio. Quá! Quá! Quá! Venham comigo. Vou apresentá-los no quintal. Fiquem sempre perto de mim, para não serem pisados, e muito cuidado com o gato.

Foram, então, ao quintal. Havia lá horrível confusão. 
- Endireitem as patinhas, disse ela. Grasnem apropriadamente e inclinem a cabeça diante da velha pata. Ela é a mais importante de todas nós aqui. Tem sangue espanhol nas veias. Tem uma argola vermelha numa das patas, o que indica sua boa raça. Lá vem ela. Vamos, grasnem, inclinem a cabeça.
Eles fizeram exatamente o que a mãe recomendou. Os outros patos olharam-se e comentaram:
- Agora teremos que suportar esta outra tribo, como se não fossemos suficientes! Cruzes! Que patinho feio aquele lá atrás!
Dizendo isto, um dos patos saiu correndo e bicou o pobre bichinho no pescoço.
- Deixe-o em paz! pediu Dona Pata. Ele não lhe está causando nenhum dano.
- Relalmente não está, mas acontece que ele é tão feio e esquisito que não pude controlar-me, respondeu o malvado.
- Seus filhinhos são lindos, exceto aquele ali, disse a pata velha. Está se vendo que não é de boa raça.
- Realmente ele não é bonito, mas é muito bonzinho e nada tão bem quanto os outros. Talvez no futuro ele melhore, disse Dona Pata e acariciou o pescoço do filhinho.
- Fiquem à vontade, crianças e, se acharem uma minhoca, podem trazê-la para mim.

Depois disso, os patinhos sentiram-se mais à vontade. O feioso, coitado, levou bicadas e foi sacudido pelos outros patos e até pelas galinhas. Estava desesperado e não sabia que rumo tomar. Servia de galhofa para todos. Os dias foram-se passandp e, cada vez, ele se via mais atropelado. Até seus irmãos costumavam aborrecê-lo, dizendo:
- Se ao menos o gato pegasse esta coisa horripilante...
Sua própria mãe disse um dia:
- Eu desejava vê-lo bem longe de mim.
Os patos o bicavam, as galinhas o espicaçavam e a menina que os alimentava sempre o deixava de lado.

Certo dia, não aguentando mais aquela situação, ele fugiu e chegou à sebe onde os passarinhos se aninhavam.
- Não tenho culpa de ser tão feio! pensou ele, muito, muito triste.
Continuou a andar até que chegou a um campo, onde viviam patos selvagens. Estava tão cansado que passou a noite lá. Pela manhã, os patos selvagens foram inspecionar seu novo companheiro.
- Que espécie de bicho é você? lhe perguntaram assim que ele os cumprimentou. Você é horrivelmente feio, mas isto não tem importncia. Pode ficar aqui, desde que não pretenda casar-se em nossa família.
Pobre patinho! Absolutamente não havia pensado em casamento. Ele desejava apenas permissão para ficar ali no meio da folhagem e beber um pouco de água. Ficou lá dois dias inteiros. No fim desse tempo, dois gansos selvagens, muito mal educados, chegaram e disseram:
- Você é tão feio, camarada, que até temos pena de você. Há outro lago, aqui perto, onde vivem gansas encantadoras! São doces criaturas que sabem grasnar de momo especial. Reúna-se ao nosso grupo e vamos até lá. Com a sua feiura elas se divertirão bastante!

Nesse momento, ressoou um tiro, no alto, depois outro e outro... bandos de gansos selvagens voavam assustados. Havia uma grande caçada. Os caçadores estavam escondidos no arvoredo, à volta do lago. Os cães farejavam à volta, patinhando no pantano. Tudo isso alarmava horrivelmente o pobre patinho feio. Eles enroscou o pescoço para esconder a cabeça debaixo da asa e ficou lá escondido entre os arbustos. Já era tarde quando o barulho cessou. Apesar disso, o patinho não ousava levantar-se. Esperou muitas horas ali sentado. Finalmente tomou coragem, olhou à sua volta e voou o mais depressa que pode. Correu por campos e prados. Ventava tanto que era difícil equilibrar-se. Tarde da noite, chegou a um casebre. Era tão miserável que se mantinha em pé por milagre. O vento assobiava tão ferozmente, e de repente ele notou que o vento abrira a porta do casebre. Resolveu, então entrar para abrigar-se. 

Lá vivia uma senhora idosa, com um gato e uma galinha. O gato, que se chamava Mimi, arqueava as costas, ronronava e seus olhos lançavam chispas, pedindo que o acariciassem. A galinha tinha patas tão curtas que era, por isso, chamada Baixotinha. Punha ovos deliciosos e a senhora gostava dela como se fosse sua filha. Pela manhã, o patinho foi descoberto. O gato começou a ronronar e a galinha cacarejou. 
- Que será isto? perguntou a senhora, olhando ao redor. Ela não enxergava bem e pensou que o patinho fosse uma pata grande que tivesse fugido de algum lugar.
- Que bom achado! exclamou a senhora. Agora terei ovos de pata, caso não seja um pato. Esperemos para ver. Durante três semanas o patinho esteve em observação, mas os ovos não apareçeram.

O gato e a galinha eram donos da casa e, por isto, julgavam-se muito importantes. A galinha perguntou ao patinho:
- Você põe ovos?
- Não, respondeu o patinho humildemente.
- Você sabe arquear as costas e ronronar? perguntou o gato.
- Também não, tornou a responder o patinho.
- Pois então, fique sabendo que é um grande tolo, disse a galinha.
O patinho sentou-se num canto, cozinhando o seu mau humor. De repente, apossou-se dele um grande desejo de nadar ao sol, sentindo a frescura da manhã. E então ele resolveu ir embora novamente. 

Atirou-se na água, nadou e mergulhor, sentindo-se mais calmo depois desto. Entretanto, continuava a ser olhado com indiferença pelas outras criaturas, por causa da sua feiura. O outono chegou. As folhas foram ficando amareladas. Os dias foram passando e o vento soprava sempre mais forte e o céu estava ficando cada vez mais pesado de nuvens. O patinho ficou amedrontado.
Chegou o inverno. Uma tarde, quando o sol se punha, um bando de bonitos pássaros surgiu do arvoredo. O patinho nunca havia visto animais tão belos. Eram deslumbrantemente brancos, com pescoços longos e curvos. Eram cisnes. Espalhavam suas largas asas e voavam das regiões frias para as terras quentes. Voavam tão alto, que o patinho sentiu-se estranhamente inquieto. Durante muito tempo nadou, acompanhando o vôo dos cisnes. Não os conhecia, mas sentia-se estranhamente atraído para perto deles. Intimamente desejou ser assim tão bonito. 

O inverno estava tão amargamente frio, que o patinho teve que nadar muitas vezes, à volta do lago, para se aquecer. Entretanto a superfície do lago cada vez diminuia mais e, finalmente, congelou-se. O patinho teve que agistar as patinhas para não vira sorvete, mas acabou ficando cansado. De manhã cedo, um camponês vinha andando e viu-o ali, quase morto. Apanhou-o e levou-o para casa, entregando-o à esposa. Lá ele reviveu. As crianças quiseram brincar com ele, mas o coitado teve medo de ser maltratado. Por isso, meteu-se na panela do leite, esparramando-o por todos os lado. A mulher do camponês gritou e sacudiu as mãos, deixando-o ainda mais assutado. Voou, então, para a batedeira de manteiga, fazendo novo estrago. A mulher, aborrecida, quis bater-lhe com uma vara. As crianças esbarravam umas nas outras, na tentativa de segurá-lo. Por sorte, a porta estava aberta, e o patinho saiu voando. Meteu-se no meio das árvores, mas acabou caindo outra vez na neve. Estava exausto. Seria muito triste descrever todas as privações que ele teve que suportar até o final do inverno.

Quando o sol começou novamente a brilhar, o patinho foi para o lago. As cotovias cantavam e a primavera vinha chegando. Ele já estava mais crescido e sacudia as asas com mas força do que antes. Voou e encontrou-se num bonito pomar, onde as macieiras estavam em flor. No ar, sentia-se o perfume dos lilases. A frescura da primavera estava deliciosa! Exatamente à sua frente, encontrou três cisnes, que avançavam em sua direção, deslizando suavemente sobre a superficie do lago. O patinho logo os reconheceu. Eram os mesmos cisnes que ele havia visto voando. Ficou possuido de uma estranha melancolia. 
- Voarei até os pássaros reais e, com certeza, virar-me-ão as costas, por causa da minha feiura, mas não faz mal. Prefiro ser morto por eles do que mordido pelas patos, bicado pelas galinhas, espancado pela mulher do camponês e ainda suportar a rigidez do inverno.

Assim pensando, voou em direção dos cisnes. Eles o viram e se aproximaram, gentilmente, ruflando as asas.
- Matem-me, disse ele.
Abaixou a cabeça e ficou esperando a morte, mas, através da água transparente, que ele viu?
Com grande surpresa, viu sua própria imagem refletida na água. Ele não era mais aquele patinho feio, cinzento e desajeitado. Era um belo cisne!
Ficou verdadeiramente emocionado.
Os cisnes grandes nadavam à sua volta, como se quisessem render-lhe homenagem. Algumas crianças vieram ao lago trazendo pedacinhos de pão para eles.
A menor exclamou:
- Hoje há mais um cisne, e como é bonito!!!
As outras crianças disseram:
- Ele é o mais belo de todos  e é muito jovem.
Os velhos cisnes inclinaram as cabeças, em sinal de respeito, e depois acariciaram-no com o bico.
O cisnezinho ficou encabulado e escondeu a cabecinha  embaixo da asa. Apesar de muito contente, não estava orgulhoso, pois quem tem bondade no coração não sente orgulho.
Lembrou-se de tudo o que sofrera e deu graças a Deus por ser agora tão feliz!


Respuesta  Mensaje 20 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:45

O Soldadinho de Chumbo

Era uma vez um menino que tinha muitíssimos brinquedos. Guardava todos no seu quarto e, durante o dia, passava horas e horas felizes brincando com eles.

Um dos seus brinquedos preferidos era o de fazer a guerra com seus soldadinhos de chumbo. Colocava-os uns de frente para os outros e começava a batalha. Quando os ganhou de presente, se deu conta de que a um deles lhe faltava uma perna por causa de um defeito de fabricação.

Não obstante, enquanto jogava, colocava sempre o soldado mutilado na primeira linha, diante de todos, incentivando-o a ser o mais valente. Mas o menino não sabia que os seus brinquedos durante a noite adquiriam vida e falavam entre eles, e, às vezes, ao colocar ordenadamente os soldados, colocava por descuido o soldadinho mutilado entre os outros brinquedos.

E foi assim que um dia o soldadinho pôde conhecer uma gentil bailarina, também de chumbo. Entre os dois se estabeleceu uma corrente de simpatia e, pouco a pouco, quase sem se dar conta, o soldadinho se apaixonou por ela. As noites continuavam rapidamente, uma atrás da outra, e o soldadinho apaixonado não encontrava nunca o momento oportuno para declarar seu amor. Quando o menino o deixava no meio dos outros soldados em uma batalha, torcia para que a bailarina se desse conta do sua coragem pela noite, quando ela lhe perguntava se tinha tido medo, ele lhe respondia com veemência que não.

Mas os olhares insistentes e os suspiros do soldadinho não passaram despercebidos pelo diabinho que estava trancado em uma caixa de surpresas. Cada vez que, por um passe de mágica, a caixa se abria à meia-noite, um dedo ameaçador apontava para o pobre soldadinho.

Finalmente, uma noite, o diabo explodiu:

-Ei, você! Deixe de olhar para a bailarina!

