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De: webcris (Mensaje original) |
Enviado: 05/10/2009 14:32 |
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Retratar o mundo
Através das palavras,
O sentir
Das suas mágoas,
As dores,
As alegrias,
Os desconfortos,
A esperança nos dias.
Retratar pessoas,
Acontecimentos menos bons,
Outros à deriva
Pelas noites frias e fechadas
Ao som dos ruídos do silêncio,
Dessas mesmas noites
Misturadas, com a agonia
Do aparecer do dia.
Retratar as coisas,
Medir as distncias,
Reconhecer os caminhos,
Falar com os mendigos,
Exultar os sem esperança
E os sem abrigo
E reconhecer neles,
“A minha face perdida
Nos espelhos partidos
Da minha vida!”
Retratar os sons,
Aos ouvidos
De quem não ouve
E tanta falta faz – ouvir,
Para poder dissertar
E ao longe escutar
Os barulhos do silêncio
Em surdina
A contar, a última rotina.
E tanta falta faz – ouvir,
Para entender o mundo
Tão difícil de entender.
Retratar
Quem não ouve,
Para repetir o que ouvir
E dar alento a essa falta
E manter a ilusão
De que o ouvir
Ou não ouvir,
Não importa!
Manter essa ilusão
Como uma verdade
Inconsciente ou não.
Retratar, revelar,
Mostrar no rosto
Um outro rosto
E esquecer os outros rostos,
Perdidos na noite
Escura e agreste
Dos silêncios,
De quem não ouve
De quem não sabe…
Que não torna
A Ouvir!
Retratar sempre e sempre
E amar!
Maria Luísa Adães |
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De: ZÉMANEL |
Enviado: 08/10/2009 19:55 |
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De: Bete |
Enviado: 08/10/2009 19:58 |
A Teia da Esperança
A teia tecida nas noites de esperança, rasgada e ferida, segue a nossa andança.
E juntos, mãos dadas, olhamos pra ela, vontades paradas, quais barcos sem vela.
Amigo, que o braço cansado de tédio ergamos no espaço! É esse o remédio.
Depois de cerzidas, não ficam marcadas profundas feridas em teias rasgadas!
Isabel Gouveia, in "Poemas Vários (1950-1975)" |
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ESPERANçA
Como falar, se não se tem? Vou seguindo minha vida, Caminhando sem pensar, Assim me poupo De ter que acreditar.
Sempre fui crédula! Isto só me deu tristeza, Vergonha de ser ingênua, Vergonha de mim mesma.
Hoje, mais preparada Perdi a beleza da inocência, Uma mulher madura, Tendo no coração a pureza.
Vida que ensina Da forma mais traiçoeira, Na solidão em que vivo Um amigo é sempre bem vindo.
Pena, Como sinto pena! Minha alma hoje chora, De não mais ser perfeita, Nos desencontros da vida Foi ela quem perdeu a pureza.
MÁRCIA ROCHA 11/07/2009
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