Não quero senti esse teu cheiro impregnado em meu corpo, nas minhas roupas...
Foi difícil me livrar dele, não é justo querer me invadir novamente!
Digito essas palavras e a cada movimento que faço meu corpo exala teu cheiro.
Hoje você me fez lembrar de cada momento vivido a seu lado, os efeitos que me fazia sentir o seu cheiro. Tanto sem tempo o ver, sem o sentir em meus braços, sem olhar nos fundos dos teus olhos, daquelas duas esmeraldas falsas. Depois daquele abraço o que eu mais quis foi tomar um banho para ver se saía aquele seu cheio, um cheio que me deixava com raiva e embriagada de lembranças.
Nem o banho foi capaz de tirar esse seu perfume barato, continuo o sentindo em cada pedacinho do meu corpo, em cada recordação.
Não me procure mais, me esquece, me abandona. Não inventa desculpas para me ver, quando me ver na rua não desça feito louco da condução, e não corra em minha direção, que da próxima vez irei correr até não mais suporta, para fugir do seu olhar de serpente.
Não te quero mal, pelo contrario, gosto muito de você mais o que foi quebrado jamais se reconstruirá. Não tem volta.
Seria mentir se eu dissesse que não tem me balançado com seus telefonemas, suas procuras.
Porém hoje foi jogo sujo, não tinhas o direito de tentar me reconquistar. E agora que faço com esse teu cheio, o mesmo cheiro de sempre, que nunca senti em outras peles. Aquele cheio que me lembra bocas, braços, mão, sussurros...NãO! eu não quero, eu não devo, eu não posso.
Fujo da essência que por vezes perfumou meu dia, entretanto a mesma que deixou marcas.
Enquanto ao teu cheiro, terei que arrancá-lo de meu corpo, apagá-lo da minha memória olfativa, dos meus poros. De alguma forma apagarei esse teu cheiro que tanto me extasia