Lisboa à mesa do "New York Times"
A capital portuguesa é vista como uma cidade "gourmand". Luminosa e bem servida de bons restaurantes. Recomendação com a assinatura do jornal nova-iorquino.
O restaurante Tavares foi elogiado pela publicação norte-americana.
Uma das raras capitais que conseguiram escapar da ausência de beleza que, segundo Alexander Lobrano, do jornal americano "The New York Times", caracteriza o urbanismo pós-guerra, Lisboa estará a tornar-se uma cidade "gourmand".
O cenário é cinematográfico, com o cheiro a manter-se o mesmo, afirma o autor. Pão cozido, peixe frito, carne assada e sopa pontuam o olfato dos visitantes de quem passeia por Lisboa. à mistura com o fumo dos cigarros, o cheiro à roupa lavada pendurada nos balcões e laranjeiras em flor.
O que interessa, contudo, é o que vai para a mesa. E há várias mesas que, segundo o "NYT", vale à pena visitar. Desde as do Aqui há Peixe, caracterizado como um restaurante com estilo que serve receitas tradicionais de peixes, ao percurso pela "constelação de talentosos jovens chefes de cozinha" disponíveis em Lisboa.
Em José Avillez, do Tavares, é sublinhada a conquista de uma estrela do Guia Michelin, mas também a sua idade (30 anos) e, sobretudo, a capacidade de traduzir a tradicional cozinha portuguesa para "um idioma contemporneo".
Mas o jornal revela não estar à margem do que se passa na cidade e, para quem quiser provar o sabor dos pratos de Avillez e não tiver muito dinheiro disponível, recomenda o seu restaurante Já à Mesa, onde o chefe vende "sopa-sanduíche-salada".
Classificado de "excelente", o 100 Maneiras, dirigido pelo bósnio Ljubomir Stanisic, é outro endereço recomendado. Assim como o Alma de Henrique Sá Pessoa ou o Manifesto de Luís Baena.
O percurso gastronómico acaba com um restaurante inspirado na cozinha portuguesa, mas situado em Manhattan. O Aldea, dirigido por George Mendez.