Morre Simba, o leão explorado e maltratado pelo parque Beto Carreiro
01 de fevereiro de 2010
Mais um animal morre vítima da exploração e do confinamento.
Simba, um leão que vivia no zoo da Universidade de Caxias do Sul (UCS), sofria de degeneração nas cartilagens e de problemas cardíacos, e havia sido transferido ao zoo em função dos maus-tratos sofridos antes.
No habitat natural, na savana africana, ele poderia ter chegado aos 20 anos - Daiane Nardino
Simba tinha 11 anos e chegou adolescente em Caxias do Sul.
Ele foi trazido para o zoo da UCS depois de a Justiça considerar que ele era maltratado pela equipe do parque Beto Carreiro, que tentava domá-lo desde o nascimento, em Florianópolis (SC).
Até sua morte, Simba ainda apresentava cicatrizes de chicotadas recebidas durante o treinamento.
De acordo com a bióloga coordenadora do zoo da UCS, Márcia Dosciatti, se estivesse no seu habitat natural, na savana africana, viveria por pelo menos 20 anos.
“Tentamos fazer o máximo. Tratamos ele por vários anos com medicação especial. Pouco antes da morte, ainda tentamos aplicar medicamentos para reanimá-lo, mas de nada adiantou”, explica Márcia.
Simba foi enterrado em um lugar da UCS não divulgado. Quando o corpo se decompor, a ossada será exumada e montada para servir de base para estudos na universidade.
Nota da Redação: É inconcebível que um animal seja retirado de seu habitat para se apresentar como um palhaço, e depois, em consequência disso, tenha de viver confinado em um zoológico. Trata-se de mais um episódio trágico, triste e injusto, de domínio e crueldade contra os animais.