O pobre soldadinho se ruborizou, mas a bailarina, muito gentil, o consolou:

-Não lhe dê ouvidos, é um invejoso. Eu estou muito feliz por falar com você.

E disse isso ruborizando-se.

Pobres estatuazinhas de chumbo, tão tímidas, que não se atrevem a confessar seu mútuo amor!

Mas um dia foram separados, quando o menino colocou o soldadinho no batente de uma janela.

-Fique aqui e vigie para que não entre nenhum inimigo, porque mesmo que você seja manco, bem que pode servir para sentinela.

O menino logo colocou os outros soldadinhos em cima de uma mesa para brincar.

Passavam os dias e o soldadinho de chumbo não era deslocado do seu posto de guarda.

Uma tarde começou de repente uma tormenta, e um forte vento sacudiu a janela, batendo na figurinha de chumbo, que se precipitou no chão. Ao cair do batente, com a cabeça para baixo, a baioneta do fuzil se cravou no chão. O vento e a chuva continuavam. Uma tempestade de verdade! A água, que caía a cntaros, logo formou amplas poças e pequenos riachos que escapavam pelo esgoto. Um grupo de garotos esperava que a chuva diminuísse, cobertos na porta de uma escola próxima. Quando a chuva parou, começaram a correr em direção às suas casas, evitando pôr os pés nas poças de lama maiores. Dois garotos se refugiaram das últimas gotas que escorriam dos telhados, caminhando muito próximos às paredes dos edifícios.

Foi assim que viram o soldadinho de chumbo enterrado no chão, encharcado de água.

-Que pena que só tenha uma perna! Se não, eu o levaria para casa - disse um deles.

-Vamos levá-lo assim mesmo, para algo servirá - disse o outro, e o colocou em um dos bolsos.

No outro lado da rua descia um riachinho, que transportava um barquinho de papel que chegou até ali, não se sabe como.

 

-Colocamo-lo em cima e parecerá um marinheiro! - disse o pequeno que o havia recolhido.

E foi assim que o soldadinho de chumbo se transformou em um navegante. A água vertiginosa do riachinho era engolida pelo esgoto, que acabou engolindo também o barquinho. No canal subterrneo o nível das águas turvas era alto.

Enormes ratazanas, cujos dentes rangiam, viram como passava diante delas o insólito marinheiro em cima do barquinho afundando. Mas não fazia falta umas míseras ratazanas para assustá-lo, a ele que havia enfrentado tantos e tantos perigos em suas batalhas!

O esgoto desembocava no rio, até que o barquinho chegou ao final e afundou, sem solução, empurrado por redemoinhos turbulentos.

Depois do naufrágio, o soldadinho de chumbo acreditou que seu fim estava próximo, ao submergir-se nas profundezas das águas. Milhares de pensamentos passaram, então, pela sua mente, mas sobretudo, havia um que lhe angustiava mais que nenhum outro: era o de não voltar a ver jamais a sua bailarina...

Logo, uma boca imensa o engoliu para mudar seu destino. O soldadinho se encontrou no escuro estômago de um enorme peixe, que avançou vorazmente sobre ele, atraído pelas cores brilhantes do seu uniforme.

Sem dúvida, o peixe não teve tempo de ter problemas de digestão com uma comida tão pesada, já que em pouco tempo foi preso pela rede que um pescador havia jogado ao rio .

Pouco depois acabou agonizando em uma cesta de compra, junto com outros peixes tão infelizes como ele. Acontece que a cozinheira da casa na qual havia estado o soldadinho chegou ao mercado para comprar peixe.

-Esse exemplar parece apropriado para os convidados desta noite - disse a mulher, contemplando o peixe exposto em cima de um balcão.

O peixe acabou na cozinha, e, quando a cozinheira o abriu para limpá-lo, ficou surpresa com o soldadinho em suas mãos.

-Mas esse é um dos soldadinhos de...! - gritou, e foi em busca do menino para contar-lhe onde e como havia encontrado seu soldadinho de chumbo que estava sem uma perna.

-Sim, é o meu! - exclamou espantado o menino ao reconhecer o soldadinho mutilado que havia perdido.

-Quem sabe como chegou até a barriga deste peixe! Coitadinho, quantas aventuras haverá passado desde que caiu da janela! - e o colocou na estante da chaminé onde sua irmãzinha havia colocado a bailarina.

Um milagre havia reunido de novo os dois apaixonados. Felizes de estar outra vez juntos, durante a noite contavam o que havia acontecido desde a sua separação.

Mas o destino lhes reservava outra surpresa ruim: um vendaval levantou a cortina da janela, e, batendo na bailarina, derrubou-a na lareira.

O soldadinho de chumbo, assustado, viu como sua companheira caía. Sabia que o fogo estava aceso porque notava seu calor. Desesperado, se sentia incapaz de salvá-la.

Que grande inimigo é o fogo, que pode fundir umas estatuazinhas de chumbo como nós! Balançando-se com sua única perna, tratou de mover o pedestal que o sustentava. Depois de muito esforço, acabou finalmente caindo também ao fogo. Juntos dessa vez pela desgraça, voltaram a estar perto um do outro, tão perto que o chumbo de suas pequenas pernas, envolto em chamas, começou a fundir-se.

O chumbo da perna de um se misturou com o do outro, e o metal adquiriu surpreendentemente a forma de um coração.

Seus corpinhos estavam a ponto de fundir-se, quando coincidiu passar por ali o menino. Ao ver as duas estauazinhas entre as chamas, empurrou-as com o pé longe do fogo. Desde então, o soldadinho e a bailarina estiveram sempre juntos, tal como o destino os havia unido: sobre apenas uma perna em forma de coração.


Respuesta  Mensaje 21 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:46
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João e o pé de feijão

"No tempo do Rei Alfredo, muito longe de Londres, vivia uma pobre viúva. Ela tinha um único filho, que era muito rebelde e extravagante. Aos poucos, ele gastou todo o dinheiro que ela possuia. Um dia, pela primeira vez na vida, censurou-o:

- Filho malvado!!!  Não tenho mais dinheiro nem sequer para comprar um pedaço de pão. Só o que me resta é a minha pobre e velha vaca. 

João tanto amolou a mãe para vender a vaca, que ela acabou consentindo. Quando ele ia levando o animal, encontrou um açougueiro que lhe propôs trocar a vaca por uns grãos mágicos de feijão que ele levava no chapéu. João, julgando ser isso uma grande oferta, aceitou a proposta e voltou para casa. Quando sua mãe viu os feijões por que ele havia trocado a vaca, perdeu a paciência. Apanhou os grãos de feijão, atirou-os para fora da janela, e pôs-se a chorar. João tentou consolá-la, mas não o conseguiu. Como não tinham nada para comer, foram deitar-se com fome.

No dia seguinte, João acordou cedo e viu que alguma coisa estava fazendo sombra na janela de seu quarto. Levantou-se, desceu as escadas e foi ao jardim. Aí verificou que os grãos que sua mãe havia atirado pela janela, tinham germinado e o pé de feijão crescera surpreendentemente. As hastes eram grossas e tinham-se entrelaçado como uma trança. Estavam tão altas, que davam a impressão de alcançarem as nuvens. João, que gostava de aventuras, resolveu trepar na árvore que se formara, até atingir o alto. Depois de levar algumas horas subindo, chegou a um país estranho. Ali encontrou uma bonita moça, elegantemente vestida, e com um sorriso encantador lhe perguntou como havia chegado até lá e ele lhe contou que subira pelo pé de feijão.

- Você se lembra de seu pai? Perguntou-lhe a moça.
- Não, senhora. Mamãe sempre chora quando falo nele e não me diz nada, respondeu o menino.
- Sou a fada protetora de seu pai, disse-lhe a moça. As fadas estão sujeitas a leis, como os homens, e quando cometem um erro, perdem o seu poder por alguns anos. Eu estava incapaz de ajudar seu pai quando ele mais precisou de mim e por isso ele morreu.

A fada parecia tão triste que João se sentiu comovido e pediu-lhe que continuasse a falar.
- Seu pai era um homem muito bondoso, continuou a fada. Tinha uma boa esposa, empregados fiéis e muito dinheiro. Teve, porém, uma infelicidade: um amigo falso, um gigante que ele havia ajudado muito e que, em retribuição, o matou e roubou tudo o que ele tinha. Também fez sua mãe prometer que nunca lhe contaria nada, sob pena de matá-los também. Eu não pude ajudá-la. Meu poder só reapareceu no dia em que você foi vender sua vaca. Fui eu que fiz você trocar a vaca pelos feijões. Fui eu que fiz o pé de feijão crescer tão depressa e lhe inspirou o desejo de subir por ele. O malvado gigante vive aqui e você deve livrar  o mundo deste monstro, que não faz outra coisa senão maldade... Pode apossar-se legalmente de sua casa e de suas riquezas, porque tudo pertencia a seu pai e é seu, mas não deixe sua mãe saber que você está a par desta história.

João perguntou-lhe o que devia fazer:
- Vá seguindo por esta estrada até encontrar uma casa grande, parecida com um castelo. É aí que o gigante vive. Então, aja de acordo com seu próprio modo de pensar. Seja bem sucedido... boa sorte!

A fada desapareceu e João caminhou até o sol se pôr. Com grande alegria, avistou a casa do gigante. Uma mulher de aparência simples estava à porta. Ele pediu-lhe um pedaço de pão e um lugar para dormir. Ela ficou muito surpresa e disse que não era comum aparecer ali um ser humano. Era sabido que seu marido, um gigante poderoso, não gostava de pessoas rodando perto de sua casa e ficava muito bravo... João ficou muito amedrontado, mas teve esperança de que o gigante não fosse tão ruim assim. Insistiu para que a mulher o deixasse passar a noite lá, escondendo-o do gigante. Finalmente, ela concordou. Entraram e ela o levou a um quarto, onde lhe deu de comer e beber. De repente, ouviram uma batida forte na porta, que fez a casa estremecer.

- É o gigante, disse a moça. Se ele o vir aqui, o matará e a mim também. Que farei?
- Esconda-me no forno, pediu João. O forno estava apagado e João entrou nele bem depressa. De lá ouvia o gigante gritar com a mulher e repreendê-la. Depois, sentou-se à mesa. João espiou por uma fenda no fogão e ficou horrorizado ao ver a quantidade de comida que ele ingeria. Tinha-se a impressão de que não ia acabar mais de comer e beber. Quando terminou, virou-se para trás e gritou para a sua mulher, com uma voz de trovão:

- Traga a minha galinha!
Ela obedeceu e colocou sobre a mesa uma bonita galinha.
- Ponha um ovo! ordenou ele.
Imediatamente, a galinha pôs um ovo de ouro.
- Ponha outro! continuou ele.
Cada vez que assim ordenava, ela punha um ovo maior do que o outro. Durante muito tempo, assim se divertiu com a galinha. Depois mandou a mulher para a cama e sentou-se perto da lareira, onde adormeceu, roncando alto como um canhão. Assim que ele pegou no sono, João saiu do forno, agarrou a galinha e fugiu com ela. Correu pela estrada até encontrar o pé de feijão, pelo qual desceu rapidamente. Sua mãe ficou cheia de alegria ao vê-lo. Ela pensara que lhe tivesse acontecido alguma coisa.

- Nada disso, Mamãe! E lhe contou toda a aventura, sem todavia falar no nome do pai. Mostrou-lhe a galinha, à qual ordenou várias vezes: "-Ponha um ovo!" e ela pôs quantos ovos ele desejou. Vendidos esses ovos, João e sua mãe ficaram com tanto dinheiro, que viveram felizes por muitos meses. 

