ESPERANçA
Como falar, se não se tem? Vou seguindo minha vida, Caminhando sem pensar, Assim me poupo De ter que acreditar.
Sempre fui crédula! Isto só me deu tristeza, Vergonha de ser ingênua, Vergonha de mim mesma.
Hoje, mais preparada Perdi a beleza da inocência, Uma mulher madura, Tendo no coração a pureza.
Vida que ensina Da forma mais traiçoeira, Na solidão em que vivo Um amigo é sempre bem vindo.
Pena, Como sinto pena! Minha alma hoje chora, De não mais ser perfeita, Nos desencontros da vida Foi ela quem perdeu a pureza.
MÁRCIA ROCHA 11/07/2009
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