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LINGUA PORTUGUESA: Gramática - Verbo
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De: NATY-NATY  (Mensaje original) Enviado: 13/12/2009 21:48

Gramática - Verbo

As palavras com que afirmamos a existência, uma acção, um estado ou uma qualidade que atribuímos a uma pessoa, a uma coisa ou a um animal chamam-se verbos:

O moinho está na encosta.

O lenço estava na gaveta.

A mulher encheu a vasilha.

O vento move as velas do moinho.

O rapazinho está atento.

A aldeia é bonita.

O vidro é frágil e quebradiço.

A pessoa, coisa ou animal a que se atribui a existência, uma acção ou uma qualidade, chama-se sujeito. E as palavras ligadas pelo verbo para se afirmar a existência, a acção, o estado ou a qualidade atribuída ao sujeito formam a oração gramatical ou proposição.

O sujeito deve ser um substantivo, um pronome, ou outra qualquer palavra ou frase que tenha o valor de um substantivo:

O carpinteiro aplaina a madeira.

Nós fomos passear.

O brincar sem ficar cansado faz bem às crianças.

O saber não ocupa lugar.

Mas é uma conjunção adversativa.

Aquilo que afirmamos do sujeito, ou que atribuímos ao sujeito, chama-se predicado:

João trabalha.

O rei D. Fernando governou durante dezasseis anos.

O leão é carnívoro.

Ela gosta de fruta madura.

Por vezes, os verbos ser, estar, parecer, continuar, permanecer, ficar, aparecer, vir, ir e viver não constituem, por si sós, o predicado. Precisam dum substantivo, adjectivo ou expressão equivalente, que lhes complete a significação. Esse substantivo, adjectivo ou expressão equivalente chama-se predicativo do sujeito, e o verbo que não tem sentido definido e preciso para constituir por si só o predicado chama-se verbo de ligação:

João é carpinteiro.

Minha mãe está contente.

Fernando parece receoso.

Maria continua doente.

António permanece deitado.

O trabalho fica perfeito.

A roda do carro apareceu partida.

As crianças vinham satisfeitas.

Os rapazes iam alegres.

O ancião ainda vive feliz.

Nas orações dadas para exemplo, as palavras carpinteiro, contente, receoso, doente, deitado, perfeito, partida, satisfeitas, alegres e feliz são nome predicativo do sujeito. O predicado é, pois, ou formado por um verbo de sentido definido e preciso (eu leio; tu colheste rosas e cravos; a cabra estragou a videira, etc.), ou por um verbo de sentido indefinido, ou insuficientemente definido, e um nome predicativo (eu sou teimoso; o rato e o coelho são animais roedores, etc.).

Também têm nome predicativo as formas da voz passiva ou as reflexas dos verbos aclamar, chamar, considerar, fazer, julgar, eleger, ter, tornar, e outros:

O mestre de Avis foi aclamado «Defensor do Reino».

D. João V foi chamado «o Magnnimo».

Considero-me feliz.

José era malcriado, mas fez-se um rapazinho delicado.

Foi julgado inimputável pelo juiz.

O médico foi eleito presidente da Direcção.

Manuel é tido por sabichão.

O teu trabalho é reputado perfeito.

Nas proposições de resposta não é preciso que se encontre o predicado:

Compraste o lápis? Não ( — não comprei o lápis).

Encontraste meu irmão? Sim ( — sim, encontrei teu irmão).

Em muitos provérbios que constituem proposições também o predicado é expresso por simples nomes, omitindo-se o verbo, como se vê do exemplo seguinte:

Cada terra seu uso, cada roca seu fuso, isto é: cada terra (tem) seu uso, cada roca (tem) seu fuso.

Os elementos principais da oração gramatical são o sujeito e o predicado.



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