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O Principado da Galileia foi um dos quatro principais senhorios do Reino Latino de Jerusalém, segundo o nobre e jurista cruzado do século XIII, João de Ibelin. As possessões directas do principado localizavam-se nos arredores de Tiberíades, na Galileia, mas devido aos seus territórios vassalos, abrangia toda a região da Galileia ao longo do rio Jordão e do sul da Fenícia (actual Líbano).
De facto, o senhorio da Galileia tinha um número desproporcionado de vassalos, que incluía os senhorios de Beirute, Nazaré e Haifa, que também tinham os seus próprios vassalos. No entanto, e até porque o senhorio de Sídon, vassalo directo de Jerusalém, se localizava entre estes territórios, há razões para duvidar da suserania do principado sobre toda a região.
O Principado da Galileia foi estabelecido, pelo menos nominalmente, em 1099, quando Godofredo de Bulhão cedeu os territórios de Tiberíades, Haifa e Bet Shean a Tancredo de Hauteville. Em 1101, Balduíno I de Jerusalém limitou o poder do príncipe ao oferecer Haifa a Galdemar Carpenel.
Depois de Tancredo ter sido forçado a abdicar do principado para assumir a regência do Principado de Antioquia, e novamente após a sua morte, a Galileia tornou-se no feudo das famílias de Saint-Omer, Montfaucon (Falcomberques) e Bures, com sede em Tiberíades. Por este motivo também era chamado de Principado de Tiberíades ou Tiberíade.
O principado foi reconquistado por Saladino após a batalha de Hattin em 1187, mas apesar disso o título nobiliárquico continuou a ser usado por parentes e filhos dos reis de Chipre, os reis titulares de Jerusalém. De 1240 a 1247 ainda esteve brevemente sob o domínio cristão, até passar definitivamente para os muçulmanos.