O DESCANSO DA GUERREIRA - Reinaldo
Azevedo
Alguns leitores estranharam uma notícia publicada no
clipping desta madrugada:
Erenice Guerra, a
secretária-executiva de Dilma Rousseff, será nomeada para o Superior
Tribunal Militar.
“Mas o que ela tem a ver com a
área?”, indagam. Ora,
nada!
A propósito: a informação de que
esse é o confortável destino de Erenice já estava na coluna Holofote, de
Felipe Patury,
publicada na VEJA desta semana e
disponível para assinantes na Internet desde o início da madrugada de
sábado.
Erenice no STM? Pois é…
Ela é formada em direito pelo
Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB) e depois resolveu fazer
especialização em direito Sanitário e direito na contemporaneidade.
“Além da Secretaria Executiva da
Casa Civil, com salário de cerca de R$ 10 mil, Erenice participa do
Conselho Fiscal da Petrobras e do conselho da Chesf.
Os extras por essas participações
em conselhos podem render quase um outro salário, dependendo do número
de reuniões” (mais informações aqui).
Aos 49 anos, a guerreira tem o
futuro garantido. Pode ficar no STM até os 70.
A coisa que mais a aproxima dos
militares é uma frase de sua predileção quando se reúne com subordinados
de… Dilma:
“Isto é uma ordem!”.
No caso da hierarquia militar,
entenda-se, as ordens obedecem a uma rígida hierarquia, como deve ser.
No caso de Erenice, digamos que a
falta de galões é compensada pelo voluntarismo e disposição.
Em pelo menos três casos envolvendo
Dilma, o dossiê contra FHC, a venda da Varig para a Gol e, agora, a
reunião com Lina Vieira ,
Erenice, digamos, foi à guerra.
Está recebendo o galardão. Já o
STM…
Mesmo na noite mais triste, em tempo de
servidão, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz
não.
(Manuel
Alegre)