No escuro da sua fé os humanos fantasiam uma luz, para se encontrarem na companhia de algum amor, que se desfaz num toque. Quando os humanos tocarão o Amor, se os olhos destes refletem a rejeição da Verdade de si mesmos? Os humanos sabem que são uma ilusão que quer ser tocada, que quer se desfazer.
Bela, fêmea mulher, quem é você que de tão frágil é gigante num planeta que de tão pequeno vagueia entre sóis e constelações em estrondosas explosões?
Sentada sobre um alçapão de concreto que cobre um poço escuro, que você sabe que não tem fim. Pelo milagre da sua dúvida o alçapão não se esmigalha.
Você olha ao redor, nada vê, está nebuloso. O medo traz a ventania fria. O consolo da morte a aquece. Você se lembra de montanhas e vales, mas não sabe onde se encontra. Será que você sente que é em algum lugar, num poço mais largo que este? E o que você faz, e quer fazer?
As montanhas ficaram pequenas. Absurdo! Elas a sufocam. Os vales! Com lagos do tamanho de poças d'água. Água suja que você bebe como vinho. Inebriada vislumbra uma flor por detrás de uma cachoeira!
Você se banha no sangue que cheira a desespero, advindo pela espada que heroicamente usou em nome dos machos, em nome da glória de querer ser o que você não é.
Você não sabe mais quem você é. A flor é rara! Ela é virgem e intocada. Você quer acordar, entrar em você mesma, tocar o que ninguém tocou, quer ser perfume que evapora nos céus.
Valorosa Guerreira Nua!