O DESCONHECIDO
Maria Hilda de J. Alão.
Ela desembarcou no terminal do Jabaquara. Saiu apressada em busca de ônibus para chegar à casa da irmã. Tinham combinado de fazer compras na Rua 25 de Março. Apressada, ela pegou o coletivo que se destinava ao bairro onde morava a irmã. Era hora do almoço e neste horário os ônibus estão lotados. Ficou em pé.
Era um sufoco. O calor, as pessoas se empurrando para chegar à porta de saída, o carro chacoalhando e Ana Lúcia se equilibrando como podia. E lá se foi o coletivo com destino ao bairro do Limão. Uns quinze minutos de viagem e a moça sentiu alguém se encostando a ela. Olhou. Nossa – pensou – que homem! Ficou quieta. O rapaz, percebendo que havia agradado, esmerou-se na esfregação.
A cada solavanco que o ônibus dava ele aproveitava para passear a mão no traseiro de Ana Lúcia. E num momento em que os passageiros se arrocham para entrar mais um, ele aproveitou para meter a mão por baixo da blusa da moça e massagear o seu seio duro. Ela já estava arrepiada, mas disfarçava para que não percebessem afinal ela estava num coletivo e ali não era lugar para transa.
O rapaz, vestido com um terno elegante, começou a dar beijinhos no seu pescoço. Passou o braço pela cintura dela como se fosse seu namorado. Ela sentiu que ele estava duro e fez um movimento para excitá-lo mais. No ônibus o calor estava insuportável. Ela tentou abrir a janela do coletivo. No momento que se curvou para isso ele aproveitou para encostar o pênis no seu traseiro. Ana Lúcia estremeceu. O rapaz apertou o abraço na cintura e com a outra mão abriu o zíper da saia. Ela segurou a saia na frente para que não caísse.
Ele se ajeitou, tirou o pênis para fora e o meteu na abertura da saia direto entre as nádegas de Ana Lúcia. Disfarçadamente, ela fazia leves movimentos já que ele não podia fazer sem chamar a atenção de quem estava ao seu lado. Ficaram vários minutos nessa sacanagem disfarçada. Então ele gozou. O esperma escorreu direto para sua calçinha.
Ela olhou para o teto do ônibus e revirou os olhos de prazer. Naquele instante desejou aquele membro grande, grosso e duro dentro dela. Queria ele por cima por baixo, prendê-lo entre os seios, senti-lo no rosto, na boca, percorrendo a sua coluna até chegar entre as nádegas.
Ele fechou o zíper da saia. Ficou um tempo abraçado a ela lambendo a sua nuca, dizendo coisas como: - você é gostosa demais. – nunca comi uma mulher num ônibus. Depois retirou o braço da cintura de Ana Lúcia. Ela se virou e sorriu para ele. Quando se virou novamente, o homem já havia ido embora. Puxa – pensou ela – não deu nem para perguntar o nome dele.
Finalmente chegou ao seu destino, a casa da irmã. Estava suada, com a calçinha molhada de esperma. Queria um banho. Foi o que fez. No banheiro, nua embaixo do chuveiro, pensou naquela viagem. Sua mão começou a acariciar o seio, descendo pela barriga até chegar à vagina e imaginou aquele membro entre os pêlos e abrindo espaço para penetrar na sua gruta. Gozou demoradamente com a água morna escorrendo pelo corpo. Arrumou-se e desceu para almoçar. A irmã a esperava ansiosa, já estavam atrasadas para as compras na 25 de Março. A irmã perguntou:
- Quanto você pretender gastar?
- Bem, eu tenho 10 mil, acho que gastarei uns dois mil. O resto eu pretendo guardar.
- Então, Ana, você poderia me emprestar 500 para eu completar o meu dinheiro e comprar o brinquedo do Carlinhos?
Ana Lúcia pegou a bolsa, que estava no sofá, e abriu para pegar a carteira. Arregalou os olhos e gritou:
- Meu Deus, eu fui roubada! Filho da puta...