Karl Marx nasceu na Alemanha. Embora fosse um intelectual, doutor em filosofia, nunca esteve ligado à universidade e aos círculos sociais. Sua existência foi ligada à luta da classe trabalhadora e não via o proletariado como a parte mais fraca, ao contrario seriam a grande força transformadora do mundo. Não precisavam de nenhuma força social superior, não deveriam obedecer a um líder nem depender de um benfeitor. A partir dos anos 20 alguns intelectuais marxistas introduziram novas maneira de pensar e refletir acerca do conceito central da filosofia marxista. Para Marx as mudanças sociais e econômicas através do tempo, se davam a partir da luta de classes. Quando um modelo econômico se constituía, atingia seu ápice e posteriormente sua decadência, para ser substituído por outro que atendesse as novas necessidades sociais e econômicas. Estes intelectuais marxistas buscavam outros parmetros como a cultura e a filosofia política, para identificar essas mudanças que as sociedades sofrem com o passar do tempo, e comprovar que não somente se davam através da substituição de um modelo econômico obsoleto.Acreditavam que atrelar essas mudanças com e tão somente o fator econômico, sem a análise de fatores externos diversos, aproximava demais essa teoria do positivismo. Defendiam a linha de raciocínio que a história do comportamento social e suas conseqüentes mudanças, não se deram apenas no campo da produção, que o homem é fruto de seu meio, e isso envolve inúmeros fatores de seu cotidiano, que o transformam por influências sociais diversas. O princípio está no entendimento dos diversos níveis da sociedade e no homem como ser transformador. As novas teorias destes intelectuais não agradaram os partidos comunistas que reagiram de maneira severa. Os Marxistas Ocidentais armados de suas novas teorias observavam a evolução do comportamento social com base no homem, um ser mutante social, dotado de razão que transforma seu meio por inúmeras influências e necessidades. A Escola de Frankfurt fez parte do movimento de renovação européia do pensamento marxista, que foi chamado, Marxismo Ocidental. Surge a nova esquerda. Nos anos 60 nasce a revista acadêmica New Left Review, formada basicamente por historiadores e cientistas sociais, esta revista voltava todas suas energias para a divulgação de novas idéias de diferentes escolas marxistas, e que circula até hoje como base para novas reflexões acerca de mudanças sociais de um modo geral. Seus principais representantes são: Christopher Hill, Eric Hobsbawm, Perry Anderson e E. P. Tompson A New Left Review atravessou o atlntico e influenciou historiadores e intelectuais que fizeram uma nova análise da historiografia americana. A nova esquerda conciliou a teoria do Marxismo Ocidental com um novo modo de pesquisa: o uso de fontes. Que deu origem a uma nova reflexão do tempo, memória e história. Criando assim uma nova visão dos fatos históricos com base na teoria crítica. A reflexão acerca da expansão do pensamento marxista nos ajudaram a analisar de um novo modo a história, tendo como princípio o homem, como a peça chave para as mudanças sociais, políticas e culturais. O agente transformador da história.