Individualismo é um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade e ao Estado . Individualismoconceito 2 :O Homem do renascimento passou a apoiar a competição e a denselvolver uma crença baseada em que o homem tudo poderia,desde que tivesse vontade,talento e capacidade de ação individual. by victoria stephanie (colegio militar do recife vivixcasaforte@gmail.com) O individualismo, em princípio, opõe-se a toda forma de autoridade ou controle sobre os indivíduos e coloca-se em oposição ao coletivismo, no que concerne à propriedade. O individualista pode permanecer dentro da sociedade e de organizações que tenham o indivíduo como valor básico - embora as organizações e as sociedades, contraditoriamente, carreguem outros valores, não necessariamente individualistas, o que cria um estado de permanente tensão entre o indivíduo e essas instncias de vida social.
Segundo Sartre, mesmo dentro do maior constrangimento - político, econômico, educacional ou outro -, existe um espaço, maior ou menor, para o exercício da liberdade individual, o que faz com que as pessoas possam se distinguir uma das outras, através das suas escolhas.
O exercício da liberdade individual implica em escolhas, que, nas sociedades contemporneas, frequentemente estão associadas a um determinado projeto. Indivíduos desenvolvem seus projetos dentro de um campo de possibilidades e dado um certo repertório sociocultural - que inclui ideologias, visões de mundo e experiências de classe, grupos, ethos, dimensões nas quais o indivíduo se insere.
Nas sociedades contemporneas, uma vez que o indivíduo se constitui na relação com o outro e em função de várias experiências e papéis sociais, participando de vários mundos, a sua personalidade não é um monolito: o indivíduo não é um mas muitos, em função de suas circunstncias. Uma primeira dificuldade do individualismo seria, portanto, a de definir o indivíduo, destacando-o da esfera do coletivo - que, de certa forma, o constitui e lhe dá sentido.[1]
No Medievo, o indivíduo é visto somente como parte do coletivo, não destacável do todo social. Em Santo Agostinho, o ser humano é social por natureza ou essência, e individual por corrupção originária (De civitate Dei XII 28). A sua salvação como indivíduo é inseparável do destino dos seus semelhantes e, por isso, há uma naturalidade na esfera do social e do político, que é o próprio indicador da humanização.[2]
Averróis considerava a sociedade como o melhor instrumento para a perfeição do indivíduo: "É impossível alcançar a perfeição humana integral se não se manifestarem as diferenças individuais existentes nas pessoas concretas de um povo a cujas distintas disposições naturais correspondem as diferenças das suas respectivas perfeições. Se cada sujeito concreto estivesse preparado potencialmente para todas as perfeições humanas a natureza teria feito algo em vão."[3]
É possível identificar as questões da liberdade e da autonomia, fundamentais para a emergência do individualismo, já no humanismo renascentista e, mais claramente, no racionalismo e no iluminismo, quando se estabelece a diferenciação entre o indivíduo pré-moderno, orientado por uma ordem transcendente, religiosa, e o indivíduo moderno, orientado sobretudo pela razão e pela vontade.
A idéia do homem como centro do universo, que usufrui de autonomia do espírito, liberdade da razão e exercício da vontade, é central na passagem do mundo medieval ao mundo moderno - cujo marco é a Revolução Francesa - e torna possível a afirmação do indivíduo como princípio e como valor.
Assim, o individualismo remonta ao contrato social e às origens do pensamento democrático, com Hobbes, Locke e Rousseau e a rejeição do poder político legitimado pelo direito de dinástico herança ou pela vontade divina. Consolida-se assim a concepção de indivíduo como um ser uno, livre e responsável por seus próprios atos - o cidadão moderno, célula mínima do Estado democrático, que lhe garante contratualmente direitos e deveres.
Alguns autores, destacam no entanto o individualismo moral e político presente na Reforma luterana como a marca distintiva da modernidade - considerando a Reforma como até mais importante, neste sentido, do que o contratualismo.
Posteriormente, o Romantismo também será fundamental na constituição do individualismo moderno, que tanto reúne traços iluministas quanto romnticos. Segundo Simmel [4] há duas revoluções individualistas na história do Ocidente, que resultam em dois tipos de individualismo: a primeira revolução individualista teria sido uma revolução quantitativa ou numérica (de singleness), fruto do iluminismo, visando o homem em sua universalidade, o que corresponde à concepção do indivíduo como um cidadão livre e autônomo, destacado do todo social. A instauração do individualismo de singleness tem como marco a Revolução Francesa, quando se consolidam os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade. Já a segunda revolução individualista, promovida por meio do ideário romntico do século XIX, corresponde, segundo o autor, ao individualismo de uniqueness, e diz respeito à dimensão de excepcionalidade e singularidade do indivíduo moderno. O que importava agora não era mais ser um indivíduo livre como tal, mas ser um indivíduo singular e insubstituível. [5