Hoje, sexta-feira.

O sexto dia de todas as semanas começadas no domingo.

Mas esta é especial é a Santa.

Por isso me vêm à memória leituras dos evangelhos.

Lendo os evangelhos com atenção, descobrimos o que foi a vida de Cristo e que o povo em nada mudou até hoje.

Observamos que após um entusiasmo inicial, as multidões abandonaram a Jesus Cristo. Sobraram só 12 e eles, no momento decisivo, acabam fugindo. Todavia, nenhum dos evangelistas dá tanta importncia à solidão de Jesus Cristo como Marcos.

Será que Marcos foi o único realista, ou os outros acharam por bem não escreverem a verdade?

Durante a paixão os outros evangelistas colocam sempre alguém que está ao seu lado: Um anjo no Getsemni, um grupo de mulheres no caminho para a cruz, a mãe, o discípulo amado, algumas pessoas amigas e o bom ladrão no momento da sua morte.

No Evangelho de Marcos, não encontramos ninguém ao lado de Jesus Cristo. Ele é abandonado pelos discípulos, é traído pela multidão que prefere Barrabás.

É esbofeteado.

Zombam dele.

É humilhado pelos soldados.

É insultado pelos transeuntes e pelos chefes do povo que ali estavam no momento da crucificação. Somente as trevas estão ao seu redor. Somente no fim, depois de ter contado a sua morte, percebe-se que havia algumas mulheres que estavam de longe observando.

Marcos faz questão de sublinhar que Jesus Cristo se sentiu só, abandonado por todos, até pelo Pai.

No fim de sua vida, Ele experimenta a angústia de quem está certo de ter lutado pela causa justa, mas se vê derrotado sem que alguém o defenda.

No auge, o grito final:

“Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?"

Pode até ser chocante, mas nos mostra o conflito interno.

Por que este abandono?

Marcos nos quer mostrar esse aspecto humano de Jesus Cristo. No momento de sua morte, Ele passa por esta experiência de abandono, do fracasso na luta contra a injustiça, contra a mentira e a opressão tanto religiosa como política do poder.

Notamos a insistência com que Marcos nos coloca as reações muito humanas de Jesus Cristo diante da morte.

Ele faz esta observação: Começou a sentir grande pavor e angústia.

Os outros evangelistas evitam nos apresentar um Cristo assustado e com medo.

Qual seria a razão?

Marcos nos quer apresentar a pessoa de Jesus Cristo bem próximo de nossas vidas.

Ele teve medo, chorou, procurou alguém que o compreendesse e que estivesse ao seu lado.

Infelizmente, também não achou.

Afinal, quem é Deus?

Uma criança eterna brincando de um jogo eterno num eterno jardim.

 

Jota Há

Dê uma pausa em sua vida... Dê uma pausa que seja... Uma pausa pra refletir Uma pausa pra agradecer Uma pausa para pedir... Mas dê uma pausa pra você. Uma pausa p/ dizer: eu te amo... Uma pausa p/ olhar-se e admirar-se Uma pausa p/ sonhar e renovar-se Dê uma pausa, esconda os relógios, Dê uma pausa no que estiver fazendo... E pense em tudo que tem deixado de viver Simplesmente, pra não perder tempo. (Sirlei L. Passolongo)