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Alexandre Kojève, nascido Aleksandr Vladimirovič Koževnikov ou, em cirílico, Александр Владимирович Кожевников (São Petersburgo, 28 de abril de 1902 - Bruxelas, 4 de junho de 1968) foi um filósofo político marxista e hegeliano, Francês de origem russa. Exerceu substancial influência sobre a Filosofia na França do século XX, renovando o interesse por Hegel entre as elites francesas, através de seus cursos na École pratique des hautes études de Paris, entre 1933 e 1939, quando substituiu Alexandre Koyré.
Após a Segunda Guerra Mundial, Kojève abandonou a atividade docente, passando a ocupar um posto estratégico no Ministério da Economia e Finanças da França, e participou da concepção do Mercado Comum Europeu e do GATT. Foi secretário da Organização Européia de Cooperação Econômica (OECE), a partir de 1948.
Até sua morte, decorrente de uma crise cardíaca, em Bruxelas, por ocasião de uma reunião do Mercado Comum Europeu, toda a sua segunda carreira consistirá em aconselhar o governo francês sobre assuntos da maior relevncia. Terá um papel importante em 1950, nos desdobramentos do Plano Schuman, com referência à Comunidade Européia do Carvão e do Aço - CECA. Também Terá uma posição de primeiro plano em todas as negociações internacionais, tanto na Unctad como no Gatt.
Foi enterrado não longe da sede da OTAN.
Túmulo de Kojève no cemitério de Evere (
Bruxelas).
De família abastada (recebia dinheiro da família mesmo muito depois da Revolução de 1917, e era sobrinho do pintor Kandinsky), a partir de 1920, estudou em Berlim. Ali encontrou Alexandre Koyré, Leo Strauss e vários outros estudantes que, mais tarde, tornar-se-iam intelectuais importantes.
Depois de apresentar uma tese sobre o filósofo Vladimir Solovyov, orientada por Karl Jaspers, Kojève foi para a França, naturalizando-se francês em 1937). Após perder sua fortuna em decorrência de negócios desastrados, foi obrigado a trabalhar, e assim começaram suas conferências sobre a Fenomenologia do Espírito de Hegel na École pratique des hautes études. Nessas conferências, contava com um público pequeno porém fiel, que incluía Raymond Queneau, Georges Bataille, Jacques Lacan, André Breton, Merleau-Ponty, Raymond Aron e Jean Hyppolite.
Personagem controvertida e misteriosa, suspeita-se que, por aproximadamente 30 anos, tenha sido agente soviético. De todo modo, Kojève continua sendo uma figura importante na reflexão sobre a Filosofia Política.
As conferências de Kojève sobre a Fenomenologia do Espírito de Hegel foram publicadas em 1947 sob o título Introdução à leitura de Hegel. Trata-se da sua obra mais conhecida, embora a rigor não seja totalmente sua pois foi Raymond Queneau quem redigiu a maior parte dela, a partir das notas tomadas durante os seminários ministrados por Kojève.