HISTÓRIA
Em 1492, Cristóvão Colombo desembarcou na Ilha de Hispaniola. Ele descobriu ouro na região atualmente ocupada pela República Dominicana (porção leste da ilha) e outros colonos espanhóis acorreram para onde o Haiti se localiza hoje. Os colonos passaram a usar os índios arauaques como mão-de-obra escrava para extrair ouro e lavrar a terra. Mas essa mão-de-obra, que vivia sob condições desumanas, não resistiu aos maus-tratos e foi desaparecendo. No final do séc. XVI, quase toda a população havia sido dizimada.
Os espanhóis começaram a abandonar Hispaniola à procura de colônias mais prósperas, como o Peru e o México, abrindo caminho para os piratas ingleses, holandeses e principalmente franceses, que passaram, então, a controlar as costas norte e oeste da ilha. Depois de ataques de lado a lado, em alto-mar, os espanhóis reconheceram o controle do terço oeste da ilha pela França, em 1697.
Os franceses batizaram sua nova colônia de Saint Domingue (São Domingos). Para lá levaram escravos africanos e desenvolveram grandes plantações de café e de especiarias. A região prosperou e passou a ser, para a França, mais importante que a colônia do Canadá, pois o Haiti produzia açúcar, cacau e café para exportação, a partir de mão-de-obra escrava.
Independência. Em 1791, os escravos de Saint Domingue rebelaram-se contra seus senhores, durante a Revolução Francesa. Destruíram plantações e aldeias. Tossaint L’Ouverture, um antigo escravo, assumiu o controle do governo. Em 1794, o Haiti tornou-se a primeira colônia a conquistar a libertação dos escravos.
Mas, depois que tomou o poder na França, em 1799, Napoleão enviou um exército para restabelecer o domínio colonial. No local, muitos soldados franceses contraíram febre amarela e morreram. Diante de um inimigo enfraquecido, os rebeldes haitianos derrotaram o exército francês, em 1803. No dia 1º de janeiro de 1804, o general Jean-Jacques Dessalines, líder dos rebeldes, proclamou a independência da colônia e assumiu a presidência do país.
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