O Reconhecimento Chinês
Desde a década de 1950 a República Popular da China tinha problemas com a União Soviética, por causa de hierarquia de poderes. Moscou queria que o socialismo no mundo fosse unificado, sob a tutela do Kremlin, enquanto Pequim achava que a República Popular da China não deveria se submeter aos soviéticos. A disputa foi um grande problema para os soviéticos, que perdiam um aliado forte.
Durante década de 1970, a situação ficou ainda pior para a URSS, pois Mao Tse-tung, presidente da China socialista, estava realizando manobras para se aproximar dos EUA. A amizade com a superpotência ocidental rendeu à China uma regalia que não havia conseguido enquanto era aliada da União Soviética: o reconhecimento. Desde a Revolução Chinesa de 1949, o mundo ocidental viu o governo de Mao Tse-Tung como ilegal, e consideravam como a verdadeira China o governo refugiado em Taiwan. Com a aproximação entre Pequim e Washington, os Estados Unidos passaram a ver Mao Tse-tung como o legítimo regente chinês, e a República Popular da China como a China de fato. Assim, outros países ocidentais tomaram a mesma decisão, e a China pôde entrar para ONU, como participante e como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.