[editar] República (1889-presente)
[editar] Primeira República (1889-1930)
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Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca decretou o fim do período imperial em um golpe militar de Estado sob a forma de uma quartelada quase sem força política e nenhum apoio popular,[51] e o início de um período republicano ditatorial, destituindo o último imperador brasileiro, D. Pedro II, que teve de partir em exílio para a Europa. O nome do país mudou de Império do Brasil para Estados Unidos do Brasil. A primeira constituição da República do Brasil foi feita dia 15 de novembro de 1890. Após 4 anos de ditadura com um caos e várias mortes de federalistas, negros lutando por seus direitos, entre outros, iniciou-se a era civil da República Velha, com a chamada República Oligárquica.
O período foi marcado por inúmeros conflitos, de naturezas distintas. O primeiro deles foi a Revolta da Vacina, em 1904, que foi um movimento popular deflagrado na cidade do Rio de Janeiro contra a vacinação compulsória.[52]
A Revolução Acreana foi o processo político-social que levou à incorporação do território desse estado ao Brasil. O período começa em julho de 1899, quando o território é proclamado estado independente, sob Luis Gálvez Rodríguez de Arias, e termina em 1903, depois que os brasileiros residentes no local vencem a disputa pela força das armas, comandados por José Plácido de Castro. A Revolução Acreana chegou ao fim com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, pelo qual a Bolívia cedeu o território ao Brasil - e o Peru aceitou a divisão de fronteiras - em troca de 2.000.000 de Libras esterlinas e da construção da ferrovia Madeira-Mamoré, apelidada "Mad Maria".
Durante o período civil (1894-1930) ocorreram outras grandes revoltas no país de caráter localizado: Guerra de Canudos, Revolta da Vacina e Revolta da Chibata. Ocorreram, também, várias revoltas de caráter estadual como a Revolução de 1923 e a República de Princesa ocorrida na Paraíba em 1930. Nenhuma destas revoltas foram tentativas de se derrubar o governo federal, situação muito comum nos demais países da América Latina.
O movimento tenentista e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, em 1922, porém, foram ameaças sérias ao governo de Epitácio Pessoa.
A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.
O cangaço tem suas origens em questões sociais e fundiárias do Nordeste brasileiro, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, seqüestravam latifundiários e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo.[13] O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", denominado o "Senhor do Sertão" e também "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 1920 e 30 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro. No dia 28 de julho de 1938 na localidade de Angicos, no estado de Sergipe, Lampião foi vítima de uma emboscada onde foi morto junto com sua mulher, Maria Bonita e mais nove cangaceiros.
[editar] República do Café com Leite
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Entre 1889 e 1930, o governo foi oficialmente uma democracia constitucional e, a partir de 1894, a presidência alternou entre os estados dominantes da época São Paulo e Minas Gerais. Como os paulistas eram grandes produtores de café, e os mineiros estavam voltados à produção leiteira, e segundo produtores de café do Brasil, a situação política do período ficou conhecida como Política do Café-com-Leite.[53][54]
Esse equilíbrio de poder entre os estados, foi uma política criada pelo presidente Campos Sales, chamada de Política dos Estados ou Política dos governadores. A República Velha terminou em 1930, com a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, um civil, instituindo-o "Governo Provisório", até que novas eleições fossem convocadas.