Um dia, ele resolveu fazer nova visista ao gigante, a fim de trazer mais riquezas. Arranjou uma roupa que o disfarçava e pintou o rosto com uma tinta escura. Levantou-se muito cedo, antes que a mãe acordasse e subiu pelo pé de feijão. Caminhou o dia todo e chegou à casa do gigante ao escurecer. Encontrou a mesma mulher à porta e pediu-lhe que lhe desse de comer e um lugar para dormir. Ela lhe contou que o marido era um gigante poderoso e cruel, e que um dia, ela dera abrigo a um menino pobre e faminto que, ingrato, roubara um dos tesouros do gigante. O marido culpara-a por isso e, desde então, começara a maltratá-la. João teve muita pena dela, mas insistiu para que o recebesse. Afinal, ela acabou consentindo. Levou-o à cozinha e, quando ele acabou de comer, escondeu-o num armário velho. O gigante chegou à hora de costume. Pisava tão forte que a casa estremecia sob seus passos. Sentou-se junto à lareira e gritou:

- Mulher, sinto cheiro de carne fresca. A esposa respondeu-lhe que os corvos tinham deixado um pedaço de carne crua no telhado. Enquanto ela preparava a ceia, ele esteve de mau humor, frequentemente culpando a esposa pela perda da galinha. Afinal, quando terminou a refeição, gritou:
- Dê-me alguma coisa para distrair-me. Traga minhas sacas de dinheiro. A esposa trouxe-as, com dificuldade, porque estavam muito pesadas. Eram duas, cheias de moedas de ouro. Ela despejou-as na mesa e o gigante começou a contá-las com alegria.
- Agora você pode ir para a cama, sua velha tonta, disse ele, e a mulher se retirou.

De seu esconderijo, João via-o contando as moedas. Ele sabia que elas tinham pertencido a seu pai e desejou possuí-las. O gigante, sem saber que estava sendo observado, colocou as moedas novamente nas duas sacas. Amarrou-as bem e colocou-as ao lado da sua cadeira. Seu cachorro estava ali de guarda. Daí a pouco, o gigante adormeceu e começou a roncar tão alto que parecia o barulho do mar em dia de tempestade.

Então, João saiu do esconderijo, mas, exatamente quando ia segurando as sacas de dinheiro, o cachorro pôs-se a latir furiosamente. João  parou, esperando que seu inimigo acordasse e, então... estaria tudo perdido!!! Mas felizmente, isso não aconteceu: o gigante continuou a dormir profundamente. Neste instante, João viu um pedaço de carne e atirou-o ao cão, que parou de latir na hora. O menino aproveitou a ocasião para carregar as sacolas de moedas, colocando-as uma em cada ombro. Eram tão pesadas, que ele levou dois dias para descer pelo pé de feijão. Quando chegou a casa, deu à mãe todo o dinheiro, com o qual ela reformou a vivenda e mobiliou-a de novo. Eles estavam felizes como não eram havia muito tempo.

Durante três anos, João procurou não visitar mais o gigante. Um dia, porém, começou a preparar-se para nova viagem. Arranjou um disfarce diferente e melhor do que o usado da última vez. Era verão e em uma manhã bem cedo, sem dizer nada à mãe, subiu pelo pé de feijão, chegando à casa do gigante ao anoitecer. Como de costume, encontrou a mulher em pé, na porta. João estava tão bem disfarçado que ela não o reconheceu. Mas, quando se disse muito pobre e faminhto, encontrou grande dificuldade em ser admitido. Depois de muito insistir, conseguiu que ela o escondesse num caldeirão grande de cobre. Quando o gigante chegou, disse furioso:

- Sinto cheiro de carne fresca!!! Apesar de todas as desculpas que a esposa lhe dava, pôs-se a revistar tudo. João estava horrorizado, desejando mil vezes  ver-se em casa, são e salvo. Quando o gigante chegou ao caldeirão e pôs a  mão na tampa, João considerou-se morto. Mal ele começara a levantar a tampa, mudou de idéia, deixando-a cair. Foi sentar-se perto da lareira, para devorar a grande ceia. Quando acabou, deu ordens à mulher para trazer-lhe a harpa. João espiou pela tampa do caldeirão e viu a harpa mais original que podia imaginar. o gigante colocou-a sobre a mesa e disse: 

- Toque!!! Imediatamente ela começou a tocar uma linda música e João desejou apoderar-se dela, mais do que qualquer outro tesouro do seu inimigo. O gigante não era apreciador de música. A harpa embalou-o, fazendo-o dormir mais cedo do que de costume. Assim que João verificou que estava tudo bem, saiu do caldeirão, pegou a harpa e saiu correndo. Entretanto, a harpa era encantada e, assim que se viu em mãos estranhas, pôs-se a gritar alto: 

- Patrão!!! Patrão!!!
O gigante acordou, levantou-se e viu João correndo.
- Oh!!! Você, vilão!!! Foi você quem roubou minha galinha, meu dinheiro e agora vai levando minha harpa!!! Espere aí que eu vou pegá-lo e fazer picadinho de você!!! - ameaçou ele em seu vozeirão de trovão.
- Muito bem, experimente!!! desafiou João. Ele sabia que o gigante havia comido tanto que mal podia ficar de pé, imagine correr atrás dele. Por outro lado, ele era jovem, tinha pernas ágeis e a consciência tranquila, o que muito ajuda o homem a caminhar com facilidade. Assim, num instante, chegou ao pé de feijão e foi descendo o mais depressa que pode. A harpa ia tocando uma suave canção.

Chegando em casa, encontrou sua mãe chorando, muito preocupada. Ele a consolou e pediu-lhe que fosse buscar, depressa, uma machadinha. O gigante já vinha descendo e não havia tempo a perder. As más ações do monstro tinham, porém, chegado ao fim. João cortou o pé de feijão bem na raiz. O gigante caiu de cabeça no jardim e morreu imediatamente. Nesse momento, apareceu a fada que explicou tudo à mãe de João e eles puderam assim continuar a cuidar da vida e da fazenda, nunca mais faltando dinheiro para comer, e João sentiu-se também muito feliz pois pode finalmente vingar a morte de seu pai.


Respuesta  Mensaje 22 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:47

Dumbo

E as cegonhas sobrevoavam o alojamento de um circo de inverno à procura das mães dos filhotes que carregavam em seus enormes bicos.

Todas ganhavam, a mamãe girafa, a mamãe ursa, a mamãe hipopótamo, só Dona Jumbo, a mamãe elefante não ganhou seu filhote tão esperado.

Assim o circo embarca trazendo muita diversão.

De repente, uma cegonha um pouco atrasada, chega trazendo o tão esperado filhote de Dona Jumbo.

Puxa, que alegria!

Jumbo Júnior era o seu nome.

- Mas que orelhas! disse uma companheira da Sra Jumbo. O seu nome será Dumbo!

Não importava , Dumbo ou Jumbo Júnior, era o filhote mais querido e esperado. Dona Jumbo tratava-o com muito carinho!

E assim a Sra Jumbo e Dumbo passaram a noite mais feliz de suas vidas.

Mãe e filho, juntos.

No dia seguinte, o público começou a chegar para o grande espetáculo.

Dumbo chamou muito a atenção de todos, pois sua orelha era enorme mesmo. As crianças começaram a zombar de Dumbo e como toda mãe, Dona Jumbo foi defender seu filhote daquela zombaria, mas se excedeu demais. Acabou indo para solitária

Pobre Dumbo, ficou só. As companheiras da Sra Jumbo, ignoravam o elefantinho que precisava apenas de um pouco de atenção.

Mas Timóteo, um simpático ratinho, estava sentado comendo as sobras de amendoim deixados pelo público, observava tudo e ficou indignado com a atitude daqueles paquidermes e resolveu ajudar Dumbo.

Tornou-se o melhor amigo de Dumbo!

No dia seguinte, o número que os elefantes iriam apresentar seria a formação de uma pirmide e no topo Dumbo seria lançado. Timóteo como seu amigo, deu-lhe a maior força, mas foi um desastre!

Dumbo então foi transformado em um palhaço!

Mas Dumbo estava muito triste, pois ele era um elefante e não um palhaço! E timóteo para reanimá-lo conseguiu que Dumbo fosse ver sua mãe na solitária.

Sra Jumbo aquela noite ninou o seu bebê!

Sem querer os os dois amigos vão parar encima de uma árvore, onde estavam sendo observados pelos corvos.

Timóteo então descobriu que eles poderiam ter voado!

- Você pode voar, suas orelhas são perfeitas asas - disse Timóteo!

Dumbo então é incentivado a voar pelos corvos que lhe dão uma pena e Timóteo dizia ser a pena mágica.

- Voe, Voe, bata as asas, vamos! Você pode! Você pode! - gritava Timóteo!

Finalmente Dumbo voou!

No dia seguinte, Dumbo se transforma na principal atraçao do circo.

Usando suas orelhas, ele faz o que nenhum outro elefante conseguiu: voar! Agora, Dumbo é um verdadeiro herói e brilha como a estrela voadora do circo, trazendo alegria e diversão para todos.

 


Respuesta  Mensaje 23 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:48

"Havia quatro irmãs que viviam numa pequena casa. As três mais velhas usavam vestidos de seda e tinham rendas em todas as saias. A mais moça, entretanto, andava esfarrapada e fazia todo o serviço da casa. Era, por isso, chamada Cinderela, a gata borralheira.

A mais velha era alta e magra, tinha nariz comprido e queixo pontudo. A segunda era baixa e gorda, tinha nariz chato e era vesga.  A terceira era coxa e curvada para a frente. Além disso, era linguaruda. Cinderela, com todos os remendos, era bonita e delicada. Tinha cabelos dourados e olhos azuis. A pele era macia e as faces estavam sempre coradas.

Certo dia, um arauto do rei apareceu na cidade, empunhando uma trombeta e anunciando: 
- "Atenção, atenção!! Daqui a quinze dias, Sua Alteza Real, o Príncipe, completará vinte e um anos. Sua Majestade, o Rei,  dará um grande baile para o qual estão convidadas todas as moças da cidade". 
A notícia pôs a cidade em alvoroço. As modistas não tiveram mais descanso. Não ficou uma só peça de fita ou de renda na cidade. Só os tecidos de algodão sobraram nas lojas. Tafetás, cetins, brocados e galões dourados foram vendidos no primeiro dia. Costureiras e alfaiates costuravam até as agulhas furarem os dedais. Os sapateiros nem podiam mais dormir. Os cabelereiros cortavam, frisavam e penteavam noite e dia.

- Usarei um vestido solferino, disse a irmã mais velha.
- Eu irei de verde, informou a segunda.
- Meu vestido será amarelo, continuou a terceira.
- Irmãs, suplicou Cinderela, vocês tem tantos vestidos! Se me emprestassem um, eu poderia ir ao baile.
- Você ir ao baile? Onde já se viu uma coisa dessas? Disse a mais velha.
- Uma gata borralheira no palácio? Era só o que faltava! caçoou a segunda.
- Além de tudo, você é muito criança, concluiu a terceira.

Na noite do baile, as três irmãs apresentaram-se no palácio com vestidos caros, leques de gaze e plumas na cabeça. Depois que elas saíram, Cinderela sentou-se à beira do fogão, com seu vestido remendado. As lágrimas corriam-lhe pelas faces. De repente, ouviu um ruído semelhante a um bater de asas e uma sombra escura passou a seu lado. Olhou, assustada. à sua frente, apareceu uma mulher de preto, segurando uma varinha. Usava uma capa larga e um chapéu alto, como os palhaços.

