Meu pranto
Rose Mary Sadalla
Fechei as portas do meu passado
Para que meus sonhos não ficassem lá fora
Meus sentimentos são maiores que minha vontade
E nada posso fazer para controlá-los
Meu corpo ganhou o mundo e não se encontrou
Minha voz esqueceu-se em meus prantos e lamentos
Minha alma perdeu-se de mim no infinito e espalhou-se
Sufoco meu pranto nas canções que me lembram de ti
Sinto tua saudade e choro por meio do silêncio
És o tudo do vazio que tua falta me atormenta
És a minha luz que apagou-se na dor do meu amor
És a essência da minha vida que perdeu-se no infinito
Sempre serás o sonho que apagou e tornou-se frio
Esquecendo lá fora os ventos quentes de Agosto
Que poderiam me agasalhar e acariciar o meu amor
Minhas súplicas são lágrimas de pedras em desespero.
Medrou-se na minha dor me abandonou meu grito sangrou.
Rio de Janeiro, 02 de Agosto de 2001