Por Fernando Rebouças |
A partir da década de70, o termo “teletrabalho” tornou-se popular a partir dos estudos de um cientista da Nasa, Jack Nilles, que criou a expressão “telecommuting” para conceituar a ação de mover parte ou todo um projeto de trabalho para fora da sede de uma empresa, podendo a tarefa laboral ser cumprida na casa do profissional, no escritório de um prestador de serviços ou a partir de um centro de teletrabalhos.
Acordar, preparar a pasta, sair de casa, enfrentar um trajeto num carro ou transporte coletivo para chegar no local da empresa e enfrentar uma jornada de trabalho de oito horas diárias em média, poderá se tornar em algo do passado. Porém, em tempos de novas tecnologias e de velocidade de informação, nem toda empresa está preparada para se adaptar a esta novíssima realidade.
Além do uso de sistemas de novas tecnologias interconectadas, o termo teletrabalho, ao pé da letra, também é utilizado para expressas o trabalho realizado fora de um escritório ou centro de produção de uma empresa. Em tempos de internet e celular, utilizados de maneira crescente, o teletrabalho tem crescido , não somente nos países ricos, mas também em países emergentes como o Brasil.
No Brasil, a atividade é representada pela SOBRATT – Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades – que conceitua o teletrabalho como qualquer trabalho efetuado fora do local tradicional de uma empresa, utilizando tecnologia da informação e de comunicação
Segundo a instituição, o teletrabalho pode ser desenvolvido numa home Office (escritório ou microcomputador montado na casa do profissional) ou em qualquer lugar, como num cyber café, biblioteca, num escritório alugado, etc. Segundo cruzamentos de dados de instituições de pesquisas, a SOBRATT em 2008, estimou que o Brasil possui cerca de 10.600.000 teletrabalhadores.
É um trabalho à distncia realizado com equipamentos e rede de comunicação que permitem a troca constante de informações, tarefas e resultados. No grande mercado, ainda é considerado como uma maneira alternativa de se trabalhar, que retira o profissional do convívio social que ele teria com colegas, se trabalhasse na sede da empresa, e o obriga a determinar uma disciplina que não prejudique a sua saúde.
Por outro lado, quem trabalha em casa não enfrenta o stress diário do trnsito, da poluição, da perda de tempo que, ao ser economizado, pode ser utilizado para a família e o lazer; tendo a possibilidade de fazer os seus próprios horários.
Segundo os historiadores das relações de trabalho no contexto econômico e social, a partir da década de 60, o mundo começou a viver sob uma nova revolução industrial identificada pela exigênciade se produzir.
No século XIX, na Europa, era comum a execução de trabalhos dentro de casa, principalmente aqueles relativos ao artesanato e consertos de pequenas peças, porém, em meados do século XX, a noção de trabalho doméstico na Europa teve uma nova retomada a partir de um novo contexto econômico e da popularização de avanços tecnológicos que se desdobraram rapidamente nas décadas de 70,80 e 90.
O teletrabalho, segundo o estudioso Alvin Toffler, o domicílio será o centro de planejamento e de trabalho por meio de mecanismos eletrônicos, e as fábricas e sedes das empresas as promotoras de cada projeto laboral.
Os fatores que permitem um maior interesse em investimentos nessa nova maneira de se trabalhar são: redução de custos para o empregador e empregado, diminuição no consumo de energia, substituição do transporte móvel pela telecomunicação no deslocamento da informação e diminuição da poluição sonora e atmosférica.
Fontes:
http://www.webartigos.com/articles/1914/1/Teletrabalho/pagina1.html
http://student.dei.uc.pt/~andreia/ficheiros/O%20teletrabalho.doc
http://www.sobratt.org.br/faq.html#p06