- Por que está chorando? Perguntou a mulher.
- Quem é a senhora? Indagou a menina.
- Espere e logo saberá, respondeu a mulher.
Por baixo da aba do chapéu, seus olhos brilhavam como estrelas.
- Diga-me, porque está chorando? insistiu ela.
- Minhas irmãs foram ao baile do Rei e eu fiquei aqui sozinha. Só tenho este vestido, velho e remendado.

E, pondo as mãos no rosto, começou a soluçar.
- Se continuar aí sentada, chorando, não poderá mesmo ir ao baile. Levante-se, e faça tudo o que eu mandar. - - Há ratos nas ratoeiras? Perguntou a senhora.
Cinderela, muito admirada com a pergunta, respondeu:
- Há três no celeiro, três no sotão e dois camundongos na despensa.
- Apanhe as ratoeiras e leve-as para o jardim. Traga-me também a abóbora maior que encontrar na horta

.

Cinderela fez exatamente o que ela mandou. Repentinamente, a senhora tocou nas ratoeiras e na abóbora com a varinha mágica e eis que elas se transformaram. Os ratos viraram seis soberbos cavalos pretos. Os camundongos viraram dois cocheiros elegantemente vestidos e a abóbora transformou-se numa linda carruagem dourada.
Depois, tocou o vestido de Cinderela com a varinha, e imediatamente desapareceu aquele pobre vestidinho remendado, sendo substituido por um riquíssimo vestido de baile. Em seus pés apareceram lindos sapatinhos de cristais.

- Cinderela, disse a senhora. Vá e divirta-se, mas, preste atenção: quando o relógio der meia-noite, volte para casa sem demora. Se não o fizer, os cavalos  voltarão a ser ratos, os cocheiros, camundongos, e a carruagem será novamente uma abóbora. Quanto ao seu lindo vestido, minha querida, voltará a ter remendos. Preste atenção ao relógio. Não se esqueça!!!
- Não me esquecerei, prometeu Cinderela, mas, quem é a senhora?
- Sou sua fada madrinha. Lembre-se bem de tudo o que lhe disse.
- Lembrar-me-ei, prometeu a mocinha.

Antes que Cinderela pudesse lhe agradecer, a senhora desapareceu, como por encanto. Quando a carruagem chegou ao palácio, os criados ficaram tão admirados, que os botões saltaram de seus coletes apertados. Com os olhos arregalados, acompanhavam a linda moça, qua saltou da carruagem. 

Quando ela entrou no salão, o príncipe, que dançava com uma duquesa, foi imediatamente ao seu encontro e não dançou com mais ninguém. A música era tão agradável e o príncipe tão encantador que, quando o relógio deu a primeira badalada da meia-noite, Cinderela não se apercebeu disso. Ao bater a segunda, porém, ela teve a impressão de ver a fada num canto do salão. Lembrando-se, então, de tudo, deu um grito abafado e saiu correndo. O príncipe, com grande espanto, viu-se sozinho no meio do salão. Procurou em vão pela linda princesa com quem havia dançado.

Cinderela fugiu pelos corredores do palácio e precipitou correndo pelas escadarias que levavam aos jardins justamente quando o relógio dava a última pancada da meia-noite. O príncipe veio correndo atrás dela, mas não conseguiu alcançá-la. No fim das escadarias, encontrou apenas uma pobre moça, chorando na escuridão. Seis ratos pretos iam correndo à procura de queijo, e dois camundongos os seguiam. Uma abóbora grande rolava pela rampa das carruagens.

O príncipe olhou bem para todos os lados, mas não conseguiu ver a princesa. Muito triste, começou a subir os degraus. De repente, seus olhos avistaram alguma coisa que brilhava como uma jóia. Ajoelhou-se e apanhou um sapatinho de cristal, tão pequeno que cabia na palma de sua mão. Guardou-o no bolso, com muito carinho, na esperança de, por meio dele, encontrar a princesa. O rapaz ficou tão desolado que não podia dormir nem comer. O Rei enviou mensageiros para todos os lados do reino, à procura de uma moça, cujo pé fosse tão pequenino que coubesse naquele sapatinho.

No dia seguinte, Cinderela, novamente maltrapilha, pôs-se a fazer seu serviço. Seu pensamento, entretanto estava no príncipe. Suas irmãs estavam mais azedas do que nunca, e não falavam noutra coisa, senão na estranha princesa que estivera no baile.
- Onde já se viu coisa igual? O príncipe não dançou conosco. O tempo todo só deu atenção àquela estranha princesa. Dizem que ela é filha do imperador das Índias, disse uma das moças.
- Seu vestido era tecido com fio de diamantes, informou a segunda.
- Filha do imperador das Índias? perguntou Cinderela, curiosa.
- Trate de esfregar o chão. Que tem a ver você com a vida do príncipe? Vociferou a mais velha.

Durante muitos dias, os emissários do Rei viajaram pelo país. Visitaram cidades grandes e pequenas, aldeias e povoados. Em todas elas, as moças se alvoroçaram, ansiosas por casar com o príncipe.

Finalmente, os mensageiros chegaram ao pequeno quarteirão onde Cinderela vivia com as irmãs. Suas trombetas douradas brilhavam ao sol, anunciando: "Aquela que calçar o sapatinho, será a esposa do príncipe". Moças de todos os tipos apresentaram-se, porém o sapatinho não servia em nenhuma. Afinal, chegaram à casa de Cinderela.

A irmã mais velha foi a primeira a aparecer, mas apenas seu dedo grande coube no sapato. A segunda experimentou, mas o calcanhar ficou do lado de fora. Veio a terceira, mas só a metade do pé entrou. 
- Deixe-me experimentar, pediu Cinderela.
- Você, uma princesa! zombaram as irmãs. Rainha do borralho!!! Isso sim, caçoaram elas.
Enquanto elas riam, o chefe dos mensageiros ajoelhou-se à frente de Cinderela e calçou-lhe o sapatinho que coube perfeitamente em seu pé

.

- A Senhora será a esposa do príncipe. Venha conosco, Sua Alteza.
Cinderela acompanhou-os ao palácio. Havia uma multidão na calçada para vê-la. Os homens estavam apenas curiosos, mas as moças choravam de inveja.

O príncipe, quando a viu, não reparou nos remendos de seu vestido, nem nas manchas de cinza que trazia nas faces. Viu apenas aquele rostinho tão querido que ele ansiava tanto rever. Por ordem do Rei, foi anunciado que o casamento se realizaria no dia seguinte. A festa durou dez dias e dez noites. As irmãs de Cinderela dançaram só com os empregados da estrebaria. Cinderela e o príncipe formaram o casal mais feliz do mundo. E o reino povoou-se de amor e alegria pela felicidade dos dois."



Respuesta  Mensaje 24 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:48

Era uma vez uma menina conhecida como chapeuzinho vermelho.

Um dia sua mãe pediu que ela levasse uma cesta de doces para a sua avó que morava do outro lado do bosque.

Caminhando pelo bosque a menina encontrou o lobo.

- Aonde vai chapeuzinho ? Perguntou o lobo.

- Na casa da vovó levar uma cesta de doces. Respondeu Chapeuzinho.

- Muito bem boa menina, por que não leva flores também ?

Enquanto Chapeuzinho colhia as flores o lobo correu para a casa da vovó. Bateu a porta e imitando a voz de chapeuzinho vermelho pediu para entrar.

Assim que entrou deu um pulo e devorou a vovó inteirinha, depois colocou a touca, os óculos e se cobriu, esperando chapeuzinho.

Quando chapeuzinho chegou o lobo pediu para ela chegar mais perto.

- Vovó que orelhas grandes ! Disse Chapeuzinho.

- É para te ouvir melhor. Disse o lobo.

- Que olhos enormes Vovó !.

- É para te ver melhor.

- Que nariz comprido !

- É para te cheirar.

- E essa boca vovozinha, que grande !

- É pra te devorar !!!.

Então, o lobo pulou da cama e correu para pegar chapeuzinho.

Um lenhador que passava perto da casa ouviu o barulho e foi ver o que era.

O lobo tentou fugir, mas o lenhador atirou e matou o lobo.

Chapeuzinho apareceu e disse que o lobo havia engulido a vovó.

O lenhador abriu a barriga do lobo e tirou a vovó sã e salva.


Respuesta  Mensaje 25 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:49

A Roupa Nova do Rei

"Era uma vez um rei, tão exageradamente amigo de roupas novas, que nelas gastava todo o seu dinheiro. Ele não se preocupava com seus soldados, com o teatro ou com os passeios pela floresta, a não ser para exibir roupas novas. Para cada hora do dia, tinha uma roupa diferente. Em vez de o povo dizer, como de costume, com relação a outro rei: "Ele está em seu gabinete de trabalho", dizia "Ele está no seu quarto de vestir".

A vida era muito divertida na cidade onde ele vivia. Um dia, chegaram hóspedes estrangeiros ao palácio. Entre eles havia dois trapaceiros. Apresentaram-se como tecelões e gabavam-se de fabricar os mais lindos tecidos do mundo. Não só os padrões e as cores eram fora do comum, como, também as fazendas tinham a especialidade de parecer invisíveis às pessoas destituídas de inteligência, ou àquelas que não estavam aptas para os cargos que ocupavam.

"Essas fazendas devem ser esplêndidas, pensou o rei. Usando-as poderei descobrir quais os homens, no meu reino, que não estão em condições de ocupar seus postos, e poderei substituí-los pelos mais capazes... Ordenarei, então, que fabriquem certa quantidade deste tecido para mim."

Pagou aos dois tecelões uma grande quantia, adiantadamente, para que logo começassem a trabalhar. Eles trouxeram dois teares nos quais fingiram tecer, mas nada havia em suas lançadeiras. Exigiram que lhes fosse dada uma porção da mais cara linha de seda e ouro, que puseram imediatamente em suas bolsas, enquanto fingiam trabalhar nos teares vazios.

                                                

- Eu gostaria de saber como vai indo o trabalho dos tecelões, pensou o rei. Entretanto, sentiu-se um pouco embaraçado ao pensar que quem fosse estúpido, ou não tivesse capacidade para ocupar seu posto, não seria capaz de ver o tecido. Ele não tinha propriamente dúvidas a seu respeito, mas achou melhor mandar alguém primeiro, para ver o andamento do trabalho.

Todos na cidade conheciam o maravilhoso poder do tecido e cada qual estava mais ansioso para saber quão estúpido era o seu vizinho.
- Mandarei meu velho ministro observar o trabalho dos tecelões. Ele, melhor do que ninguém, poderá ver o tecido, pois é um homem inteligente e que desempenha suas funções com o máximo da perfeição, resolveu o rei.

Assim sendo, mandou o velho ministro ao quarto onde os dois embusteiros simulavam trabalhar nos teares vazios.
- "Deus nos acuda!!!" pensou o velho ministro, abrindo bem os olhos. "Não consigo ver nada!" 
Não obstante, teve o cuidado de não declarar isso em voz alta. Os tecelões o convidaram para aproximar-se a fim de verificar se o tecido estava ficando bonito e apontavam para os teares. O pobre homem fixou a vista o mais que pode, mas não conseguiu ver coisa alguma. 
- "Céus!, pensou ele. Será possível que eu seja um tolo? Se é assim, ninguém deverá sabê-lo e não direi a quem quer que seja que não vi o tecido."

- O senhor nada disse sobre a fazenda, queixou-se um dos tecelões.
- Oh, é muito bonita. É encantadora!! Respondeu o ministro, olhando através de seus óculos. O padrão é lindo e as cores estão muito bem combinadas. Direi ao rei que me agradou muito.
- Estamos encantados com a sua opinião, responderam os dois ao mesmo tempo e descreveram as cores e o padrão especial da fazenda. O velho ministro prestou muita atenção a tudo o que diziam, para poder reproduzi-lo diante do rei.

