Pré-história
Os sítios com fósseis de hominídeos de Sterkfontein, Swartkrans, Kromdraai e arredores foram inscritos pela UNESCO em 1999 na lista das propriedades que são Património Mundial. Nesta região foram encontrados fósseis que permitem considerá-la como o “berço da humanidade”, entre os quais os mais importantes são "Mrs. Ples", um esqueleto quase completo de um Australopithecus africanus com 2,3 a 2,8 milhões de anos de idade e, mais recentemente, "Little Foot", outro exemplar, também considerado uma espécie de Australopithecus, mas este com mais de 3 milhões de anos.
Estas descobertas corroboraram a conclusão de Raymond Dart que, em 1924, deu ao "Crnio Infantil de Taung" (“Taung Child”, em inglês) o nome de Australopithecus africanus, que ele considerou ser uma espécie nova e, possivelmente o “elo perdido” da evolução entre os símios e os seres humanos.
Foram ainda encontrados em Swartkrans restos de animais e instrumentos de pedra e osso, dos mais antigos que se conhecem, datados entre 1,7 e um milhão de anos, a maioria pertencente à espécie (Australopithecus) , o que significa vestígios do período Paleolítico. Swartkrans foi também o primeiro local em África onde se encontraram restos de espécies já extintas do género Homo, principalmente da espécie Homo ergaster que se pensa ser o antepassado mais próximo do Homo sapiens.
Outros vestígios de antigas culturas são as pinturas rupestres, das quais se têm encontrado bastantes na África Austral. No Drakensberg, existem cavernas e abrigos na rocha com a maior colecção de arte rupestre a sul do Sahara, que se pensa terem sido feitas pelos povos Khoisan, ao longo dum período de mais de 4000 anos.
Nos séculos I a IV, a região começou a ser invadida pelos bantus (ver expansão bantu), que eram agricultores e já conheciam a metalurgia do ferro. A base da economia dos bantu era a agricultura, principalmente de cereais locais, como a mapira (sorgo) e a mexoeira; a olaria, tecelagem e metalurgia encontravam-se também desenvolvidas, mas naquela época a manufactura destinava-se a suprir as necessidades familiares e o comércio era efectuado por troca directa. Artefactos de ferro e cermica, assim como túmulos, são frequentes e permitem conhecer um pouco desta época.
A partir do século V, provavelmente derivada do aumento demográfico e da produção e manufatura, usada na troca com outros povos, a organização social dos Bantu tornou-se mais complexa. Estas sociedades deixaram vestígos de cidades organizadas em classes, com palácios para a classe dirigente, amuralhados para os proteger e restos de casas mais simples, da classe trabalhadora. Um excelente exemplo destes vestígios é a Paisagem Cultural de Mapungubwe, na província do Limpopo, que foi considerada Património da Humanidade.