[editar] Revolução de 1917
[editar] A queda do Czar e o processo revolucionário
Mesmo abatida pelos reflexos da derrota militar frente ao Japão, a Rússia envolveu-se noutro grande conflito, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que também sofreu pesadas derrotas nos combates contra os alemães[7]. A longa duração da guerra provocou crise de abastecimento alimentar nas cidades, desencadeando uma série de greves e revoltas populares[5]. Incapaz de conter a onda de insatisfações, o regime czarista mostrava-se intensamente debilitado.
Palácio Tauride, sede da Duma e posteriormente do Governo Provisório e do Soviete de Petrogrado
Numa das greves em Petrogrado (actualmente São Petersburgo, então capital do país), Nicolau II toma a última das suas muitas decisões desastrosas: ordena aos militares que disparem sobre a multidão e contenham a revolta. Partes do exército, sobretudo os soldados, apóiam a revolta. A violência e a confusão nas ruas tornam-se incontroláveis.[10] Segundo o jornalista francês Claude Anet, morreram em São Petersburgo cerca de 1500 pessoas e cerca de 6000 ficaram feridas.
Em 15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição (liberais burguesas e socialistas) depuseram o czar Nicolau II, dando início à Revolução Russa. O czar foi posteriormente assassinado junto com sua família.