Os embusteiros pediram mais dinheiro, mais seda e ouro para prosseguir o trabalho. Puseram tudo em suas bolsas. Nem um fiapo foi posto nos teares, e continuaram fingindo que teciam. Algum tempo depois, o rei enviou outro fiel oficial para olhar o andamento do trabalho e saber se ficaria pronto em breve. A mesma coisa lhe aconteceu: olhou, tornou a olhar, mas só via os teares vazios.
- Não é lindo o tecido? Indagaram os tecelões, e deram-lhe as mais variadas explicações sobre o padrão e as cores.
"Eu penso que não sou um tolo, refletiu o homem. Se assim fosse, eu não estaria à altura do cargo que ocupo. Que coisa estranha!!"... Pôs-se então a elogiar as cores e o desenho do tecido e, depois, disse ao rei: "É uma verdadeira maravilha!!"

Todos na cidade não falavam noutra coisa senão nessa esplendida fazenda, de modo que o rei, muito curioso, resolveu vê-la, enquanto ainda estava nos teares. Acompanhado por um grupo de cortesões, entre os quais se achavam os dois que já tinham ido ver o imaginário tecido, foi ele visitar os dois astuciosos impostores. Eles estavam trabalhando mais do que nunca, nos teares vazios.

- É magnífico! Disseram os dois altos funcionários do rei. Veja Majestade, que delicadeza de desenho! Que combinação de cores! Apontavam para os teares vazios com receio de que os outros não estivessem vendo o tecido.
O rei, que nada via, horrorizado pensou: "Serei eu um tolo e não estarei em condições de ser rei? Nada pior do que isso poderia acontecer-me!" Então, bem alto, declarou:
- Que beleza! Realmente merece minha aprovação!! Por nada neste mundo ele confessaria que não tinha visto coisa nenhuma. Todos aqueles que o acompanhavam também não conseguiram ver a fazenda, mas exclamaram a uma só voz:
- Deslumbrante!! Magnífico!!

Aconselharam eles ao rei que usasse a nova roupa, feita daquele tecido, por ocasião de um desfile, que se ia realizar daí a alguns dias. O rei concedeu a cada um dos tecelões uma condecoração de cavaleiro, para seu usada na lapela, com o título "cavaleiro tecelão". Na noite que precedeu o desfile, os embusteiros fiizeram serão. Queimaram dezesseis velas para que todos vissem o quanto estavam trabalhando, para aprontar a roupa. Fingiram tirar o tecido dos teares, cortaram a roupa no ar, com um par de tesouras enormes e coseram-na com agulhas sem linha. Afinal, disseram:

- Agora, a roupa do rei está pronta.
Sua Majestade, acompanhado dos cortesões, veio vestir a nova roupa. Os tecelões fingiam segurar alguma coisa e diziam: "aqui está a calça, aqui está o casaco, e aqui o manto. Estão leves como uma teia de aranha. Pode parecer a alguém que não há nada cobrindo a pessoa, mas aí é que está a beleza da fazenda".

- Sim! Concordaram todos, embora nada estivessem vendo.
- Poderia Vossa Majestade tirar a roupa? propuseram os embusteiros. Assim poderiamos vestir-lhe a nova, aqui, em frente ao espelho. O rei fez-lhes a vontade e eles fingiram vestir-lhe peça por peça. Sua majestade virava-se para lá e para cá, olhando-se no espelho e vendo sempre a mesma imagem, de seu corpo nu.
- Como lhe assentou bem o novo traje! Que lindas cores! Que bonito desenho! Diziam todos com medo de perderem seus postos se admitissem que não viam nada. O mestre de cerimônias anunciou:
- A carruagem está esperando à porta, para conduzir Sua Majestade, durante o desfile.
- Estou quase pronto, respondeu ele.

Mais uma vez, virou-se em frente ao espelho, numa atitude de quem está mesmo apreciando alguma coisa.
Os camareiros que iam segurar a cauda, inclinaram-se, como se fossem levantá-la do chão e foram caminhando, com as mãos no ar, sem dar a perceber que não estavam vendo roupa alguma. O rei caminhou à frente da carruagem, durante o desfile. O povo, nas calçadas e nas janelas, não querendo passar por tolo, exclamava:
- Que linda é a nova roupa do rei! Que belo manto! Que perfeição de tecido!
Nenhuma roupa do rei obtivera antes tamanho sucesso!

Porém, uma criança que estava entre a multidão, em sua imensa inocência, achou aquilo tudo muito estranho e gritou: 
- Coitado!!! Ele está completamente nu!! O rei está nu!!
O povo, então, enchendo-se de coragem, começou a gritar:
- Ele está nu! Ele está nu!
O rei, ao ouvir esses comentários, ficou furioso por estar representando um papel tão ridículo! O desfile, entretanto, devia prosseguir, de modo que se manteve imperturbável e os camareiros continuaram a segurar-lhe a cauda invisível. Depois que tudo terminou, ele voltou ao palácio, de onde envergonhado, nunca mais pretendia sair. Somente depois de muito tempo, com o carinho e afeto demonstrado por seus cortesões e por todo o povo, também envergonhados por se deixarem enganar pelos falsos tecelões, e que clamavam pela volta do rei, é que ele resolveu se mostrar em breve aparições...  Mas nunca mais se deixou levar pela vaidade e perdeu para sempre a mania de trocar de roupas a todo momento. 

Quanto aos dois supostos tecelões, desapareceram misteriosamente, levando o dinheiro e os fios de seda e ouro. Mas, depois de algum tempo, chegou a notícia na corte, de que eles haviam tentando fazer o mesmo golpe em outro reino e haviam sido desmascarados, e agora cumpriam uma longa pena na prisão.


Respuesta  Mensaje 26 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:50

As Aventuras de Gulliver

Era uma vez um jovem chamado Gulliver que decidiu viajar pelo mundo. Então, durante uma tempestade, seu barco afundou e ele conseguiu nadar até uma praia.

Quando acordou, estava sendo espetado por pequenos dardos atirados por homenzinhos. Gulliver, então foi levado prisioneiro até o imperador dos pequenos soldados.

- Aqui em Liliput, temos um terrível inimigo que vive na ilha vizinha, e precisamos de sua ajuda. Em troca, daremos comida e abrigo.

Gulliver decidiu ajudar. Afinal, os homenzinhos eram até muito simpáticos.

à noite, Gulliver atravessou o estreito e destruiu os barcos inimigos. Quando voltou, os Liliputianos, agradecidos, ajudaram-no a voltar para a Inglaterra.

Em Londres, Gulliver arranjou outro navio e voltou para o mar. A viagem demorou tanto que faltou água. Ao encontrar terra, mandou alguns marinheiros à procura de água doce.

Gulliver também saiu à procura de água, mas foi surpreendido por um gigante que queria apanhá-lo.

Os marinheiros fugiram apavorados e o gigante conseguiu apanhá-lo. Ao olhar bem para Gulliver, o gigante teve a idéia ganhar dinheiro mostrando-o em seu reino. Gulliver trabalharia como ator para divertir as pessoas que pagariam para vê-lo.

Na capital do reino dos gigantes, a rainha resolveu comprar Gulliver por cem moedas de ouro. Afeiçoada a Gulliver, a rainha ordenou que construíssem uma casa do tamanho dele para que ficasse bem acomodado.

Mas, uma noite, duas enormes vespas o atacaram. Depois de lutar ferozmente com sua espada, conseguiu sair vitorioso. Ao chegar, a rainha viu o final do combate sem poder fazer nada para ajudar Gulliver.

Então, a rainha deixou Gulliver voltar para a sua casa. Em Londres, Gulliver viveu feliz, escrevendo sobre suas viagens fantásticas.


Respuesta  Mensaje 27 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:50

Era uma vez uma menina chamada Alice. Numa tarde de verão, ela estava sob a sombra de uma árvore, ao lado de sua irmã mais velha, que lia um livro sem nenhuma figura. Achando aquilo muito chato, Alice foi ficando cada vez mais sonolenta quando, de repente, apareceu um coelho apressado com um enorme relógio exclamando:

- Hãaa!!! Nossa! É tarde, é tarde, é tarde, muito tarde!

O coelho entrou numa toca e a menina foi atrás. De repente, ficou tudo muito escuro e Alice sentiu que estava caiiindo, caiiindo, caiiindo num poço que parecia não ter fim.

Aí... de repente, plaft! Tinha caído sentada num monte de folhas secas. Olhando ao redor, ela viu uma pequena porta. Quis passar, mas não conseguiu, porque a porta era minúscula.

Havia por ali uma lata em que estava escrito "Coma-me". Abriu a lata mais que depressa e, vendo que eram biscoitos, começou a comer. Pra surpresa de Alice, quanto mais ela comia, menor ficava em tamanho. Foi ficando pequenininha, pequenininha e assim conseguiu passar pela portinha.

Saiu então num jardim onde viu flores falando e cantando. Isso a deixou super-admirada. Perguntou então às flores:

- Como posso crescer novamente?

- Siga em frente. Responderam em coro.

Alice obedeceu. Andou, andou, e encontrou em cima de um cogumelo um bichinho verde que lhe perguntou:

- Que deseja, menina?

Percebendo a tristeza de Alice, o bichinho verde disse:

- Coma do cogumelo, mas coma só do lado direito, senão você diminui.

Minutos depois de comer, Alice voltou ao seu tamanho normal. Muito feliz, ela levou consigo mais dois pedacinhos do cogumelo.

Sem rumo certo, Alice continuou a andar quando, inesperadamente, encontrou um gato risonho:

- Pode me indicar o caminho que devo seguir?. Disse a menina.

- Humm! Mas pra onde deseja ir? - perguntou o gato.

- Não sei!...

- Humm! à direita, mora o Chapéu; à esquerda, mora a Lebre de Março. Hãaa!. Tanto faz, menina, os dois são malucos, disse o gato.

- Maas, então, tenho eu que viver entre doidos?

- Humm! Humm! Dê trinta passos pra frente, trinta passos pra direita e mais trinta pra esquerda. Ali existe uma árvore que orienta.

Sem entender nada, mas levada pela intuição, Alice chegou na casa da Lebre de Março e viu a Lebre e o Chapéu tomando chá ao ar livre. Sentou-se à mesa com os dois.

- Mais vinho, Chapéu? - perguntou a Lebre.

- Oh! Oh! Oh! Sim, por favor, querida, um pouco mais de leite sem manteiga com casca de pão - respondeu ele.

Aturdida, sem entender nada, Alice saiu dali em disparada. Mais à frente, ela viu os soldados da Rainha de Copas pintando de vermelho as flores brancas que ali existiam.

- Mas por que estão pintando de vermelho as flores brancas?

- Plantamos flores brancas por engano. Como a Rainha só gosta de flores vermelhas, se não pintarmos as flores brancas de vermelho, ela manda cortar nossas cabeças, responderam eles.

No Reino de Copas, tirando essa maluquice toda, tudo corria normalmente. Um dia, porém, um soldado roubou da Rainha um pedaço de bolo. Foi preso pra ser julgado e condenado. E Alice, mesmo sem saber do acontecido, foi convocada pra testemunhar.

Estava pra se iniciar o julgamento, quando algo muito estranho aconteceu. Alice começou a crescer, a crescer... e ficou muito alta, com mais de um quilômetro de altura.

Os soldados então começaram a correr atrás dela pra expulsá-la do Reino, porque assim mandava a lei.

Nesse instante, Alice acordou e viu-se deitada no colo de sua irmã que lia um livro sem figuras. Ah, ah, ah! Felizmente, tudo tinha sido só um sonho!!!.


