A revolta dos anarco-sindicalistas
O terrorismo chegou a ser menos comum perto da virada do século. Os anarquistas viram a crescente necessidade de uma forma de ação direta capaz de derrotar o Estado e o Capitalismo. A ideia do sindicalismo voltou a ser popular (o anarcosindicalismo) Para diferenciar-se do sindicalismo reformista que existia em outras partes da Europa. Os anarcocomunistas se viram forçados a adotar as ideias sindicalistas e se mantiveram a margem, até que logo os dois grupos se tornaram indistinguíveis.
Uma nova organização, a federação de sociedades de trabalhadores da região espanhola, foi formada em 1900. A organização adotou o sindicalismo sobre as bases liberais. Seu exito foi imediato: greves gerais afloraram por toda a Espanha no mesmo ano. Muitas dessas greves não possuíam uma liderança em destaque e lutavam diretamente pela classe trabalhadora. Em oposição as greves reformistas, muitas dessas greves não faziam demandas claras (ou as absurdas demandas internacionais, como por exemplo a demanda de deixar em sete horas e meia a jornada laboral de oito horas); mas em outro casos as demandas dos trabalhadores exigiam nada menos que o fim do capitalismo. O governo espanhol respondeu duramente, e a Federação de Associações de Trabalhadores foi suprimida. Mas a natureza descentralizadora do anarcosindicalismo fez com que fosse impossível destruí-la, provocando unicamente um avivamento dos nimos para a resistência.