Razões de saúde
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Por aconselhamento médico ou por auto-iniciativa, esta é uma motivação para muitas pessoas seguirem um regime vegetariano.
Uma dieta vegetariana equilibrada é geralmente eficaz em equilibrar os níveis de colesterol, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e também evitar alguns tipos de cancro (Cncer), entre outras razões [7], [8], [9]. Segundo a organização médica Physicians Committee for Responsible Medicine (PCRM) o consumo de carne contribui para uma maior ocorrência de impotência sexual, pois esse alimento entope as artérias, sendo aconselhada pela organização a adopção de uma dieta vegetariana como ajuda na resolução desse problema.[46]
Outro aspecto relevante prende-se com a qualidade dos produtos animais que chegam ao mercado. Alguns animais criados para consumo humano são alimentados com uma quantidade significativa de hormônios de crescimento e antibióticos para resistirem às doenças, sendo a carne que chega à mesa, muitas vezes, de má qualidade. Por outro lado, a poluição dos mares e rios podem tornar a carne de peixe igualmente insegura. Todas as toxinas e os químicos que existem na água concentram-se no peixe, e quando ingerimos a sua carne ingerimos essas substncias, que incluem mercúrio, chumbo, PCB’s (bifenilos policlorados), pesticidas, arsénico, e muitas outras.[47] Cientistas da Harvard School of Public Health descobriram que o mercurio existente no peixe pode causar danos irreversíveis no cérebro das crianças, tanto às que se encontram no útero, com às que estão em desenvolvimento.[48]
Segundo o Dr. Pedro Indíveri Colucci (1879-1987) o peixe, fresco ou seco, contém "grande quantidade de toxinas podrosas" e "pela tabela de análises dos corpos purínicos contidos nos diferentes alimentos, observa-se que a maioria dos peixes contém purinas em quantidade, em especial os pequenos, incluindo a truta, pois estes formam um grupo cujas purinas são em grau mais elevado do que as de vitela e de boi ou de vaca."[49] Escreveu que o peixe seco, como por exemplo o bacalhau produz mais venenos que os peixes frescos.[50] Acrescentou ainda que mariscos, moluscos e crustáceos são acidificantes, indigestos e contêm "purinas em quantidades que os tornam altamente tóxicos"[50]
Um terceiro ponto, nas razões de saúde, são as recorrentes crises da indústria alimentar, como a das vacas ou a da gripe aviária, que levam muitas pessoas a adotar uma dieta diferente.
Quanto aos vegetais, frutas, verduras e legumes também há a preocupação com a infinidade de agrotóxicos, que podem ser tão prejudiciais à saúde quanto os hormônios empregados nos animais.{{Carece de Fontes}} Segundo o Dr. Benjamin Spock, uma boa razão para consumirmos alimentos de origem vegetal é que os animais tendem a concetrar pesticidas e químicos na sua carne e leite, ao passo que os alimentos vegetais, mesmo não sendo orgnicos, contêm muito menos contaminação.[51] De acordo com um estudo publicado no New England Jounal of Medicine, o leite de mães vegetarianas contém apenas 1 ou 2% dos pesticidas que foram encontrados no leite de mães não vegetarianas.[47] Devido ao processo de Bio-acumulação os químicos têm tendência a acumular-se nos tecidos dos animais que estão mais alto na cadeia alimentar..[52][53] Por isso, quanto mais subimos na cadeia alimentar mais concentrados se tornam os químicos tóxicos, o que leva a grandes quantidades na carne e no peixe..[54] Por exemplo, a vaca ao consumir plantas e grão com pesticidas e outros poluentes absorve essas substncias, que se vão juntar com as drogas e hormônios geralmente administradas a esses animais; o peixe que comemos consumiu outro peixe mais pequeno que por sua vez consumiu algas contaminadas, e estes factores (entre outros) levam a que os não vegetarianos tenham um nível de pesticidas muito mais elevado do que os vegetarianos..[55] Ao comerem no topo da cadeia alimentar os seres humanos tornam-se os receptores da maior concentração de pesticidas venenosos.[56] De facto, a carne contém 13 vezes mais DDT (químico para matar insectos) do que os alimentos vegetais.[57]
Há que se ter muita higiene antes de preparar os alimentos, sejam eles quais forem, lembrando que os vegetais são uma fonte indispensável de vitaminas e de saúde.
O consumo de carne e peixe é igualmente propício à propagação de parasitas, como por exemplo a ténia. Mesmo que a carne seja cozinhada é frequente que as bactérias não sejam destruídas, sendo estas notáveis fontes de infecção.[58]
De acordo com o Nutrition Institute of América "a carne de uma carcaça animal está carregada de sangue tóxico".[59] Mal o animal é morto dá-se um processo de putrefacção e de decomposição extremamente rápido.[60] Além disso, a carne em processo de decomposição, ao contrário da comida vegetariana, passa muito lentamente pelo sistema digestivo humano, estando em constante contacto com os órgãos digestivos.[61] O Dr. José Lyon de Castro escreveu que a carne contem agentes tóxicos e numerosos venenos provenientes do catabolismo, que são altamente nocivos ao organismo. Acrescentou que mal o animal é abatido, se formam venenos devido à decomposição cadavérica, e que até no frigorífico, que aguenta a carne por algum tempo, esta altera-se a cada hora passada. Referiu que o fígado e os rins são os órgãos que mais se afectam pelo consumo frequente de carne, que é um alimento pobre em minerais, vitaminas, e em hidratos de carbono (exceptuando a gordura).[62] O Dr. Pedro Indíveri Colucci (1879-1987), que desaconselhava todos os tipos de carne principalmente devido ao facto de esses alimentos produzirem ácido úrico, escreveu que "a carne proveniente dos animais novos, contem ainda mais purinas do que a de animais adultos, assim como todas as carnes denominadas brancas produzem mais ácido úrico do que as vermelhas" e que "a carne, seja de que espécie for, irrita o tubo digestivo e causa hipercloridria, a obstipação, a enterite mucomembranosa, a apendicite e torna-se particularmente perigosa para aqueles que têm os rins e o fígado alterados".[49]