Respuesta  Mensaje 28 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 02/11/2009 17:51

A Bela Adormecida

Era uma vez... um rei e uma rainha que desejavam muito ter um bebê. Um dia nasceu uma menina, a princesa tão desejada.

Quando ela completou um ano, o rei ofereceu uma festa convidando o dono das terras vizinhas, com seu pequeno filho.

Durante a festa, chegaram três fadas para presentear a princesa. A primeira lhe desejou beleza; a segunda lhe desejou formosura. Mas antes que a terceira pudesse dizer seu desejo, apareceu uma feiticeira e rogou uma praga:

- Quando completares 15 anos, menina, hás de espetar teu dedo num fuso e hás de morrer.

E, dizendo isso, desapareceu.

Diante do espanto de todos, a terceira fada falou:

- Não, a princesa não vai morrer. Cairá em sono profundo, porque esse é o meu desejo, e despertará, depois, com um beijo de amor.

O rei ficou muito assustado e ordenou que queimassem todas as rocas do reino pra livrar a princesa da maldição da bruxa.

Tempos depois... a jovem, que já tinha completado 15 anos, possuía todas as virtudes concedidas pelas fadas e era amada por todos. Um dia passeando pelo castelo chegou até a torre mais alta. Quando abriu a porta, deparou-se com uma velha fiando linho. Era a feiticeira, disfarçada.

A princesa ficou muito interessada, pois nunca tinha visto uma máquina como aquela e quis fiar também. Ao tentar, furou o dedo e logo adormeceu. O mesmo aconteceu com todos os habitantes do castelo.

As fadas logo, logo, ficaram sabendo do que tinha acontecido e correram para o castelo e levaram a princesa para seus aposentos. O príncipe foi logo, logo, avisado do que acontecera.

E a bruxa, sabendo que o príncipe tentaria salvar a jovem, quis esconder o castelo e fez crescer ao redor dele uma floresta, assim, de repente, num passe de mágica.

O príncipe partiu imediatamente pra salvar a princesa. Mas, ao chegar, deparou-se com a floresta fechando todos os caminhos. Desorientado, ele não sabia mais o que fazer, lembrou-se então das fadas e pediu-lhes ajuda. Estas fizeram então aparecer em suas mãos um machado.

E foi com ele que o príncipe abriu caminho e pôde entrar no castelo. Chegou à torre aproximou-se da princesa e a beijou. Ela despertou, linda, linda!.

Iniciava-se assim uma nova era de felicidade pra todos.





Respuesta  Mensaje 29 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 08/11/2009 15:23

As Aventuras de Gulliver

Era uma vez um jovem chamado Gulliver que decidiu viajar pelo mundo. Então, durante uma tempestade, seu barco afundou e ele conseguiu nadar até uma praia.

Quando acordou, estava sendo espetado por pequenos dardos atirados por homenzinhos. Gulliver, então foi levado prisioneiro até o imperador dos pequenos soldados.

- Aqui em Liliput, temos um terrível inimigo que vive na ilha vizinha, e precisamos de sua ajuda. Em troca, daremos comida e abrigo.

Gulliver decidiu ajudar. Afinal, os homenzinhos eram até muito simpáticos.

à noite, Gulliver atravessou o estreito e destruiu os barcos inimigos. Quando voltou, os Liliputianos, agradecidos, ajudaram-no a voltar para a Inglaterra.

Em Londres, Gulliver arranjou outro navio e voltou para o mar. A viagem demorou tanto que faltou água. Ao encontrar terra, mandou alguns marinheiros à procura de água doce.

Gulliver também saiu à procura de água, mas foi surpreendido por um gigante que queria apanhá-lo.

Os marinheiros fugiram apavorados e o gigante conseguiu apanhá-lo. Ao olhar bem para Gulliver, o gigante teve a idéia ganhar dinheiro mostrando-o em seu reino. Gulliver trabalharia como ator para divertir as pessoas que pagariam para vê-lo.

Na capital do reino dos gigantes, a rainha resolveu comprar Gulliver por cem moedas de ouro. Afeiçoada a Gulliver, a rainha ordenou que construíssem uma casa do tamanho dele para que ficasse bem acomodado.

Mas, uma noite, duas enormes vespas o atacaram. Depois de lutar ferozmente com sua espada, conseguiu sair vitorioso. Ao chegar, a rainha viu o final do combate sem poder fazer nada para ajudar Gulliver.

Então, a rainha deixou Gulliver voltar para a sua casa. Em Londres, Gulliver viveu feliz, escrevendo sobre suas viagens fantásticas.


Respuesta  Mensaje 30 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 08/11/2009 15:23

A Sereiazinha

 

Longe, muito longe no mar, a água é azul como as mais belas pétalas da centáurea e clara como o mais puro cristal. Mas é tão funda que não se pode sondar. Seria preciso pôr torres mais torres em cima umas das outras para se alcançar a superfície da água; e lá embaixo residem os habitantes do mar.

Mas não pensem que não há nada ali, exceto a areia deserta. Pois no fundo do mar crescem as árvores e as plantas mais estranhas, de caules e folhas tão flexíveis, que o menor movimento da água as faz balançar-se como se tivessem vida. Peixes de todas as qualidades deslizam entre seus ramos, a exemplo das aves aqui em cima na terra. No lugar mais fundo de todos ergue-se o castelo do rei do mar com suas paredes de coral e altas janelas góticas do mais claro mbar. Seu telhado é feito de cascas de ostras, que se abrem e fecham de acordo com o movimento da água. Tem uma belíssima aparência, pois todas as conchas encerram as mais lustrosas pérolas, das quais uma só bastaria para dar valor inestimável a um diadema de rainha.

Fazia muitos anos que o rei do mar estava viúvo, e era sua própria mãe quem cuidava da casa para ele. Era ela uma mulher inteligente, mas orgulhosa de sua classe, pôr isso trazia na cauda doze ostras, enquanto aos outros grandes só se permitiam seis. Além disso, era merecedora de grandes elogios, especialmente porque amava carinhosamente suas netas — as princesas do mar. Eram seis, estas princesinhas, todas lindas; mas a mais linda era a caçula. Tinha a pele tão clara e fina como uma pétala de rosa; seus olhos eram tão azuis como o mar mais profundo; mas, a exemplo de todas as sereias, não tinha pés, pois seu corpo terminava numa cauda de peixe.

Podiam as princesas brincar o dia inteiro no castelo, em cujas paredes cresciam flores viventes. As grandes janelas de mbar se abriam e os peixes entravam pôr elas, assim como fazem as andorinhas quando abrimos as janelas de casa; mas os peixes nadavam diretamente para as princesas, comiam de suas mãos, e deixavam-se acariciar.

Fora do castelo havia um grande jardim com flores vermelho-vivo e azul-escuras; os frutos brilhavam como ouro, e as flores como labaredas de fogo, continuamente balançando seus caules e folhas. O fundo era coberto da areia mais fina, azul como luz de enxofre. Uma peculiar radiosidade azul emanava de todas as coisas em redor, de modo que qualquer pessoa podia pensar que estava nas alturas, como clossel do céu acima e à volta, nunca no fundo mais profundo do mar... Nas horas de calma podia-se ver o sol, que parecia uma flor purpúrea de onde jorrava toda a luz.

Cada uma das princesinhas possuía um pedaço do jardim, onde podia cavoucar e plantar como bem entendesse. Uma deu a seu canteiro a forma de uma baleia; outra achou melhor dar ao seu a forma de uma mulher marinha; mas a mais novinha fez o seu redondo como o sol, e ali plantou flores vermelhas que brilhavam como o próprio astro-rei. Esta princesinha era uma criança singular, muito calada e pensativa; e certa vez, quando suas irmãs exibiram as lindas coisas que tinham ganho dos navios naufragados, ela apenas quis além das flores parecidas com o sol, uma estatueta de mármore. Esta representava um bonito menino, talhado em pedra branca, e afundara-se no mar depois de um naufrágio. A princesinha plantou um salgueiro cor-de-rosa ao lado da estatueta; a árvore cresceu extraordinariamente e inclinou os galhos pôr cima da estatueta até a areia azulada, onde as sombras escureciam em violeta e dançavam como os próprios galhos. Parecia que as extremidades da árvore e as raízes estavam brincando de beijar-se entre si.

Não havia prazer maior para a princesinha do que ouvir o mundo dos homens acima do mar. A velha avó tinha de contar-lhe tudo o que sabia sobre navios e cidades, homens e animais. Era lindo saber que na terra havia flores que cheiravam (pois as do fundo do mar não tinham perfume), e que as árvores eram verdes, e que os peixes de lá podiam cantar alto e claro, enquanto saltitavam de galho em galho... O que a avó chamava de peixes eram passarinhos, e a princesinha não podia entender outra coisa, pois nunca em sua vida avistara um passarinho.

- Quando você fizer quinze anos — disse-lhe a avó terá licença de subir à superfície do mar, sentar-se nas rochas debaixo do luar e ver passar os grandes navios. Então sim, verá florestas e cidades!

No ano seguinte uma das irmãs completou quinze anos, mas havia a diferença de um ano de idade entre as princesinhas, de modo que a mais nova ainda teria de esperar cinco anos antes de poder subir à superfície do mar e ver o mundo tal como era. Mas umas prometeram as outras contar o que tinham visto e o que acharam mais lindo no primeiro dia da visita: pois era impossível à avó contar tudo tantas eram as coisas que elas desejavam saber.

Ninguém mais aflita pôr causa disso do que a princesinha mais nova justamente aquela que tinha de esperar mais tempo para subir à tona, e que era mais quieta e pensativa. Muitas noites ficava perto da janela aberta, olhando através da água azul os peixes que nadavam num lampejar de cauda e barbatanas. Também via a lua e as estrelas, que naturalmente tinham um brilho frouxo, mas que através da água pareciam muito maiores do que parecem para nós aqui na terra. Quando alguma coisa parecida com uma nuvem negra passava acima da sua cabeça, ela sabia que era uma baleia que passava, ou um navio cheio de gente. Gente que, naturalmente, nem sonhava que uma linda sereiazinha estava lá embaixo, e estendia suas brancas mãozinhas para a quilha do navio.

A princesa mais velha fez quinze anos e subiu afinal para a superfície do mar.

Quando voltou, tinha uma centena de coisas para contar mas a melhor de todas, disse ela, era ficar deitada num banco de areia sob o luar que prateava o mar tranqüilo, e contemplar a costa próxima, com sua cidade grande onde as luzes piscavam como um milhar de estrelas, ouvir a música, o clamor dos homens e o rumor das carruagens. ver os numerosos campanários das igrejas e ouvir os sinos bimbalhando. E só porque não podia aproximar-se de nenhuma dessas coisas, queria-as mais que a qualquer outra no mundo.

Com que atenção a escutava à irmã mais nova! E mais tarde, quando esta foi postar-se junto à janela aberta e olhar a água azul-escura, como pensou na cidade grande com todo o seu rumor e burburinho! Até julgou ouvir, nas profundezas onde estava, um rumor de sinos badalando.

No ano seguinte a segunda teve licença de subir à superfície e nadar para onde quisesse. Subiu à tona justamente na hora do pôr do sol, e este espetáculo, disse ela, era o mais bonito de todos. O céu inteirinho parecia feito de ouro, e quanto às nuvens, era impossível descrever sua beleza. Estas flutuavam acima da sua cabeça, coloridas de púrpura e violeta, porém muito mais rápido que as nuvens passou voando rumo ao sol, um bando de cisnes que se diria um véu branco em cima da água. A sereiazinha tentou nadar naquela direção, mas o sol mergulhou no horizonte, e a cor rosada se desvaneceu nas nuvens e no mar.

