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HISTORIA: A ciência náutica portuguesa
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De: NATY-NATY  (Mensaje original) Enviado: 23/11/2009 00:26

A ciência náutica portuguesa

Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Ciência Náutica Portuguesa
A Caravela Vera Cruz nos 150 Anos da A.N.L.

As sucessivas navegações e a experiência acumulada dos pilotos levaram a uma evolução bastante rápida da ciência náutica portuguesa, tendo a investigação criado uma elite de astrónomos, navegadores, matemáticos e cartógrafos, entre os quais se destacaram Pedro Nunes com os estudos sobre a forma de determinar as latitudes por meio dos astros e D. João de Castro.

Navios

Até ao século XV os portugueses praticavam a navegação de cabotagem utilizando a barca e o barinel, embarcações pequenas e frágeis de um mastro com vela quadrangular fixa, usadas nas primeiras viagens às ilhas Canárias, Madeira e Açores, e no litoral africano até Arguim, na actual Mauritnia. Mas que não conseguiam dar resposta às dificuldades no avanço para Sul, como os baixios, os ventos fortes e as correntes marítimas desfavoráveis, sendo substituidas pelas caravelas.

A caravela foi o navio que marcou os descobrimentos portugueses, resultando do aperfeicoamento de embarcações já usadas na faina da pesca. Era e ágil e de navegação mais fácil, com uma tonelagem entre 50 a 160 toneladas e 1 a 3 mastros com velas latinas triangulares que permitiam bolinar. A pouca capacidade de carga e tripulação eram os seus principais inconvenientes, mas que não obstaram ao seu sucesso. Entre as caravelas famosas estão a Bérrio e a Caravela Anunciação.

Armada portuguesa de 1507, Livro de Lisuarte de Abreu

Com a passagem das navegações costeiras às ocenicas também as naus se desenvolveram de forma assinalável em Portugal. "Nau" era o sinónimo arcaico de navio de grande porte, destinado essencialmente a transportar mercadorias. Devido à pirataria que assolava a costa, passaram a ser utilizadas na marinha de guerra. Foram introduzidas as bocas-de-fogo, que levaram à classificação das naus segundo o poder de artilharia. à medida que se foi desenvolvendo o comércio marítimo, foram sendo modificadas as suas características. A capacidade aumentou das duzentas toneladas no século XV até às quinhentas. As naus eram imponentes e tinham, em geral, duas cobertas, castelos de proa e de popa, dois a quatro mastros e velas sobrepostas. Na carreira da Índia no século XVI foram também usadas as carracas, naus de velas redondas e borda alta com três mastros que atingiam 2000 tonela



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