
Aqui estou, nua e ávida, tal qual uma fantasia primitiva,
como todos os sonhos de uma noite de verão e enquanto você me via a mente explodia em imagens, quantas cores, quantos sons, quanto frênesi!
Você me tocou, eu estremeci, provei o seu gosto, você palpitou, o desejo era tão forte que até o ar cintilou...
Embora a lua não estivesse mais cheia em seu esplendor, sua luz suave e branca resplandecia, iluminava a minha pele macia, viçosa após o amor, deixava rastros de prata nos meus cabelos revoltos, brincava com todos os ngulos do meu corpo.
De repente eu vi e senti o medo se apoderar de você, medo de não ver-me nunca mais daquela maneira, sentir o calor do meu corpo no seu, as minhas mãos a acariciar o seu rosto e ver o sorriso iluminar os meus olhos...
Incapaz de detê-lo você me apertou junto a si, forte, tão forte como se nunca mais fosse soltar-me outra vez.
Mas eu somente ri, deixe o seu medo esvair-se e fugir, pois não há como me afastar de ti.
Alessandra