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General: ESTE MAR É COMO EU
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De: Maria Zélia (Mensaje original) |
Enviado: 15/11/2009 21:26 |
ESTE MAR É COMO EU
de Maria Zélia Gomes
Este mar é como eu Ora manso, ora agitado Se raivoso, tem cor breu Se calmo tem cor do céu É assim o mar salgado
É assim este meu mar Calmo se o beija o luar Bravo se lhe sopra o vento Assim sou eu nesta vida Já quase toda “vivida” Mas hoje … sem um lamento!
15.11.2009
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A TE ESPERAR
Viver e te esperar... Sentada nesta pedra, olhando este mar. Até quando irá está solidão? Quando este mar não será mais imensidão? Vivo e te espero! Navegante dos sonhos... E eu presa neste Inferno de Dante. Te espero! Te quero. Até quando? Até quando a demora?
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Este mar em que tudo é envolto e só e triste e alegre e belo.
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De: Bete |
Enviado: 15/11/2009 22:30 |
O MAR
Ondas que descansam no seu gesto nupcial abrem-se caem amorosamente sobre os próprios lábios e a areia ancas verdes violetas na violência viva rumor do ilimite na gravidez da água sussurros gritos minerais inércia magnífica volúpia de agonia movimentos de amor morte em cada onda sublevação inaugural abre-se o corpo que ama na consciência nua e o corpo é o instante nunca mais e sempre ó seios e nuvens que na areia se despenham ó vento anterior ao vento ó cabeças espumosas ó silêncio sobre o estrépito de amorosas explosões ó eternidade do mar ensimesmado unnime em amor e desamor de anónimos amplexos múltiplo e uno nas suas baixelas cintilantes ó mar ó presença ondulada do infinito ó retorno incessante da paixão frigidíssima ó violenta indolência sempre longínqua sempre ausente ó catedral profunda que desmoronando-se permanece! António Ramos Rosa Facilidade do Ar Lisboa, Caminho, 1990
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