VêNUS LUMINOSA
Arranquei da voz o falcão
espalhando no halo da lua
as tintas do meu amor por ti,
mas o meus olhos esculpidos da tua imagem
ofertando-se aquática pelas coxas abertas
cantam tua doçura, danados de cio
- o céu é a carne da rosa que te avermelha mulher.
Eu sou a estátua do amor flamejando espuma, por ti,
eu sou a contemplação selvagem
da tua Vênus luminosa
como os teus seios alados de desejos
equilibram-se sobre a jóia dançante
da tua feminilidade entregue ao tigre do sexo meu,
arrepiado da querência íntima e insuportável do te pedir.
A tua promessa é tão generosa no amor
dedicado, que todo o mel que me alimenta
verte do teu sexo de fartura tão voraz
que ao te chamar esparramo colibris
dos meus olhos emocionados do fecundar-te
tão encharcada que da tua rosa a mim entregue
mastigo a opulência em carne aberta
que alvorece o sol mais rubro
que a boca orgiada da manhã