Quando toca-me os lábios me deixas na boca
O gosto do vinho. Do pecado.
Sou um pagão perdido em teu paraíso
Um louco fugindo para o hospício
Ardendo na febre da paixão
Busco ansioso entre tuas pernas
o cálice do divino prazer
De onde sorvo o viçoso néctar
de tuas entranhas quentes
Que brota generoso denunciando
teu êxtase
De teus olhos de ninfa brotam
cristalinas lagrimas
Que espelham meu olhar guloso
Percorro-te com minha faminta língua
Como um animal a banhar sua cria...
Busco ansioso tua boca a procura da
Viciante saliva que inebria-me e entorpece
Sou em ti viciado
Desse vicio dependente
Uma desvairada alma escrava
e tua para sempre