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Carvoaria - queima da lenha para produção do carvão,
Arandu.
Carvão vegetal é uma substncia de cor negra obtida pela carbonização da madeira ou lenha. É muito utilizado como combustível para aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões a lenha.
Considerado um fitoterápico, o carvão vegetal para uso medicinal (carvão ativado) provém de certas madeiras moles e não resinosas (extraído de partes lenhosas, cascas e serragens), obtidos por combustão incompleta, o que lhe confere a capacidade adsorvente.
Desde a antiguidade já se conhece o uso do carvão vegetal. No antigo Egito era utilizado na purificação de óleos e para aplicações medicinais. Na segunda guerra mundial foi utilizado para remoção de gases tóxicos devido a sua capacidade adsorvente sendo um material extremamente poroso. E entre os índios brasileiros também há registro de uso, misturado às gorduras animais no tratamento de tumores e úlceras malignas.
Estudos químicos utilizando carvão ativado detectaram uma redução significativa na produção de gases intestinais nos pacientes tratados, eliminando os desconfortos abdominais. É ainda um notável condutor de oxigênio, sendo um extraordinário eliminador de toxinas.
Devido a sua rapidez de ação, o carvão vegetal é considerado ainda um agente útil no tratamento de envenenamentos. O carvão ativado liga-se ao tóxico residual no lúmen do trato gastrointestinal e reduz rapidamente a absorção deste.
O carvão vegetal tem a propriedade de adsorver substncias que, em contato com bactérias intestinais, contribuem para a produção de flatulência. Diante dos resultados de estudos, o uso do carvão vegetal é indicado em casos de dores no estômago, mau hálito, aftas, gases intestinais, diarreias infecciosas, disenteria hepáticas e intoxicações.
O fator mais significativo sobre a utilização de carvão vegetal é que seu destino principal serve para produção de aço. Logo, conforme a sociedade cresce, o consumo de ferro/aço aumenta na mesma proporção.
A maciça maioria das notícias sobre o carvão vegetal associavam sua produção ao prejuízo ao Meio Ambiente e trabalho em condições degradantes.
Vivemos outra realidade na atualidade.
A maioria das unidades de carvoejamento hoje estão nas mãos de pessoas que respeitam as leis.
Não é possível paralisar a produção de carvão vegetal sem que a sociedade modifique seus usos e costumes e passe a não depender da indústria siderúrgica.
Interessante que as inúmeras críticas ao segmento não chegariam aos olhos da população sem a utilização de artefatos de aço, a despeito de máquinas, computadores e satélites.
A categoria desse tipo de labor é extremamente penosa, onde pessoas deveriam tecer elogios aos trabalhadores e empreendedores do segmento, porque são grandes precursores do progresso da humanidade.
Quando o expectador dessa fala recordar de carvão vegetal deve associá-lo ao progresso e não ao retrocesso, porque raramente estaria tomando ciência deste relato sem ajuda de equipamento que não contenha ferro/aço em sua composição.
O grande desafio será utilizar somente floresta plantada para sua produção, mas com a defasagem de matéria prima, será necessário muitas décadas para esse fato acontecer.
Outra fonte de matéria prima se dá com os restos de floresta retirados para utilização do espaço para produção de alimentos. Não é o carvoejador que retira a mata nativa, são o agricultores e pecuaristas que garantem o alimento que sustenta nossas famílias.
Pra viver sem carvão é preciso viver sem ferro/aço.
Vista aérea de carvoaria na Amazônia (foto: Wilson Dias/ABr)
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Carvoaria irregular foto: Marco Evangelista
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