Quero amanhecer
no celeste orbe reluzente.
Permitir que a brisa
beije-me a face,
e o dia na alma possa aflorar.
Quero poder
ser súdita de um astro
a me sorver.
Admirar o oriente
ser também nascente...
Recomeçar!
Quero entardecer
namorar na relva esquecer a selva
fugaz de um reduto
intransitável a me corromper.
Quero saber
historiar meus dias
sem me perder,
confessar meus medos
sem rimar enredos
vou me delatar.
Quero anoitecer...
Contar estrelas me inspirar!
Olhando o céu,
opúsculo criar.
Comungar com a lua...
Pactuar!
Forcejar verdades
e sem temor...
Não calar.
Quero enveredar,
atravessar madrugadas
pegadas marcar,
abandonar pesadelos sem melindrar.
Destituir-me de formalidades
sem reservar,
ser o que sou
sem medo de errar.
Quero morrer...
Indiscutír o mal,
vou esquecer
indomável ira,
suceder...
Profecia prevista
fazer valer!
Ressuscitar dos mortos
Vou renascer...