Cidades e Saúde Pública?
A revolução moderna de saúde pública começou nas cidades Européias do Século XIX sob as pressões da industrialização, pobreza crescente e superpopulação proporcionando uma vida urbana que se deteriorava a cada ano. Como exemplo tem-se a migração da população economicamente melhor posicionada para os subúrbios das grandes cidades inglesas, após o crescimento econômico do começo do século XIX. Por outro lado, a população mais pobre, que se manteve nos centros urbanos, foi vítima de enorme pobreza associada a doenças e superpopulação. Naquela época, a preocupação financeira de muitos políticos, representantes dessa população, impossibilitou que se aprovassem medidas de higiene pública. Somente por volta de 1866, o poder público tomou as rédeas à frente da construção de redes de esgoto e água, antes monopolizadas pelas empresas privadas.
Fazendo uma analogia com a situação acima descrita na Inglaterra, verifica-se que ainda hoje, muitos países do terceiro mundo ficam impossibilitados de tomar medidas de saúde pública em suas grandes cidades. Isso tem sido intensificado pelos interesses econômicos constantes mantidos através da pressão financeira, agora implementada pela globalização. Assim, mantém-se o ciclo do caos urbano, com moradia inadequada, pobreza, má higiene e doenças