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De: Belga351 (Mensaje original) |
Enviado: 10/01/2010 20:31 |
Quando vir vaguear o corpo da noite dançante, por entre os cascos da bruma, virei até à janela que se despenha no jardim das palavras.
Pedirei à sombra que me conceda ainda o verso o verso sujo, lmina ou centelha ateando a manhã, entre o café e este lume do silêncio, a arder pela flor da giesta.
Não mais cantar senão o ar ou as mãos que poisam, tão quietas detentoras de incerteza, apenas. Ficar assim, no olhar destas vidraças onde julgo ver a vida que sonho ser...
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No vasto mar, no céu ou na montanha, Na serra ou no planalto adormecido, Eu vejo-o a vaguear tonto e perdido, O louco amor … essa figura estranha!
Amor, irmão da noite … amor tristeza, Amor escuridão … tédio …pavor… Nostálgica visão de sonhador… Amor inquieto e feito de incerteza!
Amor em labareda … Amor em chama … Amor que aquece a alma gelada… Que chora e ri, e canta, e geme, e clama Em vão!...Amor que é tudo! Amor que é nada!...
Quando sofro, alivio a minha dor, Chorando; e quanto é bom chorar assim… Com lágrimas dizendo, como em mim, Crepita e arde o fogo dum Amor !
JOSÉ MARIA LOPES DE ARAÚJO
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BILHETE Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mário Quintana
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