O platonismo é geralmente dividido em três períodos:
- Platonismo antigo propriamente detto;
- Médio platonismo, [1] que remonta aos séculos I-II d.C.;
- Neoplatonismo, desenvolvido no final da Antiguidade no período helenístico: mais que um período do platonismo, é considerado por muitos como uma verdadeira corrente filosófica propriamente dita.
Esta sudivisão foi operada por estudiosos dos tempos recentes. Todos, médio ou neoplatônicos, embora ampliando e modificando o significado originário da filosofia de Platão, pretendiam estar em linha de continuidade com a doutrina do mestre. Consideravam-se sobretudo como simples exegetas, mais do que inovadores.
Assim como todos os pensadores que, ao longo dos séculos, filiaram-se ao pensamento platônico (Plotino, Agostinho, Ficino), os neoplatônicos eram convencidos de que a verdade fosse algo que se descobria e não se inventava. Portanto o modo mais autêntico de fazer filosofia consistiria na reflexão sobre as verdades eternas, imutáveis e universais das Idéias - primeiramente descobertas por Platão.
Pode-se dizer, portanto, que o platonismo foi sempre entendido pelos platônicos como uma única corrente filosófica, que sempre permaneceu fiel a si mesma, ora como forma de interpretação e reelaboração do pensamento de Platão.