No ano seguinte foi a vez da terceira sereiazinha. Como era a mais ousada das cinco, subiu um largo rio que desaguava no mar. Viu esplêndidos montes cobertos de vinhedos; palácios e castelos surgindo brilhantes entre magníficas florestas; ouviu pássaros cantarem; e o sol fulgia tanto, que ela foi muitas vezes obrigada a mergulhar na água para refrescar o rosto ardente. Numa pequena angra viu um enxame de pequeninos seres. Estavam todos nus, chapinhando na água; quis brincar com eles, mas todos fugiram assustados, e um animalzinho preto correu atrás dela (era um cãozinho, mas ela não sabia o que era isso) e latiu com tanta força que ela também se assustou e tratou de sair para o mar. Mas nunca se esqueceu das magníficas florestas, dos montes verdejantes e das lindas crianças que nadavam, embora não possuíssem caudas de peixe ou barbatanas.

A quarta sereiazinha não era tão ousada: deixou-se ficar no meio do mar bravio, depois disse que era esse o espetáculo mais belo. Podia-se estender a vista muitas milhas em torno, e o céu na altura parecia uma redoma de cristal. Viu navios, porém muito distantes, e comparou-os a gaivotas. Os engraçados golfinhos viravam cambalhotas sobre as ondas e enormes baleias esguichavam água pelas narinas, como centenas de repuxos à sua volta.

Enfim chegou a vez da quinta irmãzinha. O seu aniversário caíra no inverno, pôr isso ela viu o que as outras não tinham visto na primeira vez. O mar estava verde, e grandes icebergs flutuavam na superfície; cada um parecia uma pérola, disse ela, e era no entanto muito mais alto do que os campanários edificados pelo homem. Os icebergs assumiam as formas mais fantásticas, e cintilavam como diamantes. Ela sentara-se no topo de um dos maiores, e deixara que o sol brincasse com seus longos cabelos. Todos os navios passavam rapidamente junto ao lugar onde ela se encontrava, e quando começou a escurecer, o céu se cobriu de nuvens, o trovão roncou e as negras ondas levantaram os blocos de gelo, oferecendo-os ao clarão vermelho dos coriscos. Içaram-se as velas em todos os navios, e houve medo e aflição. Ela porém continuou sentada no iceberg flutuante, e viu os relmpagos azuis bifurcarem-se, precipitando-se no mar.

Cada uma das irmãs, após voltar da primeira visita à superfície do mar, vivia feliz e contente com a lembrança dos novos e belos espetáculos que presenciara. Mas agora, como meninas crescidas que eram e que tinham licença de lá ir quando bem quisessem, o assunto se lhes tornou indiferente. Preferiam voltar depois de um mês, dizendo que era muito melhor nas profundezas. pois ali se sentiam comodamente em casa.

Muitas noites, de braços dados, as cinco irmãs subiam juntas para a tona da água. Tinham lindas vozes, mais lindas do que qualquer voz mortal; e quando a tempestade ameaçava, e elas percebiam que o navio ia afundar, nadavam na dianteira e cantavam lindas cantigas, que diziam da beleza do fundo do mar, e exortavam os marujos a que não tivessem medo de ir ao fundo. Os marujos porém não as entendiam, e pensavam que era a tempestade que cantava. Tampouco viam os esplendores debaixo da água, pois se o navio afundava morriam afogados e só chegavam como cadáveres no palácio do rei do mar.

Quando as irmãs subiram, de braços dados, na hora do anoitecer, a sexta irmãzinha ficou olhando-as e teve até vontade de chorar; mas uma sereia não tem lágrimas, e pôr isso sofre mais do que ninguém.

- Oh! se eu tivesse quinze anos! - suspirou ela. - Sei que vou gostar imensamente do mundo lá de cima, e da gente que ali vive e reside!

Finalmente um dia completou quinze anos.

- Agora, sim; veja como está crescida! - disse a avó. — Venha cá; deixe-me enfeitá-la como fiz as suas irmãs.

Colocou uma grinalda de lírios brancos nos cabelos da menina, mas cada flor era a metade de uma pérola. Depois deixou que oito enormes ostras se agarrassem na cauda da princesa, em sinal da sua alta classe aristocrática.

- Estão me machucando! gemeu a sereiazinha.

- Paciência — respondeu a anciã. É preciso que o orgulho sofra.

Mas como a princesinha ficaria contente se pudesse sacudir de si todos aqueles emblemas aristocráticos e pôr de lado a pesada grinalda! Gostava muito mais das flores vermelhas de seu jardim; mas que podia fazer?

- Adeus! disse ela, e começou a subir, leve e clara como uma bolha de água, para a superfície do mar.

O sol acabara de pôr-se quando sua cabeça emergiu, mas as nuvens ainda brilhavam róseas e douradas, e no céu vermelho-pálido as primeiras estrelas fulgiam, radiosamente belas. O ar era ameno, e o mar estava tranqüilo. Um grande navio de três mastros flutuava na superfície; içara apenas uma vela. pois não havia brisa, e sob as vergas e as enxárcias aglomeravam-se os marinheiros. Tocavam e cantavam. e quando a noite desceu de todo, acenderam-se centenas de lanternas coloridas, como se as bandeiras de todas as nações ali estivessem ondulando no ar. A sereiazinha nadou diretamente para a janela da cabina, e cada vez que o mar a levantava, ela podia espiar pela vidraça, clara como cristal, e ver muitas pessoas vestidas com grande luxo. Mas a mais bela de todas era o jovem príncipe de grandes olhos negros. Não teria mais de dezesseis anos, e aquele era o dia de seu aniversário; pôr isso festejavam. Os marujos dançavam no tombadilho, e quando o jovem príncipe apareceu, mais de cem foguetes espoucaram no ar, brilhantes como o dia. A sereiazinha se assustou e mergulhou dentro da água. Logo porém tornou a pôr a cabeça de fora, e então lhe pareceu que todas as estrelas do céu estavam caindo em cima dela. Nunca vira fogos de artifício. E agora, grandes sóis estouravam à sua volta, magníficos peixes de fogo voavam no ar azul, e o mar era um espelho que tudo refletia. O próprio navio estava tão bem iluminado que se podia ver cada cabo separadamente, e as pessoas ali apareciam com a maior clareza. Oh! como o príncipe era belo! Apertava as mãos de toda gente e sorria, enquanto a música vibrava dentro da noite magnífica.

Foi ficando tarde, mas a sereiazinha não podia tirar os olhos do navio e do formoso príncipe. As lanternas coloridas se apagaram, os foguetes deixaram de espoucar no céu e não mais se dispararam os canhões; havia porém um murmúrio e um zumbido bem no fundo do mar; e a sereiazinha ficou se balançando na água, subindo e descendo para espiar no interior da cabina. Mas enquanto o navio se adiantava, içaram-se as velas, uma após outra. As ondas se alteavam, surgiram nuvens enormes, e na distncia o raio estralejou. Oh! ameaçava um horrível temporal, os marujos recolheram as velas. O navio corria rápido sobre o mar encapelado; as águas subiam como enormes montanhas negras, ameaçando cair em cima dos mastros; mas como um cisne, o navio se afundava nos vales abertos entre as ondas altíssimas, depois tornava a deixar-se levantar pôr elas. Para a sereiazinha isto parecia uma simples brincadeira, mas para os marujos era coisa muito diferente. O navio estalava e rangia; as grossas pranchas se entortavam sob os pesados golpes; o navio foi invadido pelo mar, e, como um frágil caniço, o mastro de mezena partiu-se em dois. Finalmente adernado sob o impacto das ondas, o navio se deixou inundar pelas águas enfurecidas. Viu então a sereiazinha que os tripulantes estavam em perigo; teve, ela própria, de tomar cuidado, a fim de evitar as vigas e os fragmentos do navio que flutuavam ao redor. Houve um momento em que tudo ficou escuro como breu, ao ponto de não se poder enxergar qualquer objeto; mas quando clareou, a cena iluminou-se de tal modo, que ela podia distinguir todas as pessoas a bordo. Procurava, com afinco, ver o príncipe, e quando o navio se partiu, ela o viu afundar-se no mar. Ficou então muito contente, pois agora o príncipe iria a seu encontro. Nisto se lembrou de que as pessoas não podiam viver dentro da água, e que ele decerto estaria morto quando chegasse à casa do rei do mar seu pai. Não: ele não devia morrer! Nadou então entre as vigas e as pranchas que se espalhavam pela superfície, quase esquecida de que uma delas a poderia esmagar. Depois desceu para o fundo da água e tornou a subir à tona, e deste modo conseguiu enfim se aproximar do príncipe, que já não podia mais nadar no mar encapelado. Seus braços e suas pernas começavam a fraquejar, seus lindos olhos se fecharam e teria morrido, não fosse a sereiazinha Ter chegado a tempo. Ela segurou-lhe a cabeça acima da água, depois deixou que as ondas os carregassem para onde quisessem.

Ao raiar a manhã, a tempestade havia passado. Não se via nem sinal do navio. O sol subiu, vermelho e radioso, sobre as águas do mar, e era como se os seus raios devolvessem a cor da vida às faces do príncipe, cujos olhos entretanto continuavam fechados. A sereiazinha beijou-lhe a testa alta e clara, alisou-lhe os úmidos cabelos para trás, e ficou muito espantada ao verificar que ele parecia a estatueta de mármore do seu jardim submarino. Tornou a beijá-lo, esperançosa de que ele voltasse à vida.

Viu então à sua frente a terra firme com suas altas montanhas, em cujos píncaros a branca neve cintilava como se ali estivessem cisnes pousados. Lá embaixo na praia havia florestas viridentes e um edifício — ela não podia dizer se era igreja ou convento. No jardim do edifício cresciam laranjeiras e limoeiros, e altas palmeiras se agitavam em frente do portão. O mar formava ali uma pequena baia; era muito calmo, porém muito profundo. Ela nadou com o príncipe para um rochedo onde uma fina areia branca se amontoara, deitou o príncipe na areia e continuou amparando-lhe a cabeça sob o sol tépido.

Nisto, todos os sinos se puseram a tocar no grande edifício branco, e uma porção de meninas saiu para o jardim. A sereiazinha nadou para mais longe entre algumas pedras altas que sobressaíam no mar, pôs um pouco de espuma nos cabelos e no pescoço para que ninguém lhe visse o rosto. depois sentou-se e ficou vigiando para ver o que acontecia ao pobre príncipe.

Dentro em pouco uma das meninas caminhou em sua direção De repente teve um sobressalto, e chamou gente, e a sereiazinha percebeu que o príncipe voltara à vida e sorria a todos em redor. Mas para ela não sorriu; não sabia que ela o havia salvo. A sereiazinha ficou muito triste; e quando o levaram para o grande edifício, ela afundou desconsolada dentro da água e voltou para o palácio de seu pai.

Ela sempre fôra muito quieta e tristonha, mas de então em diante ficou ainda mais tristonha e mais calada. Assim que chegou, as irmãs lhe perguntaram o que tinha visto acima da superfície do mar; ela porém não disse nada.

Muitas noites e manhãs voltou para o lugar onde deixara o príncipe. Viu os frutos do jardim amadurecerem e serem colhidos; viu a neve derreter-se nos altos píncaros das montanhas; mas não viu o príncipe, de modo que sempre voltava para casa ainda mais triste do que antes. Seu único consolo era ficar sentada no jardinzinho, e passar o braço em torno da estatueta de mármore parecida com o príncipe; contudo, já não cuidava das flores. Estas cresciam desordenadamente nos caminhos, e arrastavam suas longas folhas e caules pelos troncos acima, de modo que a escuridão ali era quase completa.

