A revolução social
Na ótica anarquista, a revolução social consistiria na quebra drástica, rápida e efetiva do Estado e de todas as estruturas, materiais e não-materiais, que o regiam ou a ele sustentavam. Este princípio é primordial na diferenciação da vertente de pensamentos libertária em relação a qualquer outra corrente ideária. É a diferença básica entre o Socialismo Libertário e o Socialismo Autoritário.
Sob a ótica do Marxismo, seria necessária a instrumentalização do Estado para a prossecução planejada, detalhada e gradativa da Revolução, sendo instituída a Ditadura do Proletariado para o controle operário dos meios de produção até a eclosão do Comunismo. Sob o ideário anarquista, a Revolução deve ser imediata, para não permitir que os elementos revolucionários possam ser corrompidos pela realidade estatal. De acordo com os libertários, a Ditadura do Proletariado nada mais é do que uma ditadura "de fato", continuando a exercer coerção, opressão e violência sobre a sociedade. Por isso, segundo os libertários, a Revolução Social deve ascender o mais rápido possível à Sociedade Anarquista, ao Comunismo puro, para, através dos princípios da Defesa da Revolução, não permitir a ressurreição do Estado.
Por fim, por intermédio do processo de destruição completa do Estado, sobre todas as suas formas, torna-se plenamente tangível a Liberdade, podendo o sujeito renovar de forma efetiva os seus princípios e preceitos humanistas.