Guerra da Coreia (Junho/1950 - Julho/1953)
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O único grande confronto militar que envolveu batalhas em que de um lado haviam forças militares americanas e do outro forças soviéticas, foi a Guerra da Coreia. A península da Coreia foi dividida, em 1945, pelo paralelo 38, em duas zonas de influência: uma ao norte, ocupada pela União Soviética, e a partir de 1949 pela República Popular da China, comunista; era a República Popular Democrática da Coreia. A outra porção, ao sul do paralelo 38 N, foi ocupada pelas tropas americanas e permaneceu capitalista com apoio das nações ocidentais passou a ser conhecida como República da Coreia.
Em 1950, os líderes da Coreia do Norte, incentivada pela vitória do socialismo na China um ano antes, recebeu apoio da URSS para tentar reunificar a Coreia sob o comando de um governo socialista, invadiu e ocupou a capital sul-coreana Seul, desencadeando um conflito armado. Os Estados Unidos solicitaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, a formação de uma força multinacional para defender a Coreia do Sul. Na ocasião a URSS se recusou a participar da reunião do CS da ONU em que esta medida foi discutida, e os Estados Unidos conseguiram legitimar a primeira grande batalha militar da Guerra Fria contra o bloco soviético.
As tropas anglo-americanas fizeram a resistência no sul, reconquistando a cidade e partindo em uma investida contra o norte. A China, sentindo-se ameaçada pela aproximação das forças ocidentais, enviou reforços à frente de batalha, fazendo da Coreia um grande campo de batalha.
Após muitas batalhas, com avanços e recuos de ambos os lados, um primeiro acordo de paz é negociado, mas demora dois anos para ser ratificado. O General americano McArthur chegou a solicitar o uso de armas nucleares contra a Coreia do Norte e a China, mas foi afastado do comando das forças americanas.
Apenas quando a União Soviética já havia testado sua primeira bomba de hidrogênio, em 1953, é que um armistício foi assinado em Panmunjon, em 27 de Julho de 1953. O acordo manteve a península da Coreia dividida em dois Estados soberanos, praticamente como antes do início da guerra, com mudanças mínimas na linha de fronteira. Essa divisão da Coreia em dois países se mantém até hoje. Em Junho de 2000, os governos das duas Coreias anunciaram planos de reaproximação dos dois países. Isso significou o início da desmilitarização da região, a diminuição do isolamento internacional da Coreia do Norte e, para milhares de coreanos, a possibilidade de reencontrar parentes separados há meio século pelo conflito. Pela tentativa, o então presidente da Coreia do Sul, Kim Dae Jung, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2000