Leio o amor no livro da tua pele; demoro-me em cada sílaba, no sulco macio das vogais, num breve obstáculo de consoantes, em que os meus dedos penetram, até chegarem ao fundo dos sentidos. E chego ao fim para voltar ao princípio, decorando o que já sei, e é sempre novo quando o leio na tua pele.
Nuno Júdice |