Finalmente não pôde mais suportar, e disse-o a uma das irmãs, enquanto as restantes também ouviram; mas ninguém ficou sabendo coisa alguma sobre o assunto, exceto mais algumas sereias, que contaram o segredo às suas amigas mais íntimas. Uma destas sabia quem era o príncipe; ela também assistira à festa a bordo do navio, e contou donde ele vinha e seu reino qual era.

- Venha aqui, irmãzinha! — disseram as outras princesas; e, de braços dados, subiram todas numa longa fila para a superfície do mar, para bem perto do lugar onde se erguia o palácio do príncipe.

Esse palácio era feito de uma espécie muito brilhante de pedra amarela, e tinha grandes escadarias, uma das quais conduzia diretamente para o mar. No telhado elevavam-se esplêndidas cúpulas douradas, e entre os pilares que rodeavam toda a morada, havia estátuas de mármore que se diriam vivas. Pelas claras vidraças das altas janelas, podiam-se enxergar os vistosos salões, onde se dependuravam ricas cortinas e tapeçarias de seda, ao mesmo tempo que as paredes viam-se adornadas com pinturas tão lindas que era um prazer contemplá-las. No centro do salão principal uma fonte jorrava, esguichando água para o teto em abóbada de vidro, através do qual o sol brilhava sobre a fonte e as lindas plantas que ali cresciam.

Agora ela sabia onde o príncipe morava, e foram muitas as noites e os dias que passou na superfície do mar. Nadava para mais perto da terra com uma coragem que as outras não tinham; chegava até a alcançar o estreito canal sob o esplêndido balcão de mármore que lançava uma vasta sombra em cima da água. E ai ficava sentada, observando o príncipe que julgava estar sozinho sob o luar.

Muitas foram as noites em que o viu sair, entre sons melodiosos de canções, no rico barco enfeitado de bandeiras esvoaçantes. Ela espiava pôr entre os verdes caniços, e quando o vento agitava o seu véu cor de branca prata, o príncipe pensava que eram cisnes desdobrando as asas...

Muitas foram as noites em que os pescadores saíram ao mar com suas tochas acesas, e ela ouviu as lindas coisas que eles diziam a respeito do príncipe; então rejubilava-se porque o salvara do furor das ondas encapeladas. Lembrava-se da doçura com que a sua cabeça lhe pousara no ombro, e a ternura com que ela lhe beijara a testa; de porém não sabia nada, nem sonhava que ela pudesse existir...

E a sereiazinha começou a amar cada vez mais a Humanidade, desejosa de viver entre aqueles cujo mundo parecia muito maior do que o dela. Os homens podiam cruzar o mar ajudados pôr navios, podiam subir montanhas muito acima das nuvens, e suas terras desdobravam-se em campos e florestas até onde a vista podia alcançar. Ainda havia muitas coisas que ela desejava saber, mas suas irmãs eram incapazes de responder a todas as suas perguntas. Dirigiu-se então à sua avó, pois a anciã conhecia muito bem o que denominava, com grande propriedade, "os países de mar acima".
 

 


Respuesta  Mensaje 31 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 08/11/2009 15:24
istória da Vaca Cuca
publicado por Carlos q.

Era uma vez um casal muito bonito, o Sr. Silva e a D. São, viviam numa quinta, numa aldeia do Norte, num lugar que se chamava o Cabo. Era um lugar muito isolado, e o único transporte que tinham era um carro de madeira que andava puxado por bois ou uma vaca. Tinham doze filhos que não cabiam todos dentro de casa, por isso, os mais velhos dormiam em quartos fora de casa, junto ao beiral.


Tinham também uma vaca muito bonita, branca e preta, que se chamava Cuca, era ela que todos os dias de manhã, dava o leite para todos os meninos e meninas do Sr. Silva e da D. São.


Como havia muito trabalho na quinta, resolveram arranjar um empregado para ajudar nos trabalhos.


E certo dia apareceu na quinta do Cabo, um homem que se chamava Gil, a pedir


Respuesta  Mensaje 32 de 32 en el tema 
De: NATY-NATY Enviado: 08/11/2009 18:04

Os Três Amigos

publicado por Carlos q.

Esta é uma versão desta história, neste caso é a que a minha avó Bela me contava à qual fiz algumas adaptações. Espero que gostem.


Era uma vez três amigos que decidiram ir viajar pelo seu país fora, como na época em que esta história se passa não existiam carros tiveram que viajar a pé e durante vários dias.

O grupo de amigos era o seguinte, O Cacheira de Ferro, o mais inteligente e líder do grupo a alcunha é esta porque para qualquer lugar que ele vá leva sempre a sua cacheira, o Arranca Pinheiros, o mais forte, é lenhador tal como o seu pai dai a alcunha, e o Leite de Burra o mais fraquito do grupo que tem esta alcunha pois quando ele nasceu a mãe não tinha leite para o amamentar e tinha que lhe dar o leite que uma burra que a família tinha.

Num desses dias enquanto visitavam uma pequena aldeia decidiram ficar por lá durante alguns dias para a poderem conhecer melhor e visitar tudo o que tivesse algum interesse.

Perguntaram a um homem que encontraram no caminho se conhecia alguma casa que eles pudessem alugar para passar uns dias por lá.

O homem disse que tinha uma casa que lhes podia alugar, mas que estava assombrada.

Eles aceitaram, o Cacheira de Ferro disse que não havia problema nenhum com a assombração, que essas coisas não existem, o Arranca Pinheiros disse que eles não tinham medo e que se essa tal assombração aparecesse que ele estava lá para defender o grupo, já o Leite de Burra estava cheio de medo.

No primeiro dia em que ficaram na casa assombrada decidiram que o Leite de Burra ficava lá a cozinhar enquanto os outros dois iam dar uma volta pela terra e nos outros dias iam trocando que ficaria em casa.

Estava o Leite de Burra a fazer a sopa quando ouviu um barulho:
– Ai que eu caio, Ai que eu caio – Dizia uma voz vinda da chaminé.
Ele lembrou-se logo da assombração e disse muito assustado:
– Cai, mas não caias em cima da sopa.
Mas a assombração caiu e entornou a sopa toda, o Leite de Burra ficou ainda mais assustado e quando os dois amigos regressaram contou-lhe a história ainda a tremer.

Então no dia seguinte decidiram que quem ficavam em casa era o Arranca Pinheiros.

Estava ele a tratar do jantar quando ouviu um barulho:
– Ai que eu caio, Ai que eu caio – Dizia uma voz vinda da chaminé.
Confiante na sua força disse:
– Cai lá para veres o que te acontece.
Mais uma vez a assombração caiu e entornou toda a comida que ele tinha preparado para ele e os seus companheiros de viagem.
Quando os outros voltaram do passeio desse dia, estava o Arranca Pinheiros ainda a limpar a cozinha, contou-lhes o que se tinha passado e o Leite de Burra disse:
– Estão a ver! É melhor irmos embora desta terra e continuarmos a nossa viagem.

Mas o Cacheira de Ferro, que não é de ficar com medo, disse:
– Nem pensar! Amanhã fico cá eu e vamos ver se desta vez jantarmos!
Os outros, que estavam ainda meio amedrontados, disseram:
– Mas tem cuidado, esta assombração é mesmo perigosa.
– Não se preocupem – Disse o Cacheira de Ferro – Fico aqui bem protegido pela minha cacheira que já me ajudou muitas vezes.

No dia seguinte, estava o Cacheira de Ferro a preparar o jantar e lá voltou a voz da chaminé:
– Ai que eu caio, Ai que eu caio.
Ao que ele respondeu:
– Cai lá.
Quando a assombração caiu, o Cacheira de Ferro deu-lhe uma forte cacheirada que deixou a assombração ferida.

Quando os amigos voltaram do passeio ele contou-lhes o que se tinha passado e decidiram seguir o rasto que a assombração tinha deixado, pois estava ferida.

O rasto terminava num poço, que por ser de noite, eles não conseguiam ver o fundo. Foram ter com o dono da casa e pediram-lhe uma corda e uma sineta.

Quando voltaram para junto do poço o Cacheira de Ferro disse:
– Vamos lá ver que tipo de assombração é esta que fica ferida e foge para dentro de um poço. Leite de Burra, como és o mais levezinho és o primeiro a descer ao poço, quando estiveres com medo toca a sineta.
– Eu?! – Disse ele – Mas eu já estou com medo.
– Vá deixa-te disso – Disseram ou outros – Estamos aqui para te ajudar.
– Está bem – e atou a corda à cintura e começaram a desce-lo lentamente.

Pouco tempo depois começou a tocar a sineta, os outros puxaram-no rapidamente para cima.

– Então o que viste? – perguntou curioso o Cacheira de Ferro
– Nada, só moscas e mosquitos – respondeu o Leite de Burra
– Agora vou lá eu ver – disse o Arranca Pinheiros enquanto atava a corda à cintura.

Começaram a desce-lo e pouco tempo depois começou também ele a tocar a sineta, puxaram-no rapidamente para cima.

– Então? – perguntaram o Cacheira de Ferro e o Leite de Burra
– Nada, só moscas e mosquitos – respondeu ele.

Mais uma vez o Cacheira de Ferro, não desistiu e foi ele ver o que teria aquele poço.

Começaram a desce-lo e passados alguns metros, as moscas e mosquitos tinham desaparecido e ele conseguia ver agora um grande palácio.
Quando chegou ao fundo foi andando até à porta do palácio, foi então que viu uma linda princesa à janela, tão linda que ficou logo apaixonado.

– Ora viva bela princesa – disse ele para chama à atenção.
– Que fazes tu aqui? – disse ela com espanto.
– Vim pedi-la em casamento, pois assim que a vi fiquei completamente apaixonado.
– É melhor ires já embora antes que o grande guardião do palácio do poço aqui chega, senão, vais ter que lutar com ele.
– Não tenho medo, com a minha cacheira já derrotei muitos guardiões.
– Mas nesta luta não poderás usar a tua cacheira, será uma luta com espadas. Deves escolher a mais feia e ferrugenta já que é a única espada boa.

Ainda estavam eles a conversar quando chegou o grande guardião, quando o Cacheira de Ferro olhou para ele reconheceu-o logo.

– Então eras tu que nos andavas a assustar! Não existe nenhuma assombração.
– Queira que fossem embora para não nos chatearem, assim que o Joaquim vos alugou a casa fui lá para ver se vos mandava embora, mas já vi que não consegui, por isso vais ter que lutar comigo. Escolhe a tua espada.
– Quero a ferrugenta.
– O quê? Queres a ferrugenta, tens esta aqui limpinha e brilhante e escolhes a ferrugenta, queres perder a luta?
– Sim, quero a ferrugenta – Insistiu ele.

Começou então a luta, como o Cacheira de Ferro tinha a melhor espada conseguiu rapidamente derrotar o grande guardião. Quando a luta terminou a princesa saiu do palácio e correu para os braços do Cacheira de Ferro.

– És muito corajoso e aceito o teu pedido de casamento, graças a ti já não sou prisioneira deste terrível guardião, que não me deixava sair do palácio para nada.

Marcaram então o casamento para esse mesmo dia, a princesa mostrou ao Cacheira de Ferro a entrada secreta para o poço, ele foi lá a cima chamar os seus amigos para festa.

Desde esse dia nesta aldeia nunca mais se ouviu falar de assombrações, e no poço como estavam todos muitos felizes não se sabe se ainda lá estão hoje, pois todos os que tentaram entrar no poço só viram moscas e mosquitos.

Quem sabe se um dia alguém verá o palácio com a princesa, o Cacheira de Ferro e os seus grande amigos, Arranca Pinheiros e Leite de Burra.

 


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