Antecedentes
Em 1317 D. Dinis contrata o genovês Manuel Pessanha para o comando da frota real. Cerca de 1335 D. Afonso IV envia uma armada ao arquipélago das Canárias cujos privilégios seriam concedidos alguns anos mais tarde (1338) a mercadores estrangeiros. Em 1344 as Canárias são concedidas ao castelhano D. Luís de la Cerda e, no ano seguinte, Afonso IV envia uma carta ao Papa Clemente VI referindo-se às viagens do Portugueses às Canárias e protestando contra essa concessão. Nas reivindicações de posse, sucessivamente renovadas pelos dois povos ibéricos, prevaleceu, no final, a vontade do rei de Castela sobre estas ilhas.
Em 1353 é assinado um tratado comercial com a Inglaterra para que os pescadores portugueses pudessem pescar nas costas inglesas, abrindo assim caminho para o futuro Tratado de Windsor em 1386. Em 1370 é criada a Bolsa de Seguros Marítimos e em 1387 há notícia do estabelecimento de mercadores do Algarve em Bruges. Em 1395, D. João I emite uma lei para regular o comércio dos mercadores estrangeiros.
Há unanimidade entre os historiadores em considerar a conquista de Ceuta como o início da expansão portuguesa, tipicamente referida como os Descobrimentos. Foi uma praça conquistada com relativa facilidade, por uma expedição organizada por D. João I, em 1415. A aventura ultramarina ganharia grande impulso através da acção do Infante D. Henrique reconhecido internacionalmente como o seu grande impulsionador.