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General: Pássaro de Fogo
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De: Bete (Mensaje original) |
Enviado: 06/12/2009 23:21 |
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A árvore que se enamorou de um pássaro de fogo
Contos ao Borralho (6)
Era uma vez uma árvore e um pássaro de fogo que viviam num deserto. Um dia soprou um vento forte e o pássaro perdeu a distinção do fogo, tudo o que o tornava único no mundo parecia irremediavelmente corrompido por esse vento forte. A árvore solitária, uma simples árvore comum cujo único mistério era existir por entre dunas e paisagens áridas de areia, pensou que ela e o pássaro - que tinha perdido o poder do fogo - podiam ser, finalmente, amigos. É que, para uma árvore tão agreste e solitária, não dava muito jeito ter um amigo que fosse um pássaro flamejante de fogo. A árvore seria incendiada se o pássaro pousasse nos seus ramos ressequidos. Além disso, um pássaro que tinha perdido a sua magnificência estava mais perto da sua tristeza de árvore do deserto. Sei agora, pensava a árvore com os seus ramos secos, que é preciso uma boa dose de tristeza para a amizade ser autêntica, pois se todos os seres vivessem felizes e absolutamente satisfeitos consigo próprios não teriam disponibilidade para o outro. Tudo seria o reflexo doirado de cada ser feliz, e nenhuma existência estaria disponível para a amizade. O pássaro que tinha perdido o poder do fogo aproximou-se da árvore, e pousou suavemente nos seus ramos. Tão triste se encontrava que se aconchegou junto do tronco. Adormeceu, assim, abraçado contra a árvore. E sonhou. Sonhou com uma árvore frondosa, cheia de vida e de esperança, uma árvore tão forte que o seu fogo não podia chamuscá-la! Embalado pela leve brisa que soprava o pássaro sonhou. Também a árvore, ao sentir proteger junto de si um ser tão minúsculo, sentiu um calor diferente do calor do deserto, e sonhou (as árvores também sonham): sonhou que o pássaro possuía asas enormes, tão grandes que era o vento das suas asas que fazia estremecer os oceanos e formar as dunas dos desertos! Água e vento, eis o que preciso, pensou a árvore enquanto sonhava. E tu, pássaro, és o mistério do vento. Mas como posso ser eu uma árvore frondosa se a terra que me segura está seca e não tem veios de água? O pássaro ficou surpreendido com a força da árvore. Afinal, procurava reagir ao destino: os seus ramos procuravam recuperar a verdura. Água. Era preciso encontrar água. Olhou em redor. avistou uma única flor no deserto. No entanto, pensou, se há uma flor é porque há água no deserto! «Estende as tuas raízes, reanima a tua seiva!». «A flor do deserto será a nossa guia!». E a flor que sobreviveu ao deserto representou uma nova esperança para aqueles seres tão isolados e indefesos. O pássaro de fogo recuperou um pouco da sua magia e poder perdidos. Entretanto, é preciso dizê-lo, a árvore moribunda tinha-se apaixonado pelo pássaro de fogo e vento e, como todos sabemos, a maior infelicidade é a que traz ao nosso encontro um amor impossível. A árvore pediu ao pássaro o seu fogo e o seu vento. O pássaro feliz, entusiasmado com a ideia, não mediu as consequências dos seus actos (nunca os amantes sabem o que pedem, nem aquilo que conseguem). As chamas quase queimaram a árvore, mas a seiva brotou de forma abundante. Por um momento, o deserto deu lugar a um inesperado jardim! Antes de morrer, a primeira árvore que se apaixonou pelo pássaro de fogo olhou em seu redor, e ficou feliz. Rasgando o deserto havia um rio da cor dos céus em volta! A árvore apaixonada soube, então, que o pássaro não voltaria a ter sede nem a sentir-se só e que, por isso mesmo, voaria para longe dali atravessando os desertos.
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A fénix, o mais belo de todos os animais fabulosos, simbolizava a esperança e a continuidadeda vida após a morte. Revestida de penas vermelhas e douradas, as cores do Sol nascente, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causava em outros animais, chegava a provocar a morte deles. Segundo a lenda, apenas uma fénix podia viver de cada vez. Hesíodo, poeta grego do século VIII a. C., afirmou que esta ave vivia 9 vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97 200 anos. Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de árvore da canela, em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com eles à cidade egípcia de Heliópolis , onde os colocava no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O devasso imperador romano Heliogábalo (204--222 d. C.) decidiu comer carne de fénix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fénix, mas depois foi assassinado pouco tempo depois. Actualmente os estudiosos crêem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários de astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fénix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo. Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a. C. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erradamente designado por fénix(phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.
GOSTARIA DE SER UMA FENIX AGORA!
BJINHUS BOA NOITE SILVIA
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