A minha realidade da Engenharia Informática na UMa

Data: 09-11-2009

Todos os estudantes enfrentam graves dificuldades em integrar-se na rotina de uma universidade. Habituados a um sistema onde o processo ensino/ aprendizagem é caracterizado por um acompanhamento mais próximo, onde o professor incentiva o método de estudo, a investigação e a dinmica na sala de aula, os estudantes ao ingressar na Universidade não encontram esta realidade.

Chegam expectantes e curiosos mas não conscientes daquilo que irão encontrar. As actividades praxistas facilitam um pouco esta integração, sendo talvez uma forma fundamental que muitos encontram em ultrapassar estas dificuldades, nomeadamente, conhecendo os colegas com quem poderão formar grupos de trabalho e de estudo, colegas que, já estando em anos avançados, transmitem uma visão sobre a realidade académica, dando pistas e sugestões de como gerir todas estas questões, que agora são novas para os recém-colocados na Universidade.

Quando chegamos ao 1.º ano muito daquilo que nos é apresentado é encarado como supérfluo, impróprio, desnecessário e, até, excessivo. Este sentimento desvanecesse com o passar dos anos e com o desenvolvimento do gosto pelo que estamos a fazer. Aos poucos, a existência de algumas cadeiras começa a fazer sentido. A título de exemplo, a cadeira de Paradigmas da Programação, existente no 1.º ano do 1.º ciclo de Engenharia Informática, parece fútil para quem chega ao Ensino Superior, principalmente para os que aqui chegam através do Ensino Técnico, já familiarizados com este tipo de linguagem. Contudo, ao longo de todo o curso, inclusive, no próprio mestrado, esta cadeira torna-se relevante na medida em que através dela conseguimos obter soluções mais eficientes perante os desafios colocados.

É sem dúvida notório o trabalho desenvolvido pela Universidade da Madeira no mbito de aprimorar o curso de Engenharia Informática. Medidas como o Protocolo firmado entre a Universidade e a Carnegie Mellon que promove o intercmbio de estudantes de todo o mundo e possibilita a presença de docentes de reconhecido mérito, como por exemplo, o professor Larry Constantine, aqui na Região é um exemplo do trabalho que tem sido desenvolvido pelos docentes da área entre os quais se destaca o professor Nuno Nunes.

Não posso deixar de enaltecer estes e outros esforços contribuíram para o reconhecimento do curso de Engenharia Informática da Universidade da Madeira pela Ordem dos Engenheiros.

Nuno Rodrigues, estudante de 1.º ciclo de Engenharia Informática