Governo Brasileiro Irá Investir em Saneamento BásicoNa cidade de São Paulo, nos últimos 20 anos, a mortalidade infantil caiu 50% devido aos investimentos em saneamento básico. Diante de dados como este, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) promete investir no início de 2001 R$ 624,7 mil em projetos de pesquisas de melhoria das condições de saneamento básico no País. Segundo Mauro Ricardo Costa, presidente da entidade, as pesquisas serão desenvolvidas por universidades e pela própria Fundação nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão em saúde pública, instalações sanitárias domiciliares, unidades habitacionais e saúde indígena.
Segundo Costa, o objetivo desse trabalho é estimular tecnologias de baixo custo e eficientes que possam ser aplicadas em áreas de interesse epidemiológico no setor de saneamento, para reduzir os índices de mortalidade infantil e de doenças transmitidas por água contaminada, entre as quais a cólera, hepatite, malária, equistossomose, diarréia, verminoses e a doença de Chagas. "As tecnologias que surgirem a partir das pesquisas serão aplicadas prioritariamente em pequenos municípios e áreas indígenas" explica.
Na Universidade de Brasília (UnB), o Departamento de Engenharia Civil e Ambiental desenvolverá uma tecnologia de tratamento e desinfecção de água para pequenas localidades. Já a Universidade Federal do Mato Grosso pesquisará o impacto das doenças de veiculação hídrica e a contaminação dos lençóis freáticos pelos cemitérios. O Instituto Universidade Popular da Baixada, em Duque de Caxias (RJ), vai desenvolver técnicas para a construção e adaptação de unidades de saúde às necessidades e características dos povos indígenas.
Os especialistas em poluição acreditam em ações coletivas para amenizar o problema como, por exemplo: a comunidade científica pesquisar os efeitos maléficos à saúde e alertar as autoridades, o governo fiscalizar a emissão de poluentes, criar medidas e mais alternativas de transporte público e campanhas para conscientizar a comunidade.